Eunápolis/BA
(14/11/06) – A parceria Ibama e Polícia
Federal resultou numa grande operação
por terra e mar de combate à pesca
predatória em áreas de unidades
de conservação federais do sul
do Bahia. A chamada operação
Abra os Olhos vistoriou durante oito dias
embarcações que pescavam na
região e entorno do Parque Nacional
Marinho de Abrolhos e das reservas extrativistas
Canavieira e Corumbau e apreendeu três
toneladas de pescado, 140 quilos de camarão,
133 quilos de lagosta e cinco embarcações.
A ação de
fiscalização teve início
no segundo dia deste mês e envolveu
um efetivo de 29 pessoas. Do Ibama participaram
servidores da Diretoria de Proteção
Ambiental (Dipro), Diretoria Sócioambiental,
Gerência de Eunápolis e das unidades
de conservação Parna Marinho
de Abrolhos e Resexs Canavieira e Corumbau.
A operação
Abra os Olhos contou ainda com 13 policiais
federais e com o apoio de 20 soldados do Exército
Brasileiro. A ênfase foi dada à
pesca da lagosta, ao licenciamento das embarcações
e a utilização de apetrechos
não permitidos, em especial compressores.
Foram utilizadas durante a operação
duas embarcações equipadas com
radares de última geração
do Núcleo Especializado de Polícia
Marinha, da Polícia Federal que cobriram
até 45 milhas da costa baiana, entre
os municípios de Caravelas e Corumbau.
Foram aplicados 11 autos
de infração num total de mais
de R$74 mil e 31 notificações
a donos de embarcações por não
apresentarem licença de pesca exigida
para barcos com mais de oito metros.Todo o
pescado apreendido foi doado a instituições
de caridade dos municípios de Alcobaça,
Teixeira de Freitas, Caravelas e Eunápolis.
Segundo Marcelo Amorim,
da Coordenação de Fiscalização
e Operações da Dipro, simultaneamente
ao trabalho de fiscalização,
técnicos da Diretoria Sócioambiental
do Ibama promoveram ações de
educação ambiental junto a pescadores
das comunidades da região. “Os que
estavam trabalhando dentro da legalidade aprovaram
a operação por que sabem da
necessidade de controle dos estoques par garantir
a sustentabilidade da atividade de pesca”,
declara Amorim.
Kézia Macedo