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RELATÓRIO DO GREENPEACE SOBRE ARROZ APONTA ALTERNATIVAS PARA SUBSTITUIR ENGENHARIA GENÉTICA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2006

17-11-2006 – Índia - Tecnologias novas, ambientalmente sustentáveis e de consumo amigável tornam a imprecisa engenharia genética obsoleta e desnecessária, afirma o relatório “Futuro do Arroz” (1) lançado pelo Greenpeace no dia 15 de novembro.

O relatório revela a riqueza de soluções encontradas por fazendeiros e cientistas para melhorar a produção de arroz e aumentar a renda dos produtores pelo uso de tecnologias como a seleção assistida por marcador molecular (MAS na sigla em inglês – ‘marker assisted selection’). Ao destacar um futuro ambientalmente sustentável para o alimento básico mais importante do mundo, o relatório desmascara o mito de que as empresas de engenharia genética como a Monsanto podem assegurar o futuro do arroz.

No lançamento do relatório, o Greenpeace ganhou a adesão de fazendeiros indianos que protestavam contra campos de testes de engenharia genética na Índia e exigiu o fim de tais campos para proteger o futuro e a segurança das provisões de alimentos em todo o mundo.

“Este ano vimos a contaminação de provisões globais de arroz – o alimento básico mais importante do mundo – por variedades ilegais de arroz geneticamente modificado dos Estados Unidos e da China”, afirmou Divya Raghunandan, da campanha de transgênicos do Greenpeace Índia. “Não é preciso mais provas de que as plantações transgênicas são perigosas e não podem ser contidas. O relatório mostra que não há necessidade de nos arriscarmos com os transgênicos – soluções para os problemas da produção de arroz existem e vem sendo usadas nos laboratórios e plantações de todo o mundo”, afirma ela.

O relatório, co-redigido por dois cientistas especialistas em produção de arroz (Emerlito Borromeo, PhD em genética e Debal Deb, PhD em ecologia), examina os desafios atuais em relação ao produto, como as pragas e doenças, agrotóxicos e colheita. O texto destaca soluções cientificamente comprovadas, atualmente usadas por produtores de todo o mundo. “As soluções reais para assegurar uma produção sustentável de arroz já existem em fazendas ao redor do mundo. Essas soluções baseadas no conhecimento tradicional das comunidades, quando combinadas com tecnologia de ponta, são muito mais confiáveis e aceitáveis do que a destrutiva agricultura industrial e imprecisa engenharia genética”, afirmou Nammalwar, um conhecido cientista da Índia especializado em agricultura orgânica.

Fazendeiros, moleiros e comerciantes de várias partes do mundo estão enfrentando grandes despesas financeiras como resultado da contaminação das provisões de arroz. Nesse custo inclui-se também testes e recall de produtos, cancelamento de pedidos, proibição de importação, danos à imagem e desconfiança do público consumidor, prejuízos que podem durar anos.

“Os campos de testes de arroz geneticamente modificado ameaçam tanto a integridade da variedade do produto como os benefícios econômicos de se produzir arroz não-transgênico. Ao tomar a frente no desenvolvimento de provisões de arroz não-transgênico sustentáveis e de longo prazo, o governo indiano pode se tornar líder mundial no setor, com benefícios diretos para a economia indiana, produtores e comerciantes de arroz, e bilhões de pessoas que dependem do arroz como alimento básico”, afirmou Divya Raghunandan.

“O arroz é um alimento muito importante para o mundo e não se deve fazer apostas com ele. Existem atualmente cerca de 140 mil variedades diferentes de arroz no mundo, uma diversidade enorme que inclui espécies resistentes a diferentes pragas e doenças, e capacidade de crescer em condições adversas. Não precisamos de transgênicos para se obter vantagens dessas peculariedades – precisamos é preservar esse recurso natural e esse conhecimento, e combiná-los com técnicas avançadas de criação”, disse Divya. “Governos e institutos de pesquisa de todo o mundo têm que abandonar os campos de testes de engenharia genética e focar suas energias, e também seus orçamentos de pesquisa, em soluções sustentáveis para proteger a produção global de arroz.”

NOTAS:
Confira o sumário executivo do relatório em português em: www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/arroz_futuro.pdf

Veja relatório completo em inglês em:
www.greenpeace.org/international/press/reports/future-of-rice

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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