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COMUNIDADE KRAHÔ-KANELA PEDE AJUDA NO CONGRESSO PARA APRESSAR DESAPROPRIAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

20 de Novembro de 2006 - Luciana Vasconcelos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, reúne-se com representantes do povo Krahô-Kanela, que estão em Brasília para tratar da desapropriação de uma área destinada a eles no Tocantins.

Brasília - Representantes da comunidade indígena Krahô-Kanela estiveram hoje (20) pela manhã com o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS), em busca de apoio para uma solução ágil n o processo de desapropriação de duas fazendas destinadas a eles no Tocantins.

Em agosto deste ano, os presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, assinaram portaria conjunta firmando parceria para obtenção dos imóveis no município de Lagoa da Confusão (TO) destinado aos Krahô-Kanela.

O pedido não saiu da Funai e ainda precisa ser analisado pelo Ministério da Justiça e depois pela Presidência da República.

De acordo com a portaria, o Incra disponibiliza R$ 8 milhões para a desapropriação de aproximadamente 7 mil hectares de terras.

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os proprietários das terras, que haviam concordado com a desapropriação, comunicaram aos indígenas que estão acampados no local a intenção de entrar com uma ação de reintegração de posse, solicitando a retirada dos Krahô-Kanela da terra.

O senador Paulo Paim comprometeu-se a fazer contato com a Funai e Casa Civil para verificar como está sendo feito o encaminhamento da questão. Além disso, ele vai conversar com o presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), sobre a realização de uma audiência pública para tratar do assunto.

"O Incra cumpriu a sua parte, o governo federal a sua, o Congresso cumpriu a sua, os índios e o proprietário da terra também e não entendemos porque a Funai não repassou o dinheiro devido para que se efetivasse a compra da terra”, questionou Paim.

O cacique Mariano Krahô-Kanela disse que os índios estão preocupados em perder as terras. “Os índios estão acampados na terra. Fazendeiros estão preocupados em perder a terra e estão pressionando. Os Krahô estão com medo de ordem para sair”, explicou.

Segundo ele, a situação não está boa no local. “A gente não plantou nada. Não fizemos casa, está todo mundo na lona preta esperando a decisão da Funai e até agora a Funai não pagou. Então, o pessoal está muito revoltado, muito sentido com a situação que a Funai vem tratando o pessoal”, ressaltou.

A comunidade dos Krahô-Kanela possui cerca de 300 representantes. Eles chegaram a viver em uma casa construída sobre o antigo lixão da cidade de Gurupi (TO).

Ministério da Justiça estuda minuta de desapropriação de terras para os índios Krahô-Kanela

24 de Novembro de 2006 - Luciana Vasconcelos - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O cacique Mariano Ribeiro, do povo Krahô-Kanela, participa de reunião com o senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. Indígenas estão em Brasília para tratar da desapropriação de uma área destinada a eles no Tocantins.

Brasília - A minuta que prevê a desapropriação de terras para a comunidade indígena Krahô-Kanela está na consultoria jurídica do Ministério da Justiça. A Fundação Nacional do Índio (Funai) enviou a minuta no início da semana ao ministério. O documento prevê a desapropriação de duas fazendas no município de Lagoa da Confusão (TO) para estabelecimento dos índios. O Ministério da Justiça não informou quando a minuta ficará pronta para ser assinada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Em agosto deste ano, os presidentes da Funai, Mércio Pereira Gomes, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, assinaram portaria conjunta firmando parceria para obtenção de dos imóveis em Tocantins para estabelecimento da comunidade indígena Krahô-Kanela. O Incra disponibilizou R$ 8 milhões para desapropriação dos cerca de 7 mil hectares de terras.

De acordo com a Funai, a portaria estabelece que a Fundação Nacional do Índio e o Incra têm até dezembro para concluir o processo de desapropriação das terras. Depois de ser analisada pelo Ministério da Justiça, a minuta segue para Presidência da República, de onde será expedido o Decreto Presidencial para a desapropriação das terras. A partir da publicação, a Funai poderá ajuizar a ação desapropriatória e disponibilizar aos índios os imóveis. Na área será criada uma Reserva Indígena, uma vez que a tradicionalidade da ocupação não foi comprovada pela Funai.

Representantes da comunidade indígena estiveram nesta segunda-feira em Brasília para pedir agilidade no processo de desapropriação. O cacique Mariano Krahô-Kanela disse que os índios estão preocupados em perder as terras. “Os índios estão acampados na terra. Fazendeiros estão preocupados em perder a terra e estão pressionando. Os Krahô estão com medo de ordem para sair”, explicou.

A comunidade dos Krahô-Kanela possui cerca de 300 representantes. Atualmente, eles estão acampados nas fazendas, mas chegaram a viver em uma casa construída sobre o antigo lixão da cidade de Gurupi (TO).

Vinte etnias indígenas vão ao Congresso pedir proteção contra agronegócio

23 de Novembro de 2006 - Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil - Roosewelt Pinheiro/ABr - Brasília - O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) recebe índios na entrada da Câmara dos Deputados. Brasília - Índios representantes de 20 etnias distribuídas em seis estados – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Goiás e Maranhão – estiveram hoje no Congresso Nacional para buscar apoio a suas reivindicações. Os representantes das comunidades indígenas participam, em Brasília, da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado.

O índio Ramão, um dos Terena que estiveram no Senado, resumiu que o principal pedido é conter o avanço indiscriminado do agronegócio com monoculturas de soja e eucalipto. Também prostestam contra a falta de demarcação de terras indígenas em vários estados, a construção de rodovias dentro de terras indígenas ou próximo a elas, e a construção de usinas hidrelétricas e barragens que, segundo ele, tem afetado a caça e a pesca em várias aldeias. No Senado, a Comissão de Direitos Humanos aprovou a realização de uma audiência pública com data ainda a ser marcada.

"O crescimento do agronegócio passa pelos limites de nosso território. As estradas passam por nossas terras afetando a cultura de nosso povo. Inclusive, muitas de nossas meninas são levadas à prostituição pelo contato com os não-índios, principalmente caminhoneiros", afirmou Ramão.

O índio Hapyhi, de etnia Krahó, afirmou que os rios do cerrado estão ameaçados por conta do avanço de culturas como a soja. "Nós estamos sabendo que tem 5 construções de barragem no rio Tocantins. Para nós isso é um avanço de destruição do cerrado", afirmou.

Os Krahó tem suas aldeias no estado do Tocantins. Hapyhi acrescentou que o avanço da cultura da soja acabará por prejudicar comunidades que moram no campo e em beiras do rio. "Essas pessoas, quando se tomar de soja e se tomar de água (construção de barragens que afetam as terras indígenas) vão para onde?", questionou o índio Krahó.

Hapyhi disse que o problema afeta não só os Krahós mas outras etnias que vivem no Tocantins e no Maranhão como os Gaviões, Krikati, Apinagé e os Xerentes que vivem a margem do Tocantins. Segundo Hapyhi Krahó, os Xerentes teriam sido prejudicados com a construção da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, na região de Lageado (TO).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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