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GREENPEACE PROTESTA CONTRA MILHO TRANSGÊNICO DA BAYER

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Novembro de 2006

21-11-2006 - São Paulo - Empresa quer que a CTNBio libere a comercialização da variedade transgênica resistente ao agrotóxico que pode causar náuseas, diarréia e até aborto

O Greenpeace realizou hoje um protesto pacífico em frente à sede da Bayer CropScience, em São Paulo. Cerca de 30 ativistas da organização ambientalista isolaram simbolicamente a sede da empresa com uma fita zebrada dizendo “área contaminada”, simularam uma plantação de milho no jardim e colaram uma faixa no prédio com os dizeres “Milho transgênico: no nosso prato não!”.

A atividade teve como objetivo pressionar a empresa para que retire da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) o pedido de liberação comercial de seu milho transgênico Liberty Link. O processo de liberação dessa variedade geneticamente modificada está na pauta da reunião da CTNBio, que começa amanhã em Brasília. Após a atividade, a Bayer não se posicionou sobre as evidências do risco do milho transgênico. Representantes da empresa apenas apresentaram ao Greenpeace uma carta informando que a variedade está em avaliação na CTNBio. Por isso, a organização ambientalista encaminhou uma denúncia à CTNBio, solicitando um posicionamento sobre o assunto (1).

O milho transgênico Liberty Link recebeu um gene artificial de bactéria para ser resistente ao agrotóxico glufosinato de amônio – também fabricado pela Bayer e conhecido comercialmente pelo nome Basta. No início de novembro, o Greenpeace enviou documentos (2) à CTNBio sobre os possíveis impactos do milho Liberty Link para a saúde e o meio ambiente. Os documentos mostram que a quantidade de resíduo de agrotóxico no milho transgênico é muito maior do que a registrada no milho convencional, o que pode trazer sérios riscos para a saúde humana, como náuseas, diarréias, nascimento de fetos prematuros e até aborto (3). Além disso, os relatórios enviados apontam para o risco de aparecimento de ervas daninhas resistentes ao agrotóxico e para a possibilidade de contaminação de lavouras convencionais e orgânicas por milho transgênico.

O milho transgênico da Bayer foi proibido na Áustria em 1999, e não é plantado comercialmente em nenhum país da União Européia. A própria empresa retirou seu pedido de liberação em diversos países – como a Inglaterra – alegando que seria economicamente inviável produzir esse milho seguindo todas as medidas de segurança necessárias para evitar a contaminação de plantações vizinhas (4).

“A Bayer não pode usar o Brasil como campo de testes e os brasileiros como cobaias. Este milho transgênico não pode ser liberado até que exista uma certeza sobre a sua segurança”, disse Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace. “Se a empresa for irresponsável e mantiver seu pedido de liberação comercial, caberá à CTNBio e ao governo proteger os brasileiros”. O Greenpeace exige que a Bayer siga o Princípio da Precaução e não coloque em jogo a saúde da população, a segurança de nosso meio ambiente e a agricultura familiar.

Desde o último dia 8, o Greenpeace disponibilizou um protesto virtual contra o milho transgênico. Cerca de 7 mil pessoas já participaram, pedindo que o milho geneticamente modificado da Bayer não seja aprovado pela CTNBio. O endereço do protesto é www.greenpeace.org.br/ciber_milho.

NOTAS:
(1) Confira a carta enviada pelo Greenpeace à CTNBio em: www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/milho_ctnbio.pdf

(2) Três documentos foram enviados à CTNBio: (a) “Relatório das evidências científicas com as últimas descobertas sobre as medidas de segurança na Áustria para as linhagens de milho geneticamente modificado”, publicado em outubro de 2006 pelo Ministério da Saúde da Áustria e disponível em: www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/
revisao_T25_e_MON810_Austria.pdf; (b) “Ciência ruim, decisões ruins – As evidências contra o milho transgênico da Aventis”, produzido em 2001 pela ONG Amigos da Terra no Reino Unido e disponível em: www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/relatorio_ciencia_ruim.pdf; e (c) “Relatório científico da EFSA (2005) 27, 1-81, conclusão do parecer dos especialistas sobre glufosinato", produzido pela EFSA em 2005 e disponível em: www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/glufosinato_saude.pdf

(3) Veja páginas 13, 14, 16, 19 e 23 do relatório produzido pela EFSA em 2005, “Relatório científico da EFSA (2005) 27, 1-81, conclusão do parecer dos especialistas sobre glufosinato", disponível em: www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/glufosinato_saude.pdf

(4) Veja notícia em http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/3584763.stm

(5) O Greenpeace enviou uma carta à Bayer no dia 07 de novembro de 2006, solicitando esclarecimentos sobre os possíveis impactos do milho geneticamente modificado Liberty Link. A empresa nunca enviou uma resposta. A carta enviada pelo Greenpeace está disponível em www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/carta_bayer.pdf
Foto: Greenpeace

 
 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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