Brasília/DF
(20/11/06) – Pelo terceiro domingo consecutivo
deste mês, o Ibama, em parceria com
a Polícia Militar Ambiental do Distrito
Federal, deflagrou ontem, 19, operação
de fiscalização a comerciantes
ilegais de animais em pontos tradicionais
de venda do Distrito Federal.
Um grupo de seis servidores
do Ibama (Dipro e Ibama/DF) e 25 policiais
militares ambientais do DF realizou fiscalizações
na ‘Feira do Rolo’ de Ceilândia, em
duas feiras na Samambaia e na Torre de Televisão
de Brasília. Também foi vistoriado
o Clube dos Criadores de Pássaros de
Brasília, entidade legalizada perante
o Ibama localizada no Guará.
Durante a operação
policiais agiram descaracterizados a fim de
efetuar o flagrante. Foram autuadas oito pessoas
por infringirem o Artigo 29 da Lei dos Crimes
Ambientais - nº 9.605 de 12/02/98, num
total de R$ 10 mil. Sete pessoas foram conduzidas
a delegacias da Polícia Civil em Ceilândia
e no Guará para lavratura de Termo
Circunstanciado.
Os crimes tipicados foram
expor à venda, guardar ou transportar
animais da fauna silvestre brasileira sem
licença. Foram apreendidos 11 pássaros,
sendo quatro papas-capim, quatro coleirinhas
e três curiós.
Mesmo alguns criadores de
pássaros inscritos no Sistema de Cadastro
de Criadores Amadoristas de Passariformes
– Sispass estavam irregulares. Encontrados
no Clube dos Criadores de Pássaros
de Brasília eles foram autuados por
não apresentarem documentação
da origem das aves. Em outros casos, os pássaros
não possuíam anilhas (anéis
identificadores) ou as espécies eram
diferentes das declaradas no sistema do Ibama.
Durante monitoramento do
trabalho de fiscalização já
realizado na Torre de TV de Brasília
visando coibir a venda de artesanato com partes
de animais, apenas uma comerciante foi autuada
por expor à venda brincos feitos com
penas de papagaio e arara.
Apesar dos flagrantes os
coordenadores da operação perceberam
uma redução na quantidade de
comerciantes ilegais de animais nos locais
fiscalizados. “Pretendemos dar continuidade
ao trabalho que vem sendo desenvolvido em
parceria com a Polícia Militar Ambiental
até quem cessem as atividades ilegais
ligadas a esse tipo de crime ambiental”, reforça
Roberto Cabral, chefe de fiscalização
de fauna da Diretoria de Proteção
Ambiental do Ibama.
Kézia Macedo