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ÍNDIOS VÃO RETOMAR MOBILIZAÇÃO CONTRA ARACRUZ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Tupiniquins e guaranis vão retomar mobilização contra Aracruz

26 de Novembro de 2006 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Índios Tupiniquins e Guaranis do norte capixaba pretendem retomar, na próxima semana, pressões para que o governo federal dê uma solução final à disputa de terras que travam com a Aracruz Celulose. “O Ministério da Justiça assumiu um compromisso, com os índios, de que até o final do ano tomaria uma decisão. Na semana que vem devem retomar as cobranças”, informou o assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cláudio Luiz Beirão, em entrevista à Agência Brasil.

As terras reivindicadas pelos índios ficam no município de Aracruz, a cerca de 150 quilômetros de Vitória. No município, localizam-se quatro aldeias tupiniquins e três guaranis. Essas comunidades vivem numa área de cerca de 7 mil hectares, a eles contemplada em decretos de homologação assinados em 1998 pelo então ministro da Justiça Íris Rezende. Segundo o assessor jurídico do Cimi, na mesma época os índios fecharam acordo com a Aracruz com relação aos outros 11 mil hectares mas, em 2005, decidiram retomar a luta pela terra. Este ano, ocuparam parte da área que reivindicam. “O acordo era ilegal pois a Constituição Federal diz que terra indígena é indisponível”, explica o assessor jurídico do Cimi.

Agora, parecer da Procuradoria-Geral da Funai reconhece que os 11 mil hectares também pertencem aos tupiniquins e aos guaranis. “O parecer da Funai já foi analisado pela assessoria jurídica do Ministério da Justiça e está no gabinete do ministro. Ele tem que decidir se concorda, ou não, com a proposta da Funai”, informa Beirão.

Trabalhadores da Aracruz recolhem assinaturas em favor da empresa

26 de Novembro de 2006 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os trabalhadores da maior produtora de celulose de eucalipto do mundo esperam uma resposta do Ministério da Justiça. Esta semana, estiveram em Brasília para entregar um abaixo-assinado com 78.511 assinaturas colhidas ba comunidade de Aracruz e regiões vizinhas. “Pedimos que a Justiça defina logo a questão entre a Aracruz e a comunidade indígena e veja a questão das Ongs que estão incentivando a ação dos índios”, conta Davi Gomes, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Extrativa de Madeira do Espírito Santo (Sintiema), que representa 5 mil trabalhadores de prestadores de serviço da Aracruz. O documento foi entregue também à Casa Civil e ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Segundo Gomes, a comunidade depende da Aracruz Celulose e teme por seus empregos caso se prolongue o conflito com os índios. “Antes vivia todo mundo em paz, de uns dois ou 3 anos para cá estamos asistindo a essa briga e está afetando todo mundo porque é a Aracruz quem sustenta a região”, alega. “A empresa ia investir R$ 1,3 bilhão na construção de uma nova unidade mas decidiu levar esse investimento para o Rio Grande do Sul”, conta.

A empresa, responsável por um terço da produção mundial de celulose de eucalipto, diz ser dona de 11 mil hectares de uma área de 18 mil hectares que, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), era originalmente ocupada pelos guaranis e tupiniquins. A Aracruz afirma ter comprado o terreno na década de 60. A Funai não reconhece os documentos e alega que, naquela época, a área já estava identificada como território indígena.

As terras reivindicadas pelos índios ficam no município de Aracruz, a cerca de 150 quilômetros de Vitória. No município, localizam-se quatro aldeias tupiniquins e três guaranis. Essas comunidades vivem numa área de cerca de 7 mil hectares, a eles contemplada em decretos de homologação assinados em 1998 pelo então ministro da Justiça Íris Rezende.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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