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RECURSOS HÍDRICOS: REVITALIZAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO E PLANEJAMENTO DO TURISMO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Fundo do Meio Ambiente aprova recursos para revitalização da Bacia do Rio São Francisco

24 de Novembro de 2006 - Gabriella Noronha - da Agência Brasil - Brasília - O Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) aprovou hoje (24) o lançamento de novos editais para ampliar o projeto de revitalização da Bacia do Rio São Francisco. A decisão foi tomada durante reunião iniciada ontem (23) em Brasília.

Serão lançados quatro novos editais, segundo o diretor no FNMA, Elias de Paula Araújo. O primeiro deles será para o fortalecimento institucional dos municípios, ou seja, ações de apoio para que os municípios estruturem as suas secretarias, montem seus conselhos e elaborem seus planos ambientais.

O segundo edital, explicou Araújo, será sobre educação ambiental, e o terceiro, sobre a recuperação de matas ciliares na bacia do São Francisco e nas sub-bacias. O quarto edital será voltado para o incentivo na área de gestão integrada de resíduos sólidos.

Integram o Conselho Deliberativo do FNMA representantes dos ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Agência Nacional de Águas (ANA) e da sociedade civil.

Durante a reunião também foram analisados projetos como o de pesquisa e conservação do cerrado, que avalia a importância do buriti, palmeira típica desse bioma, para diferentes comunidades. E o de conservação e manejo do papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), que está na lista das aves brasileiras ameaçadas de extinção.

O número de integrantes do Conselho foi ampliado de 13 para 17 com a posse, na quarta-feira (23), de representantes da Associação de Órgãos Municipais do Meio Ambiente (Anamma), do Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Fboms), da Agência Nacional de Águas e do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Em dezembro, na próxima reunião do Conselho Deliberativo do FNMA, os quatro editais aprovados hoje deverão ser lançados.

Caderno setorial sugere planejamento do turismo para conter impacto nos recursos hídricos

20 de Novembro de 2006 - Lana Cristina - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O maior desafio do turismo, em especial o ecoturismo, é crescer. Para isso, são necessários mais investimentos. Outro gargalo é compatibilizar o uso industrial intenso em áreas cujos recursos hídricos têm vocação para balneabilidade, como as represas.


A atividade turística sem o devido planejamento causa impactos no uso da água, seja pela intensificação do abastecimento das cidades e do despejo de esgoto, ou ainda pelo aumento na produção de lixo.

As conclusões constam do Caderno Setorial de Recursos Hídricos – Indústria e Turismo, que aponta o setor como alternativa para o crescimento econômico. O planejamento, mais uma vez, é destacado como caminho para se alcançar a sustentabilidade, não só ambiental, mas também econômica.

Para o representante do setor de Turismo no Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), Emerson Costa, da Associação Regional dos Usuários de Recursos Hídricos no Brasil Central (Arbrac), é preciso valorizar mais o turismo como atividade econômica e reconhecer seu papel como agente de manutenção do meio ambiente, na hora de traçar políticas públicas.

“Esse vasto litoral brasileiro, o interior, com o turismo ecológico, fazem com que o turismo evolua. E o setor é indutor, o agente da manutenção e preservação do meio ambiente. O coração do negócio do setor é manter a natureza saudável”, observa.

Representante dos movimentos sociais e organizações não-governamentais no CNRH, Ninon Franco, criticou a distribuição do assunto turismo no caderno setorial do tema. “O planejamento não leva em conta o turismo. Não há conscientização. No caderno setorial, 99% dos estudos são para a indústria e 1% para o setor de turismo, uma área que gera muito emprego”, analisou.

O próprio ministério do setor, conforme destacou Ninon, acaba de concluir um mapa estratégico em que mostra o potencial do turismo no país, mas o estudo ignora a questão do uso da água. “Não houve o recorte da bacia hidrográfica no estudo do ministério”, constata.

Ela lembra o potencial do turismo ligado às águas termais, do ecoturismo (cuja relação é intrinsecamente ligada ao uso da água), e ainda o turismo que pode ser planejado nas represas das usinas hidrelétricas, com apelo forte para a pesca amadora.

“A aprovação do plano [Plano Nacional de Recursos Hídricos] em si já é uma vitória. Mas é preciso haver a conscientização de que a água é um recurso que faz parte da vida de todos. O plano tem que ser levado a todos, em linguagem acessível para que participem da gestão da água, para que colaborem nesse processo”.

Para Ninon, os usos múltiplos da água têm que constar do processo decisório de todos os setores, “para que se permita e seja possível o uso para um e para o outro”.

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Setor industrial defende gerenciamento da água que preserve bacias hidrográficas

20 de Novembro de 2006 - Lana Cristina - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A indústria, segundo maior usuário dos recursos hídricos no país de acordo com levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA), aposta num sistema de gerenciamento da água voltado para a preservação das bacias hidrográficas. A informação consta do Caderno Setorial de Recursos Hídricos, tema Indústria e Turismo. A publicação faz parte do Plano Nacional de Recursos Hídricos e reflete a influência das exigências ambientais cada vez mais presentes em todo tipo de atividade com impacto no meio ambiente.

“A indústria considera o plano um instrumento ainda mais eficaz que o próprio Sistema Nacional de Meio Ambiente, no qual os instrumentos são de comando. O plano de recursos hídricos é descentralizado, sua confecção foi participativa. Achamos que ele pode ser a solução para os conflitos no uso da água”, afirmou Patrícia Bóson, representante do setor industrial pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) no Conselho Nacional de Recursos como membro suplente.

Um dos conflitos que a indústria espera ver resolvido com a implementação do plano é o uso da água no saneamento. Segundo Patrícia Bóson, além do plano de recursos hídricos, o setor de saneamento só será ambientalmente viável no uso da água com a aprovação de política específica para o setor e com mais investimento.

“O principal desafio para o setor industrial é a melhoria de condição do saneamento. Para não captar água suja, a indústria faz um pré-tratamento porque precisa de água muito limpa. E, mais, quando trata seus efluentes para não devolver água suja isso passa despercebido porque o rio já vem poluído por haver despejo de esgoto sem tratamento”, disse.

Outro problema que a representante da indústria vê é o que se chama de disponibilidade hídrica, ou seja, oferta de água. Em algumas regiões hidrográficas, não há água suficiente para todos os usos, já que a prioridade por lei é o consumo humano. É o caso das bacias hidrográficas no Ceará, estado onde a indústria tem mostrado larga expansão, mas cuja disponibilidade está abaixo da demanda.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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