23/11/2006 - O Secretário do Meio
Ambiente, professor José Goldemberg,
participou ontem (21/11) do Ecos do Planeta,
um evento que aborda arte, educação
e meio ambiente, que está acontecendo
no Espaço Unibanco, em São Paulo.
O secretário falou sobre as mudanças
climáticas, no painel que teve como
tema O que o Brasil poderia fazer diante das
evidências do aquecimento global, dentro
do ciclo Sustentabilidade em Debate. O Ecos
do Planeta teve início no último
dia 17 e termina neste dia 23.
Participaram também da mesa que discutiu
o tema de mudanças climáticas
Mauro Peret Antunes, da Pró-Cultura
- empresa organizadora do evento - , Fábio
Feldmann, curador da “Semana de Sustentabilidade”
e o secretário municipal do Verde e
Meio Ambiente, Eduardo Jorge.
O professor Goldemberg relembrou o início
da conscientização mundial sobre
o aquecimento global e a destruição
da camada de ozônio. Citou, entre outros,
a influência dos efeitos maléficos
provocados pela queima de carvão e
pela utilização dos clorofluorcarbonos.
Segundo o professor, estudos indicam que a
temperatura da Terra subirá aproximadamente
2 ou 3 graus celsius em 30 ou 40 anos, ou
seja um período demasiadamente curto
se comparado com as alterações
do período glacial.
Goldemberg também afirmou que o Brasil
é o 5º maior emissor de dióxido
de carbono, com 4%, logo após a Rússia,
com 5%, Índia, com 6%, China, com 17%,
e os Estados Unidos, com 25%. A péssima
posição do Brasil nesse ranking
é devido à destruição
da Floresta Amazônica, não à
nossa matriz energética, que é
limpa, com mais de 40% de energia renovável”,
explicou.
Quanto à resposta para a questão
“Diante das evidências do aquecimento
global, o que o Brasil deveria fazer?”, afirmou
que o Brasil deve tomar a dianteira nas discussões
sobre o aquecimento global, para servir de
exemplo para os países em desenvolvimento,
já que o problema atinge o mundo todo
e que as ações dos últimos
governos “vêm sendo pífias nesse
sentido.
Texto: Silvia Regina Borges Franco
Foto: Pedro Calado