Panorama
 
 
 

AVANÇO NA TECNOLOGIA DO BIOCOMBUSTÍVEL NO BRASIL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2006

Novas tecnologias para obtenção de combustíveis

(08/12/2006) - Agroenergia e Bioprodutos é o tema do último painel a ser realizado na primeira Conferência Internacional de Agroenergia – Conae – que acontece entre os dias 11 e 13 de dezembro em Londrina, norte do Paraná. Serão cinco temas abordados: tecnologias para o desenvolvimento de biodiesel; produção de cana-de-açúcar no nordeste brasileiro; desenvolvimento tecnológico para aproveitamento de novas oleaginosas e de florestas energéticas; biomassa como fonte para a indústria química.

Para João Flávio Veloso, pesquisador da Embrapa Soja e coordenador do painel, no Brasil a busca por fontes alternativas de energia renovável é principal foco das pesquisas no momento. “As reservas comprovadas de petróleo abastecerão o mundo por 40 anos. Novas reservas serão descobertas, porém, a taxas inferiores ao crescimento da demanda”, diz. Para isso, estão sendo feitos vários investimentos para o desenvolvimento de tecnologias agro-industriais na obtenção de biocombustíveis derivados de óleos vegetais.

Segundo o pesquisador, um dos objetivos da discussão é abordar o aprimoramento da tecnologia de produção de oleaginosas – como dendê, mamona, canola, soja e girassol - para obtenção de óleos vegetais destinados à produção de biocombustíveis. “Isto inclui também, além da tecnologia agronômica, o aprimoramento as rotas de obtenção de biocombustíveis por pirólise e transesterificação, o desenvolvimento de protótipos comerciais baseados nestas rotas, a avaliação da viabilidade técnica e econômica dos protótipos e os efeitos dos combustíveis sobre motores estacionários e veiculares”, completa.

De acordo com Veloso, com a procura por meios alternativos na obtenção e produção de energia renovável, ou ‘energia limpa’, haveria uma diminuição do impacto dos gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis. Alguns cientistas consideram que o aproveitamento do uso da energia solar seria uma alternativa, entrentanto, para ele essa é uma solução distante, e que necessitaria ainda de um período de transição. “Essa é uma boa opção, já que com a utilização da energia solar seria possível o prolongamento da vida útil de fontes de energia baseados em carbono fóssil e a minimização de seu uso, reduzindo assim os impactos ambientais”, ressalta.

Um dos destaques no painel é a criação do Projeto de Desenvolvimento Tecnológico para a Produção de Biodiesel, coordenado pelo pesquisador. Com o projeto, espera-se desenvolver tecnologia para produção das matérias primas, desenvolver protótipos industriais das rotas de obtenção de biocombustíveis, avaliado os impactos do uso dos biocombustíveis em motores comerciais. Durante sua realização, pretende-se apoiar os diferentes órgãos governamentais no desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à produção e uso de biocombustíveis. “Vamos dar apoio também a participação no Mercado de Carbono, estratégias de expansão sustentada da agricultura de energia e elaboração de cenários de impactos sociais, econômicos, comerciais, ambientais e energéticos derivados da produção e uso de biocombustíveis”, finaliza.

A Conferência Internacional de Agroenergia é uma iniciativa é da Federação de Associações de Engenheiros Agrônomos do Paraná e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina e conta com o apoio de universidades, Embrapa, Ministério da Agricultura, Ministério do Turismo, Sociedade Rural, Embratur, Londrina Convention & Visitours Bureau, Itaipu Binacional, Universidade Tecnológica, Adetec, Confea / Crea.

Conae discute tecnologia para obter combustíveis de óleos vegetais

(04/12/2006) - Painel visa apresentar alternativas tecnológicas para que o Brasil atenda à demanda nacional e internacional por biodiesel

Com a determinação do Plano Nacional de Agroenergia do governo federal, que torna compulsória a mistura de 2% de biodiesel ao óleo diesel a partir de 2008, surge uma demanda de 1 bilhão de litros de biodiesel por ano. Para os especialistas, trata-se de uma das mais rentáveis oportunidades para o agronegócio brasileiro.

Com o objetivo de avaliar as tecnologias dotadas para a conversão de óleos vegetas em biocombustíveis e avaliar os caminhos para que o Brasil usufrua essa oportunidade, pesquisadores especializados reúnem-se na primeira Conferência Internacional de Agroenergia – Conae – que será realizada em Londrina (PR) entre 11 e 13 de dezembro. A discussão faz parte do painel “Rotas para a Obtenção de Biocombustíveis de Óleos Vegetais”, que acontece no primeiro dia do evento.

Ao longo dos três dias, serão realizados 18 painéis e 8 conferências sobre temas como mercado de carbono, biodiesel, a política brasileira de produção energética, oleaginosas, aproveitamento de bioprodutos, biomassa florestal, biogás, entre outros.

“A realização de um evento desta natureza é extremamente importante para que possamos organizar o setor, discutir tendências e definir políticas públicas que garantirão a evolução nacional dessa importante área de desenvolvimento científico e tecnológico”, avalia Luiz Pereira Ramos, coordenador do painel, pesquisador e professor doutor da Universidade Federal do Paraná.

Demanda mundial de energia

Para o pesquisador, além da importância econômica, o aumento da demanda por biodiesel tende a projetar o Brasil “como líder de uma revolução tecnológica orientada à redução das emissões atmosféricas dos gases do efeito estufa”, ressalta. Ao mesmo tempo, a demanda mundial por energia cresce em um ritmo acelerado: 1,7% ao ano para o período de 2000 a 2030, segundo o Instituto Internacional de Economia. Produzido a partir de oleaginosas – no Brasil, estima-se que a cultura de soja corresponda a 90% da matéria-prima – tornando o segmento cada vez mais atrativo para os produtores rurais.

Segundo Ramos, os temas foram orientados de acordo com as questões tecnológicas, como: a maturidade dos processos industriais de produção de biodiesel; a dependência destes sobre variações na qualidade da matéria-prima; a disponibilidade de tecnologia nacional para atender ao setor; a viabilidade econômica das diferentes alternativas e as diferenças fundamentais entre processos baseados em etanol e metanol.

Podem participar da Conae engenheiros, arquitetos, pesquisadores, professores, fabricantes de veículos e máquinas, agricultores, entidades governamentais, organizações não governamentais, estudantes, ecologistas, economistas, jornalistas e formadores de opinião. As inscrições podem ser feitas pelo site: www.pjeventos.com.br/eventos/agroenergia.

A iniciativa é da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, com o apoio da Embrapa, Governo do Paraná, Iapar, Embratur, Crea-PR, Adetec, Sociedade Rural do Paraná, Londrina Convention & Visitors Bureau, Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina, Sociedade Brasileira de Metrologia, Paraná Metrologia, Mútua, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Sistema Fiep.

Canola e Girassol: as oleaginosas do futuro

(05/12/2006) - Conferência Internacional de Agroenergia, que acontece este mês em Londrina (PR), apresenta as perspectivas das oleaginosas com maior potencial de suprir a demanda por biocombustíveis

Muito populares entre os nutricionistas, os óleos de canola e de girassol ganham cada vez mais espaço no segmento alimentício, impulsionados tanto pela qualidade nutricional quanto pelos benefícios comprovados à saúde. Outro segmento que deve alavancar o crescimento da produção dos grãos no Brasil é a popularização dos combustíveis renováveis à base de óleos vegetais, como o biodiesel e o Hbio da Petrobrás. Isto porque, enquanto a soja – principal oleaginosa utilizada na composição do biodiesel nacional – apresenta 18% de teor de óleo, a canola e o girassol possuem mais que o dobro: teor entre 37 a 50%.

O futuro dos grãos brasileiros e o panorama atual do segmento será tema do painel “Oleaginosas II”, realizado no segundo dia da Conferência Internacional de Agroenergia – Conae – que acontece entre 11 e 13 de dezembro, em Londrina, norte do Paraná. No mesmo dia serão realizados também os painéis “Oleaginosas I”, sobre a soja, e “Oleaginosas III”, sobre o dendê e a mamona.

Coordenado pelo pesquisador da Embrapa Soja, César de Castro, o painel contará ainda com a presença de outros três especialistas que irão abordar o “Panorama atual e perspectivas da produção de girassol e canola no mundo” e os “Desafios e oportunidades na produção de canola e girassol no Brasil”. “A Conae representa uma oportunidade ímpar que o Brasil tem de tomar frente no mercado de agroenergia, não só como potência na capacidade e diversidade de produção de óleos, como também nos processos produtivos de energia”, avalia o coordenador.

Outro destaque são os aspectos técnicos da produção das oleaginosas, como a possibilidade de cultivar o girassol no período de safrinha e o desenvolvimento de tecnologias que permitam a plantação de canola em baixas latitudes (de 17 a 18 graus) – fato ainda inédito no mundo – já que o normal é que a espécie é própria do clima temperado, cultivada em latitudes entre 35 e 50 graus.

canola para biodiesel

De acordo com o pesquisador, Gilberto Omar Tomm, especialista em canola da Embrapa Trigo, que integra o painel, apesar de a canola ainda não ser empregada para a produção de biocombustível no Brasil, a oleaginosa representa uma boa oportunidade econômica para o país.

“O óleo de canola é mais utilizado para a produção de biodiesel na Europa, onde é referência de qualidade. No entanto, existem indicativos de grande incremento da área com estas culturas, por possuírem um elevado teor de óleo em sua composição, mas especialmente em função da demanda por óleo de canola na Europa”, observa.

Outro fato que deve impulsionar os investimentos nas culturas é a incrementação de 2% de biodiesel ao óleo diesel consumido no país, resolução que entra em vigor em 2008. Com a determinação, o volume de óleo destinado à produção der biocombustíveis deve subir de 400 milhões de litros de óleo – sendo a maior parte de soja – para 800 milhões de litros.

Mercado

“Esse novo mercado aquecerá todos os seguimentos do agronegócio, desde o preço da terra, dos insumos, do mercado de máquinas até as relações com o comércio exterior. Será estratégico aumentar a oferta global de óleos, permitindo que o aumento da oferta de óleos comestíveis seja reservado para óleos nutricionalmente mais adequados, enquanto outros óleos (soja ou palmáceas) possam ser dirigidos para o mercado de energia”, ressalta Castro.

Atualmente, a área de produção da canola e do girassol no Brasil é insignificante quando comparadas às outras culturas. Enquanto a soja apresenta 22 milhões de hectares plantados e a cana-de-açúcar outros 5,8 milhões, o girassol representa 95 mil ha e a canola apenas 33 mil ha.

Para os especialistas, a “moda” da agroenergia não deverá beneficiar somente o meio ambiente, mas também os produtores rurais. “Com o aumento da demanda por óleos está ocorrendo elevação dos preços de grãos, como a soja, o que está mantendo viável a produção de grãos em muitas situações em que a área de cultivo estava diminuindo por dificuldades econômicas”, afirma Tomm.

Durante os três dias de evento, serão realizadas outras 9 conferências e 19 painéis. A iniciativa é da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, com o apoio da Embrapa, Governo do Paraná, Iapar, Embratur, Crea-PR, Adetec, Sociedade Rural do Paraná, Londrina Convention & Visitors Bureau, Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina, Sociedade Brasileira de Metrologia, Paraná Metrologia, Mútua, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Sistema Fiep.

Agroenergia é tema de conferência internacional

(08/12/2006) - O cenário da agroenergia no Brasil e no mundo será discutido na Conferência Internacional de Agroenergia - Conae 2006, que será realizada entre os dias 11 e 13 de dezembro, em Londrina, PR. O evento tem como objetivo fazer um levantamento sobre o cenário de oferta e demanda da agroenergia no Brasil e no mundo e contará com exposição e feira de tecnologia para geração de energia renovável e alternativas energéticas.

Um dos palestrantes do evento é o pesquisador Eduardo Delgado Assad, chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ele afirma que o Brasil é um dos poucos países que tem território para poder, em sua produção, ter proposta real de substituição de matriz energética. “O Brasil é pioneiro na agroenergia, então o que o ele fizer, muitos países podem seguir”, ressalta. Segundo Assad, o ponto estratégico da conferência é discutir o que produzir e se o Brasil tem as plantas industriais adequadas para fazer a transformação da produção agrícola em agroenergia.

O Conae 2006 buscará destacar o potencial brasileiro de produção de energias renováveis, especialmente aquelas produzidas a partir de produtos agrícolas florestais, além de tratar de outras formas de produção de energia.

Promovido pela Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina, o evento é direcionado, principalmente, a engenheiros, arquitetos, professores, pesquisadores, agricultores, entidades governamentais e não governamentais, fabricantes de máquinas e veículos, ecologistas, economistas e estudantes.

A expectativa dos organizadores é que o encontro conte com a presença de aproximadamente mil pessoas. Mais informações sobre a programação estão disponíveis em www.pjeventos.com.br/agroenergia.
Nadir Rodrigues Pereira
Embrapa Informática Agropecuária

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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