Panorama
 
 
 

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2006

Museu Goeldi recebe menção honrosa do Prêmio Chico Mendes

Conhecimento Científico - 05/12/2006 - No ano em que completa 140 anos de existência, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), entidade científica vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), recebe mais uma importante premiação nacional. A instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia recebeu do prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, Menção Honrosa, na categoria Ciência e Tecnologia, por sua atuação na geração e divulgação de conhecimento científico sobre a Amazônia. A solenidade de premiação será no dia 13 deste mês.

A Comissão Julgadora do Prêmio concedeu a honraria por considerar o conjunto da obra do Museu Goeldi grandioso, sem comparação com outros trabalhos. A Comissão optou por uma menção honrosa, ressaltando o pioneirismo do Museu na realização de estudos científicos sobre a Amazônia. “É muito gratificante ver valorizado o esforço coletivo de centenas de funcionários desta centenária Casa, que a despeito de todos os problemas estruturais e orçamentários que temos, fazem tanto e com tamanha dedicação”, afirmou a diretora do Museu Goeldi, Ima Célia Guimarães Vieira, ao saber da premiação.

Localizado em Belém, capital do estado do Pará, o Museu Goeldi dedica-se, há mais de um século, ao estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como à divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região. Além de desenvolver ações de educação, comunicação científica e museologia, a instituição contribui também para a formação de recursos humanos qualificados em pesquisa e para a formulação de políticas públicas voltadas à preservação do meio ambiente.

Concedido anualmente pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), por intermédio da Secretaria de Coordenação da Amazônia, o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente foi lançado em 2002 com a finalidade de valorizar os trabalhos desenvolvidos em benefício da conservação da Amazônia. O Prêmio está dividido em seis categorias: Liderança Individual; Associação Comunitária; Organização Não-Governamental; Negócios Sustentáveis; Ciência e Tecnologia; e Arte e Cultura.

Os vencedores de 2006 foram anunciados no último dia 29, pela ministra do MMA, Marina Silva, durante a abertura da última reunião do ano do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Cerca de 85 trabalhos concorreram ao Prêmio deste ano.

Os primeiros lugares de cada categoria receberão, na solenidade do dia 13, diploma honorífico e premiação individual de R$ 20 mil, somando R$ 120 mil em prêmios.

Conheça os vencedores do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente - edição 2006 no site do Goeldi.
Assessoria de Comunicação Social do Museu Goeldi

Cientistas alertam para mudanças na paisagem amazônica

Aquecimento Global - 06/12/2006 - Durante o 2º Simpósio da Biota Amazônica, cientistas de diferentes áreas avaliam processo de formação da rica biodiversidade da região e a ameaça que sofre com as mudanças climáticas. As palestras e mesas-redondas do 2º Simpósio da Biota Amazônica, marcadas para o dia 12, em Belém do Pará, terão como tema as atuais pesquisas em geociências na Amazônia. Este será apenas um dos cinco temas que serão abordados durante os quatro dias do evento, que será aberto na próxima segunda-feira (11), no Hotel Crowne Plaza.

Entre os conferencistas estará o pesquisador Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), de São José dos Campos (SP), que iniciará os debates do dia, às 9h.

Doutor em meteorologia pelo Massachussets Institute of Technology (EUA), Nobre é uma referência quando o assunto é o aquecimento global. Segundo ele, as mudanças ambientais estão cada vez mais aceleradas. “A região amazônica é, particularmente, vulnerável a esse impacto das mudanças climáticas”, alerta. Além disso, ele vai abordar alternativas para conter o quadro crescente que preocupa a comunidade científica nacional e internacional. O título da conferência é “Mudanças climáticas e impactos nos biomas amazônicos: porque devemos nos preocupar e o que fazer”.

Para Nobre, essas mudanças se associam com as alterações do uso da terra, com o desmatamento, a fragmentação florestal e os focos de incêndio, que aumentam a ameaça à biodiversidade e aos ciclos biogeoquímicos, especialmente, do carbono.

Carlos Nobre já foi coordenador-geral do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Inpe, e participou de um documentário da ONG Greenpeace, que mostrou as mudanças que ocorrem na vida das pessoas devido às alterações climáticas.

Segundo Nobre, nos últimos 50 anos, houve uma aceleração forte do aumento da temperatura, causada pelo homem. Nesse período, a temperatura do Planeta teve um aumento de 0,5ºC. Nos últimos dez anos, aconteceram os cinco dias mais quentes dos últimos mil anos da Terra.

Solo e formação
Depois da conferência, será aberta a mesa-redonda “Transformações na paisagem da Amazônia: passado e futuro”, coordenada pela Dra. Maria Thereza Prost, do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCT).

Para ela, os nomes que compõem a mesa são gabaritados em suas áreas e poderão avançar na discussão, expondo os principais estudos sobre o tema. “A partir da palestra do Carlos Nobre, iremos mostrar o atual estágio de conhecimento sobre a região, sob diferentes áreas de pesquisa, e debater o futuro, as perspectivas e soluções. A princípio, podemos observar que as modificações no solo e na paisagem amazônica ocorreram ao longo do tempo. Porém, com o aquecimento global e o derretimento das calotas polares, essa água doce tende a elevar o nível dos mares, acelerando e acentuando as modificações na nossa região”, explica Prost.

Um dos debatedores, Ítalo Falesi, da Embrapa Amazônia Oriental, vai traçar um panorama do que foi pesquisado sobre o solo da Amazônia até 1966, quando ocorreu o 1º Simpósio Biota Amazônica. Depois, o especialista irá apresentar as unidades de solo mais importantes na região, relacionando-as aos impactos econômico, social e ambiental e sua distribuição no cenário amazônico.

Já o geólogo Roberto Dall’Agnol, da Universidade Federal do Pará (UFPA), vai abordar os avanços nas pesquisas através dos grandes projetos, como o Projeto Radam, desenvolvido nos anos 1970, e com a atuação da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

“Também houve um esforço para a descoberta de jazidas minerais por parte das empresas estatais e privadas, o que mudou radicalmente o quadro que existia anteriormente”, avalia. Em sua contribuição para a mesa-redonda, Dall’Agnol vai mostrar ainda como ocorreram as formações das grandes províncias minerais na Amazônia, como a de Carajás e do Tapajós. “A Província de Carajás, detentora de grandes reservas minerais de ferro, manganês, ouro, cobre e níquel, formou-se no período Arqueano, que representou um período muito vantajoso para a geração destes depósitos minerais”, adianta.

O paleontólogo Peter Mann de Toledo, do Inpe, que já foi diretor do Museu Goeldi, irá ressaltar o atual estágio da pesquisa e levantar os desafios atuais no estudo do solo amazônico. “O desafio agora é discutir a contribuição dos principais processos ecológicos e fatores históricos que culminaram com o padrão atual de diversidade biológica na região”, explica.

Para Toledo, a pesquisa para identificar a formação e características da biota amazônica deverá ser multidisciplinar, pois foram vários os fatores que contribuíram para esse processo. “Esse esforço intelectual exige um enfoque de pesquisa de diferentes áreas, incluindo aí ecologia, sistemática, biogeografia, genética, geologia, pedologia, geomorfologia e meteorologia, garantindo o diálogo e a integração da comunidade científica”, afirma Toledo.
Assessoria de Comunicação Social do Museu Goeldi

Oficina “Faça você mesmo” mostra como construir um terrário

Educação Ambiental - 06/12/2006 - Perceber e discutir as relações entre o meio ambiente, a flora, a fauna e os microorganismos que nele habitam, assim como os fenômenos que interferem nesses processos. Esse é o objetivo da próxima oficina Faça você mesmo, neste sábado (9), às 16h, no Museu de Astronomia e Ciência Afim (Mast/MCT), que mostrará como montar um terrário.

Numa pequena caixa de vidro é reproduzido um pequeno ecossistema, onde os participantes da atividade – especialmente as crianças e adolescentes – poderão observar a sobrevivência e a inter-relação dos seres vivos.

O objetivo da atividade é enriquecer o aprendizado e despertar a consciência ambiental. O público também conhecerá melhor a biosfera e os fatores relevantes para a existência e continuidade da vida na Terra.

No mesmo sábado, também acontece o programa de observação do céu, com palestra sobre o Céu de Dezembro, às 18h, e observação nas cúpulas, com acompanhamento de um astrônomo, a partir das 19h30.

A entrada no Museu e em todas as suas atividades é gratuita. O Mast fica na Rua General Bruce, 586, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Mais informações no tel.: (21) 2580-7010.
Justo D’Ávila – Assessoria de Comunicação do Mast

Especialistas debatem diversidade microbiana da Amazônia

Congresso - 06/12/2006 - Acontece até a próxima sexta-feira (8), na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o 1º Congresso sobre Diversidade Microbiana da Amazônia (CDMICRO). Na pauta, a diversidade microbiana da Amazônia, por exemplo, a médica, de alimentos, a industrial, a biotecnológica e as coleções de culturas bacterianas.

Durante o congresso, serão realizados mesas-redondas, conferências, simpósios, apresentação de painéis e orais, além de cursos que serão ministrados por pesquisadores e profissionais da área de saúde de instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outros. Também serão abordados temas como: Diversidade Microbiana; Microbiologia e Micologia Básica, Microbiologia e Micologia Agroflorestal e Microbiologia Clínica, todos referentes à Amazônia.

O congresso consiste em uma oportunidade pioneira de congregar a participação de professores/pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, de gestores de políticas públicas em saúde, em ciência e tecnologia do Brasil e da Amazônia Internacional para debater os conhecimentos de resultados técnicos, realizar troca de experiências, bem como a possibilidade de parcerias futuras entre os cientistas brasileiros e de outros países. A intenção é estimular a interação de políticas específicas e necessárias entre as instituições amazônicas.
Luís Mansuêto - Assessoria de Comunicação do INPA

Projeto do Pronex lança material didático

Meio Ambiente - 07/12/2006 - O projeto do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex/CNPq), coordenado pelo professor José Camapum de Carvalho, da Universidade de Brasília (UnB), encerra suas atividades com o lançamento de material didático para os ensinos fundamental e superior. Com o título Prevenção e recuperação de áreas potenciais de degradação por processos de erosão superficial, profunda e interna no Centro-Oeste, o projeto, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), foi desenvolvido por uma rede composta pelo Programa de Pós-Graduação em Geotecnia da UnB, a Escola de Engenharia da Universidade Federal de Goiás, e por Furnas Centrais Elétricas S.A.

O material produzido para os estudantes consiste na Cartilha Meio Ambiente: Erosão, destinada à 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino fundamental, e no livro Processos Erosivos no Centro-Oeste Brasileiro, voltado para os cursos universitários de graduação e pós-graduação, comunidade técnico-científica, empresas e administração pública.

Além dessas publicações, em 2005 foi lançada a Cartilha Erosão, editada em português e espanhol, dirigida para a 4ª até à 8ª séries dos ensinos fundamental e médio, administração pública e comunidades afetadas pelo problema da erosão. Para tornar efetiva a transferência dos resultados obtidos pelo projeto para a sociedade, empresas e administração pública - princípio fundamental de uma pesquisa cientifica, segundo Camapum - foram realizados dois simpósios regionais sobre Solos Tropicais e Processos Erosivos no Centro Oeste, e o terceiro está previsto para ser realizado em 2007, na cidade de Cuiabá (MT).

José Camapum avalia que o projeto, iniciado em 2000, está atingindo os objetivos ao gerar o desenvolvimento técnico-científico, propor solução de baixo custo para conter processos erosivos e conseguir abranger toda a cadeia do ensino formal com o material didático gerado. “É importante lembrar que vários dos problemas ambientais que estamos vivendo estão ligados à deficiência no ensino já na fase fundamental”, ressalta.

O material didático gerado pode ser reproduzido, sem fins lucrativos, mediante autorização do Programa de Pós-Graduação em Geotecnia da Universidade de Brasília. Informações de como ter acesso ao material podem ser obtidas pelo e-mail do Prof. Camapum: camapum@unb.br ou camapum@pesquisador.cnpq.br.

Pronex

O Pronex, criado em 1996, é coordenado pelo CNPq e contribui para a consolidação do processo de desenvolvimento científico-tecnológico brasileiro por meio do apoio continuado e adicional a grupos de alta competência e que tenham liderança e papel nucleador no setor de sua atuação. Em 2003 passou a ser executado em parceria com entidades estaduais de fomento à pesquisa. Desde então foram firmados convênios com 19 estados e apoiados cerca de 240 Núcleos de Excelência.
Assessoria de Comunicação do CNPq

Debate coletivo faz balanço das últimas quatro décadas da região amazônica

Meio Ambiente / Ecossistema - 07/12/2006 - A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) realizam, entre os dias 11 e 14 deste mês, o 2º Simpósio da Biota Amazônica, no Hotel Crowne Plaza, em Belém (PA). O foco do evento é fazer um balanço das transformações sociais e ambientais por que passou a região desde 1966 — quando foi realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq/MCT) o 1º Simpósio da Biota Amazônica, homenageando o centenário do MPEG —, além de confrontá-lo com as transformações verificadas na sociedade e no meio ambiente.

Com o público esperado de aproximadamente 500 pessoas, entre eles pesquisadores, cientistas, professores e estudantes, o encontro traz em sua programação várias conferências e mesas-redondas que abordarão temas de Geociências, Conservação, Zoologia, Botânica e Ciências Sociais. Durante os quatro dias, os temas serão debatidos por cerca de 25 palestrantes brasileiros e outros dois estrangeiros, dos Estados Unidos e da Itália.

Participarão do evento várias instituições brasileiras como Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe/MCT), universidades públicas brasileiras, além de organizações não-governamentais.

O encontro faz parte das comemorações dos 140 anos do Museu Goeldi e dos eventos preparatórios da 59ª Reunião Anual da SBPC, que ocorrerá no próximo ano, em Belém, de 8 a 13 de julho, com o tema “Amazônia: desafio nacional
(As informações são das assessorias de comunicação da SBPC e do MPEG)
Assessoria de Imprensa do MCT

Inpa leva conhecimento científico à periferia de Manaus

Educação Ambiental - 07/12/2006 - Acontece no próximo domingo (10), às 8h30, a última edição de 2006 do projeto Comunidade no Jardim Botânico, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT). Este ano, o projeto atendeu aproximadamente 30 comunidades dos bairros localizados no entorno da Reserva Adolpho Ducke, além de 500 alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Marcílio Junqueira, localizada no bairro Monte Sião. Segundo o coordenador do projeto e servidor da Coordenação de Extensão (COXT/Inpa), Jorge Lobato, ao todo já foram atendidas aproximadamente 2,7 mil pessoas. Nesta edição, participação cerca de 300 moradores oriundos de comunidades da Cachoeirinha, Compensa e Riacho Doce, além dos alunos da Escola Municipal Marcílio Junqueira.

Uma programação especial recepcionará os visitantes, com apresentações culturais, caminhadas nas trilhas, realizadas sob a orientação dos guias do Jardim Botânico. Também acontecerão oficinas de reaproveitamento de garrafas plásticas (PET), pintura, distribuição de mudas, dicas ambientais, que são coordenadas pelo Grupo de Educação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA).

“Quem comparecer ao Jardim Botânico também aprenderá um pouco sobre a migração dos grandes bagres da Amazônia: piramutaba, pirara, piraíba, além da importância da preservação dos mesmos para o meio ambiente. A oficina será ministrada pelo pessoal do Laboratório Temático de Biologia Molecular (LBTM/Inpa). Na ocasião, os alunos aprenderão brincando com o jogo Piradados”, explicou.

Ele disse que um dos principais objetivos do projeto é a inclusão social dos moradores e a disseminação do conhecimento científico produzido pelo Instituto e os respectivos parceiros. Por isso, o público leigo precisa ter acesso a uma informação clara, objetiva e concisa para a melhoria da qualidade de vida. “A Reserva Florestal Adolpho Ducke é um patrimônio natural para todos os moradores de Manaus. Por isso, o projeto atua na sensibilização ambiental e evita danos ambientais futuros à floresta”, destacou.

Além do Inpa, participam do projeto SEMMA, Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços públicos (SEMULSP), Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e Projeto Consciência Limpa (Rede Amazônica). Também conta com o apoio da Petrobrás, Moto Honda da Amazônia, MASA, Magistral, Pães Brothers, Kabala Alimentos, Café Manaus, Séculus da Amazônia, SESC do Amazonas e Rio Negro Transportes e Logística.
Luís Mansuêto - Assessoria de Comunicação do INPA

Finep investe R$ 80 milhões para reduzir o aquecimento global

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - 08/12/2006 - Recursos serão liberados até 2009 por meio do Programa de Apoio a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, que será lançado na próxima terça-feira, dia 12 de dezembro.

Até 2009, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) vai aplicar cerca de R$ 80 milhões em projetos que proporcionem a redução do efeito estufa e, conseqüentemente, do aquecimento global. A novidade é fruto do Programa de Apoio a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Pró-MDL), a ser lançado pela empresa na próxima terça-feira, dia 12 de dezembro.

Inserido no contexto das metas aprovadas pelo Protocolo de Kyoto, acordo internacional implementado em fevereiro de 2005 para combater a emissão de gases poluentes na atmosfera, o Pró-MDL possui duas modalidades de financiamento, a dos reembolsáveis e a dos não-reembolsáveis.

Os reembolsáveis compreendem a linha de apoio a projetos de pré-investimento e a de desenvolvimento tecnológico de soluções. Já os não-reembolsáveis, que pressupõem a cooperação entre empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), têm uma linha voltada para a criação de novas tecnologias e outra focada na pesquisa de metodologias de linha de base, cálculo de emissões e monitoramento. “O apoio não-reembolsável é em regime de fluxo contínuo e visa complementar as atividades de financiamento reembolsável”, explica Fabrício Brollo, chefe do Departamento de Agronegócios da Finep.

O principal objetivo do Protocolo de Kyoto, ratificado por 144 nações, é reduzir a emissão de poluentes em 5,2% nos países listados no Anexo I do acordo*, tendo como base os níveis verificados em 11000, ano em que as negociações se iniciaram. Fazem parte do anexo I os países industrializados participantes da iniciativa. Os Estados Unidos, maior poluidor do planeta, não assinou o tratado**.

Para que as nações em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, pudessem contribuir para o cumprimento do plano, criaram-se três mecanismos adicionais de implementação, que possibilitam a execução de projetos além das fronteiras nacionais: o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a Implementação Conjunta e o Comércio de Emissões. Assim, é possível que o Brasil preste assistência a um empreendimento MDL da Alemanha, por exemplo. “O alto potencial que temos, aliado à demanda por recursos naturais, garantem ao País um papel de liderança no setor”, afirma Fabrício Brollo. Os números comprovam: atualmente, dos 575 projetos em fase de validação ou superior, o Brasil responde por 135, posicionando-se em segundo lugar no total geral.

Embora tenham aderido ao protocolo, países em desenvolvimento não tiveram que se comprometer com metas específicas.

Comércio de Emissões

O Comércio de Emissões possui uma engrenagem similar à da bolsa de valores. O diferencial é que, ao invés de ações, os papéis negociados são Reduções Certificadas de Emissões (RCE’s), medidas em tonelada métrica de dióxido de carbono. Os créditos de carbono são obtidos por países que comprovadamente reduziram a emissão do poluente. Na prática, uma nação que compra RCE’s, garante a permissão para emitir o gás.

Em geral, uma intituição interessada em executar um projeto de desenvolvimento limpo se alia a uma entidade financeira internacional de um dos países do anexo I, que recebe as RCE’s em troca da liberação de recursos. No caso do Pró-MDL, a FINEP não cobra os créditos de carbono. “Dessa forma, as empresas nacionais não sofrem com o deságio das RCE’s e ficam livres para negociá-las no momento que acharem mais interessante”, conclui Fabrício.

Segundo estimativas do Banco Mundial, o Brasil poderá ter uma participação de 10% no mercado de MDL, equivalente a US$ 1,3 bilhões em 2007.

Aquecimento global

O aquecimento global é causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, como o CO², metano (CH4) e hidrofluorcarbonos (HFC’s). De acordo com a Convenção das Nações Unidas, os níveis de CO² crescem 10% a cada 20 anos e a temperatura média do planeta, que já subiu 6ºC no século 20, pode subir mais 5,8º C até 2100.

* Paises listados no Anexo 1: Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, Comunidade Européia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Tcheco-Eslovaca, Romênia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.

** Países que mais emitem dióxido de carbono (CO2) na atmosfera (porcentagem do total emitido no mundo) Estados Unidos - 36,10%; Rússia - 17,40%; Japão -8,50%; Alemanha - 7,4 %; Reino Unido - 4,3 %; Canadá - 3,3 %; Itália - 3,1 %; Polônia - 3 %; Franç - 2,7 %; Austrália - 2,1 %; Espanha - 1,9 %; Países Baixos - 1,2 %; República Checa - 1,2 %; e Romênia - 1,2 %.
Departamento de Comunicação da Finep

 
 

Fonte: Ministério da Agricultura (www.agricultura.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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