Museu
Goeldi recebe menção honrosa
do Prêmio Chico Mendes
Conhecimento Científico
- 05/12/2006 - No ano em que completa 140
anos de existência, o Museu Paraense
Emílio Goeldi (MPEG), entidade científica
vinculada ao Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT), recebe mais uma importante
premiação nacional. A instituição
de pesquisa mais antiga da Amazônia
recebeu do prêmio Chico Mendes de Meio
Ambiente, Menção Honrosa, na
categoria Ciência e Tecnologia, por
sua atuação na geração
e divulgação de conhecimento
científico sobre a Amazônia.
A solenidade de premiação será
no dia 13 deste mês.
A Comissão Julgadora
do Prêmio concedeu a honraria por considerar
o conjunto da obra do Museu Goeldi grandioso,
sem comparação com outros trabalhos.
A Comissão optou por uma menção
honrosa, ressaltando o pioneirismo do Museu
na realização de estudos científicos
sobre a Amazônia. “É muito gratificante
ver valorizado o esforço coletivo de
centenas de funcionários desta centenária
Casa, que a despeito de todos os problemas
estruturais e orçamentários
que temos, fazem tanto e com tamanha dedicação”,
afirmou a diretora do Museu Goeldi, Ima Célia
Guimarães Vieira, ao saber da premiação.
Localizado em Belém,
capital do estado do Pará, o Museu
Goeldi dedica-se, há mais de um século,
ao estudo científico dos sistemas naturais
e socioculturais da Amazônia, bem como
à divulgação de conhecimentos
e acervos relacionados à região.
Além de desenvolver ações
de educação, comunicação
científica e museologia, a instituição
contribui também para a formação
de recursos humanos qualificados em pesquisa
e para a formulação de políticas
públicas voltadas à preservação
do meio ambiente.
Concedido anualmente pelo
Ministério do Meio Ambiente (MMA),
por intermédio da Secretaria de Coordenação
da Amazônia, o Prêmio Chico Mendes
de Meio Ambiente foi lançado em 2002
com a finalidade de valorizar os trabalhos
desenvolvidos em benefício da conservação
da Amazônia. O Prêmio está
dividido em seis categorias: Liderança
Individual; Associação Comunitária;
Organização Não-Governamental;
Negócios Sustentáveis; Ciência
e Tecnologia; e Arte e Cultura.
Os vencedores de 2006 foram
anunciados no último dia 29, pela ministra
do MMA, Marina Silva, durante a abertura da
última reunião do ano do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama). Cerca
de 85 trabalhos concorreram ao Prêmio
deste ano.
Os primeiros lugares de
cada categoria receberão, na solenidade
do dia 13, diploma honorífico e premiação
individual de R$ 20 mil, somando R$ 120 mil
em prêmios.
Conheça os vencedores
do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente
- edição 2006 no site do Goeldi.
Assessoria de Comunicação Social
do Museu Goeldi
Cientistas alertam para
mudanças na paisagem amazônica
Aquecimento Global - 06/12/2006
- Durante o 2º Simpósio da Biota
Amazônica, cientistas de diferentes
áreas avaliam processo de formação
da rica biodiversidade da região e
a ameaça que sofre com as mudanças
climáticas. As palestras e mesas-redondas
do 2º Simpósio da Biota Amazônica,
marcadas para o dia 12, em Belém do
Pará, terão como tema as atuais
pesquisas em geociências na Amazônia.
Este será apenas um dos cinco temas
que serão abordados durante os quatro
dias do evento, que será aberto na
próxima segunda-feira (11), no Hotel
Crowne Plaza.
Entre os conferencistas
estará o pesquisador Carlos Nobre,
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe/MCT), de São José dos
Campos (SP), que iniciará os debates
do dia, às 9h.
Doutor em meteorologia pelo
Massachussets Institute of Technology (EUA),
Nobre é uma referência quando
o assunto é o aquecimento global. Segundo
ele, as mudanças ambientais estão
cada vez mais aceleradas. “A região
amazônica é, particularmente,
vulnerável a esse impacto das mudanças
climáticas”, alerta. Além disso,
ele vai abordar alternativas para conter o
quadro crescente que preocupa a comunidade
científica nacional e internacional.
O título da conferência é
“Mudanças climáticas e impactos
nos biomas amazônicos: porque devemos
nos preocupar e o que fazer”.
Para Nobre, essas mudanças
se associam com as alterações
do uso da terra, com o desmatamento, a fragmentação
florestal e os focos de incêndio, que
aumentam a ameaça à biodiversidade
e aos ciclos biogeoquímicos, especialmente,
do carbono.
Carlos Nobre já foi
coordenador-geral do Centro de Previsão
de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC),
do Inpe, e participou de um documentário
da ONG Greenpeace, que mostrou as mudanças
que ocorrem na vida das pessoas devido às
alterações climáticas.
Segundo Nobre, nos últimos
50 anos, houve uma aceleração
forte do aumento da temperatura, causada pelo
homem. Nesse período, a temperatura
do Planeta teve um aumento de 0,5ºC.
Nos últimos dez anos, aconteceram os
cinco dias mais quentes dos últimos
mil anos da Terra.
Solo e formação
Depois da conferência, será aberta
a mesa-redonda “Transformações
na paisagem da Amazônia: passado e futuro”,
coordenada pela Dra. Maria Thereza Prost,
do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCT).
Para ela, os nomes que compõem
a mesa são gabaritados em suas áreas
e poderão avançar na discussão,
expondo os principais estudos sobre o tema.
“A partir da palestra do Carlos Nobre, iremos
mostrar o atual estágio de conhecimento
sobre a região, sob diferentes áreas
de pesquisa, e debater o futuro, as perspectivas
e soluções. A princípio,
podemos observar que as modificações
no solo e na paisagem amazônica ocorreram
ao longo do tempo. Porém, com o aquecimento
global e o derretimento das calotas polares,
essa água doce tende a elevar o nível
dos mares, acelerando e acentuando as modificações
na nossa região”, explica Prost.
Um dos debatedores, Ítalo
Falesi, da Embrapa Amazônia Oriental,
vai traçar um panorama do que foi pesquisado
sobre o solo da Amazônia até
1966, quando ocorreu o 1º Simpósio
Biota Amazônica. Depois, o especialista
irá apresentar as unidades de solo
mais importantes na região, relacionando-as
aos impactos econômico, social e ambiental
e sua distribuição no cenário
amazônico.
Já o geólogo
Roberto Dall’Agnol, da Universidade Federal
do Pará (UFPA), vai abordar os avanços
nas pesquisas através dos grandes projetos,
como o Projeto Radam, desenvolvido nos anos
1970, e com a atuação da Companhia
de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
“Também houve um
esforço para a descoberta de jazidas
minerais por parte das empresas estatais e
privadas, o que mudou radicalmente o quadro
que existia anteriormente”, avalia. Em sua
contribuição para a mesa-redonda,
Dall’Agnol vai mostrar ainda como ocorreram
as formações das grandes províncias
minerais na Amazônia, como a de Carajás
e do Tapajós. “A Província de
Carajás, detentora de grandes reservas
minerais de ferro, manganês, ouro, cobre
e níquel, formou-se no período
Arqueano, que representou um período
muito vantajoso para a geração
destes depósitos minerais”, adianta.
O paleontólogo Peter
Mann de Toledo, do Inpe, que já foi
diretor do Museu Goeldi, irá ressaltar
o atual estágio da pesquisa e levantar
os desafios atuais no estudo do solo amazônico.
“O desafio agora é discutir a contribuição
dos principais processos ecológicos
e fatores históricos que culminaram
com o padrão atual de diversidade biológica
na região”, explica.
Para Toledo, a pesquisa
para identificar a formação
e características da biota amazônica
deverá ser multidisciplinar, pois foram
vários os fatores que contribuíram
para esse processo. “Esse esforço intelectual
exige um enfoque de pesquisa de diferentes
áreas, incluindo aí ecologia,
sistemática, biogeografia, genética,
geologia, pedologia, geomorfologia e meteorologia,
garantindo o diálogo e a integração
da comunidade científica”, afirma Toledo.
Assessoria de Comunicação Social
do Museu Goeldi
Oficina “Faça você
mesmo” mostra como construir um terrário
Educação Ambiental
- 06/12/2006 - Perceber e discutir as relações
entre o meio ambiente, a flora, a fauna e
os microorganismos que nele habitam, assim
como os fenômenos que interferem nesses
processos. Esse é o objetivo da próxima
oficina Faça você mesmo, neste
sábado (9), às 16h, no Museu
de Astronomia e Ciência Afim (Mast/MCT),
que mostrará como montar um terrário.
Numa pequena caixa de vidro
é reproduzido um pequeno ecossistema,
onde os participantes da atividade – especialmente
as crianças e adolescentes – poderão
observar a sobrevivência e a inter-relação
dos seres vivos.
O objetivo da atividade
é enriquecer o aprendizado e despertar
a consciência ambiental. O público
também conhecerá melhor a biosfera
e os fatores relevantes para a existência
e continuidade da vida na Terra.
No mesmo sábado,
também acontece o programa de observação
do céu, com palestra sobre o Céu
de Dezembro, às 18h, e observação
nas cúpulas, com acompanhamento de
um astrônomo, a partir das 19h30.
A entrada no Museu e em
todas as suas atividades é gratuita.
O Mast fica na Rua General Bruce, 586, em
São Cristóvão, no Rio
de Janeiro. Mais informações
no tel.: (21) 2580-7010.
Justo D’Ávila – Assessoria de Comunicação
do Mast
Especialistas debatem diversidade
microbiana da Amazônia
Congresso - 06/12/2006 -
Acontece até a próxima sexta-feira
(8), na Universidade Federal do Amazonas (Ufam),
o 1º Congresso sobre Diversidade Microbiana
da Amazônia (CDMICRO). Na pauta, a diversidade
microbiana da Amazônia, por exemplo,
a médica, de alimentos, a industrial,
a biotecnológica e as coleções
de culturas bacterianas.
Durante o congresso, serão
realizados mesas-redondas, conferências,
simpósios, apresentação
de painéis e orais, além de
cursos que serão ministrados por pesquisadores
e profissionais da área de saúde
de instituições como o Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT),
Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outros. Também
serão abordados temas como: Diversidade
Microbiana; Microbiologia e Micologia Básica,
Microbiologia e Micologia Agroflorestal e
Microbiologia Clínica, todos referentes
à Amazônia.
O congresso consiste em
uma oportunidade pioneira de congregar a participação
de professores/pesquisadores e estudantes
de graduação e pós-graduação,
de gestores de políticas públicas
em saúde, em ciência e tecnologia
do Brasil e da Amazônia Internacional
para debater os conhecimentos de resultados
técnicos, realizar troca de experiências,
bem como a possibilidade de parcerias futuras
entre os cientistas brasileiros e de outros
países. A intenção é
estimular a interação de políticas
específicas e necessárias entre
as instituições amazônicas.
Luís Mansuêto - Assessoria de
Comunicação do INPA
Projeto do Pronex lança
material didático
Meio Ambiente - 07/12/2006
- O projeto do Programa de Apoio a Núcleos
de Excelência (Pronex/CNPq), coordenado
pelo professor José Camapum de Carvalho,
da Universidade de Brasília (UnB),
encerra suas atividades com o lançamento
de material didático para os ensinos
fundamental e superior. Com o título
Prevenção e recuperação
de áreas potenciais de degradação
por processos de erosão superficial,
profunda e interna no Centro-Oeste, o projeto,
financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq/MCT),
foi desenvolvido por uma rede composta pelo
Programa de Pós-Graduação
em Geotecnia da UnB, a Escola de Engenharia
da Universidade Federal de Goiás, e
por Furnas Centrais Elétricas S.A.
O material produzido para
os estudantes consiste na Cartilha Meio Ambiente:
Erosão, destinada à 1ª,
2ª e 3ª séries do ensino
fundamental, e no livro Processos Erosivos
no Centro-Oeste Brasileiro, voltado para os
cursos universitários de graduação
e pós-graduação, comunidade
técnico-científica, empresas
e administração pública.
Além dessas publicações,
em 2005 foi lançada a Cartilha Erosão,
editada em português e espanhol, dirigida
para a 4ª até à 8ª
séries dos ensinos fundamental e médio,
administração pública
e comunidades afetadas pelo problema da erosão.
Para tornar efetiva a transferência
dos resultados obtidos pelo projeto para a
sociedade, empresas e administração
pública - princípio fundamental
de uma pesquisa cientifica, segundo Camapum
- foram realizados dois simpósios regionais
sobre Solos Tropicais e Processos Erosivos
no Centro Oeste, e o terceiro está
previsto para ser realizado em 2007, na cidade
de Cuiabá (MT).
José Camapum avalia
que o projeto, iniciado em 2000, está
atingindo os objetivos ao gerar o desenvolvimento
técnico-científico, propor solução
de baixo custo para conter processos erosivos
e conseguir abranger toda a cadeia do ensino
formal com o material didático gerado.
“É importante lembrar que vários
dos problemas ambientais que estamos vivendo
estão ligados à deficiência
no ensino já na fase fundamental”,
ressalta.
O material didático
gerado pode ser reproduzido, sem fins lucrativos,
mediante autorização do Programa
de Pós-Graduação em Geotecnia
da Universidade de Brasília. Informações
de como ter acesso ao material podem ser obtidas
pelo e-mail do Prof. Camapum: camapum@unb.br
ou camapum@pesquisador.cnpq.br.
Pronex
O Pronex, criado em 1996,
é coordenado pelo CNPq e contribui
para a consolidação do processo
de desenvolvimento científico-tecnológico
brasileiro por meio do apoio continuado e
adicional a grupos de alta competência
e que tenham liderança e papel nucleador
no setor de sua atuação. Em
2003 passou a ser executado em parceria com
entidades estaduais de fomento à pesquisa.
Desde então foram firmados convênios
com 19 estados e apoiados cerca de 240 Núcleos
de Excelência.
Assessoria de Comunicação do
CNPq
Debate coletivo faz balanço
das últimas quatro décadas da
região amazônica
Meio Ambiente / Ecossistema
- 07/12/2006 - A Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência (SBPC) e o Museu
Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT) realizam,
entre os dias 11 e 14 deste mês, o 2º
Simpósio da Biota Amazônica,
no Hotel Crowne Plaza, em Belém (PA).
O foco do evento é fazer um balanço
das transformações sociais e
ambientais por que passou a região
desde 1966 — quando foi realizado pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Tecnológico
(CNPq/MCT) o 1º Simpósio da Biota
Amazônica, homenageando o centenário
do MPEG —, além de confrontá-lo
com as transformações verificadas
na sociedade e no meio ambiente.
Com o público esperado
de aproximadamente 500 pessoas, entre eles
pesquisadores, cientistas, professores e estudantes,
o encontro traz em sua programação
várias conferências e mesas-redondas
que abordarão temas de Geociências,
Conservação, Zoologia, Botânica
e Ciências Sociais. Durante os quatro
dias, os temas serão debatidos por
cerca de 25 palestrantes brasileiros e outros
dois estrangeiros, dos Estados Unidos e da
Itália.
Participarão do evento
várias instituições brasileiras
como Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCT), Instituto Nacional de Pesquisa
Espaciais (Inpe/MCT), universidades públicas
brasileiras, além de organizações
não-governamentais.
O encontro faz parte das
comemorações dos 140 anos do
Museu Goeldi e dos eventos preparatórios
da 59ª Reunião Anual da SBPC,
que ocorrerá no próximo ano,
em Belém, de 8 a 13 de julho, com o
tema “Amazônia: desafio nacional
(As informações são das
assessorias de comunicação da
SBPC e do MPEG)
Assessoria de Imprensa do MCT
Inpa leva conhecimento científico
à periferia de Manaus
Educação Ambiental
- 07/12/2006 - Acontece no próximo
domingo (10), às 8h30, a última
edição de 2006 do projeto Comunidade
no Jardim Botânico, promovido pelo Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).
Este ano, o projeto atendeu aproximadamente
30 comunidades dos bairros localizados no
entorno da Reserva Adolpho Ducke, além
de 500 alunos do ensino fundamental da Escola
Municipal Marcílio Junqueira, localizada
no bairro Monte Sião. Segundo o coordenador
do projeto e servidor da Coordenação
de Extensão (COXT/Inpa), Jorge Lobato,
ao todo já foram atendidas aproximadamente
2,7 mil pessoas. Nesta edição,
participação cerca de 300 moradores
oriundos de comunidades da Cachoeirinha, Compensa
e Riacho Doce, além dos alunos da Escola
Municipal Marcílio Junqueira.
Uma programação
especial recepcionará os visitantes,
com apresentações culturais,
caminhadas nas trilhas, realizadas sob a orientação
dos guias do Jardim Botânico. Também
acontecerão oficinas de reaproveitamento
de garrafas plásticas (PET), pintura,
distribuição de mudas, dicas
ambientais, que são coordenadas pelo
Grupo de Educação da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente (SEMMA).
“Quem comparecer ao Jardim
Botânico também aprenderá
um pouco sobre a migração dos
grandes bagres da Amazônia: piramutaba,
pirara, piraíba, além da importância
da preservação dos mesmos para
o meio ambiente. A oficina será ministrada
pelo pessoal do Laboratório Temático
de Biologia Molecular (LBTM/Inpa). Na ocasião,
os alunos aprenderão brincando com
o jogo Piradados”, explicou.
Ele disse que um dos principais
objetivos do projeto é a inclusão
social dos moradores e a disseminação
do conhecimento científico produzido
pelo Instituto e os respectivos parceiros.
Por isso, o público leigo precisa ter
acesso a uma informação clara,
objetiva e concisa para a melhoria da qualidade
de vida. “A Reserva Florestal Adolpho Ducke
é um patrimônio natural para
todos os moradores de Manaus. Por isso, o
projeto atua na sensibilização
ambiental e evita danos ambientais futuros
à floresta”, destacou.
Além do Inpa, participam
do projeto SEMMA, Secretaria Municipal de
Saúde (SEMSA), Secretaria Municipal
de Limpeza e Serviços públicos
(SEMULSP), Secretaria Municipal de Educação
(SEMED) e Projeto Consciência Limpa
(Rede Amazônica). Também conta
com o apoio da Petrobrás, Moto Honda
da Amazônia, MASA, Magistral, Pães
Brothers, Kabala Alimentos, Café Manaus,
Séculus da Amazônia, SESC do
Amazonas e Rio Negro Transportes e Logística.
Luís Mansuêto - Assessoria de
Comunicação do INPA
Finep investe R$ 80 milhões
para reduzir o aquecimento global
Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo - 08/12/2006 - Recursos serão
liberados até 2009 por meio do Programa
de Apoio a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo, que será lançado na próxima
terça-feira, dia 12 de dezembro.
Até 2009, a Financiadora de Estudos
e Projetos (Finep/MCT) vai aplicar cerca de
R$ 80 milhões em projetos que proporcionem
a redução do efeito estufa e,
conseqüentemente, do aquecimento global.
A novidade é fruto do Programa de Apoio
a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (Pró-MDL), a ser lançado
pela empresa na próxima terça-feira,
dia 12 de dezembro.
Inserido no contexto das
metas aprovadas pelo Protocolo de Kyoto, acordo
internacional implementado em fevereiro de
2005 para combater a emissão de gases
poluentes na atmosfera, o Pró-MDL possui
duas modalidades de financiamento, a dos reembolsáveis
e a dos não-reembolsáveis.
Os reembolsáveis
compreendem a linha de apoio a projetos de
pré-investimento e a de desenvolvimento
tecnológico de soluções.
Já os não-reembolsáveis,
que pressupõem a cooperação
entre empresas e Instituições
Científicas e Tecnológicas (ICTs),
têm uma linha voltada para a criação
de novas tecnologias e outra focada na pesquisa
de metodologias de linha de base, cálculo
de emissões e monitoramento. “O apoio
não-reembolsável é em
regime de fluxo contínuo e visa complementar
as atividades de financiamento reembolsável”,
explica Fabrício Brollo, chefe do Departamento
de Agronegócios da Finep.
O principal objetivo do
Protocolo de Kyoto, ratificado por 144 nações,
é reduzir a emissão de poluentes
em 5,2% nos países listados no Anexo
I do acordo*, tendo como base os níveis
verificados em 11000, ano em que as negociações
se iniciaram. Fazem parte do anexo I os países
industrializados participantes da iniciativa.
Os Estados Unidos, maior poluidor do planeta,
não assinou o tratado**.
Para que as nações
em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia,
pudessem contribuir para o cumprimento do
plano, criaram-se três mecanismos adicionais
de implementação, que possibilitam
a execução de projetos além
das fronteiras nacionais: o Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), a Implementação
Conjunta e o Comércio de Emissões.
Assim, é possível que o Brasil
preste assistência a um empreendimento
MDL da Alemanha, por exemplo. “O alto potencial
que temos, aliado à demanda por recursos
naturais, garantem ao País um papel
de liderança no setor”, afirma Fabrício
Brollo. Os números comprovam: atualmente,
dos 575 projetos em fase de validação
ou superior, o Brasil responde por 135, posicionando-se
em segundo lugar no total geral.
Embora tenham aderido ao
protocolo, países em desenvolvimento
não tiveram que se comprometer com
metas específicas.
Comércio de Emissões
O Comércio de Emissões
possui uma engrenagem similar à da
bolsa de valores. O diferencial é que,
ao invés de ações, os
papéis negociados são Reduções
Certificadas de Emissões (RCE’s), medidas
em tonelada métrica de dióxido
de carbono. Os créditos de carbono
são obtidos por países que comprovadamente
reduziram a emissão do poluente. Na
prática, uma nação que
compra RCE’s, garante a permissão para
emitir o gás.
Em geral, uma intituição
interessada em executar um projeto de desenvolvimento
limpo se alia a uma entidade financeira internacional
de um dos países do anexo I, que recebe
as RCE’s em troca da liberação
de recursos. No caso do Pró-MDL, a
FINEP não cobra os créditos
de carbono. “Dessa forma, as empresas nacionais
não sofrem com o deságio das
RCE’s e ficam livres para negociá-las
no momento que acharem mais interessante”,
conclui Fabrício.
Segundo estimativas do Banco
Mundial, o Brasil poderá ter uma participação
de 10% no mercado de MDL, equivalente a US$
1,3 bilhões em 2007.
Aquecimento global
O aquecimento global é
causado pelo acúmulo de gases de efeito
estufa na atmosfera, como o CO², metano
(CH4) e hidrofluorcarbonos (HFC’s). De acordo
com a Convenção das Nações
Unidas, os níveis de CO² crescem
10% a cada 20 anos e a temperatura média
do planeta, que já subiu 6ºC no
século 20, pode subir mais 5,8º
C até 2100.
* Paises listados no Anexo
1: Alemanha, Austrália, Áustria,
Belarus, Bélgica, Bulgária,
Canadá, Comunidade Européia,
Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia,
Federação Russa, Finlândia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda,
Islândia, Itália, Japão,
Letônia, Lituânia, Luxemburgo,
Noruega, Nova Zelândia, Países
Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido
da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte,
República Tcheco-Eslovaca, Romênia,
Suécia, Suíça, Turquia
e Ucrânia.
** Países que mais
emitem dióxido de carbono (CO2) na
atmosfera (porcentagem do total emitido no
mundo) Estados Unidos - 36,10%; Rússia
- 17,40%; Japão -8,50%; Alemanha -
7,4 %; Reino Unido - 4,3 %; Canadá
- 3,3 %; Itália - 3,1 %; Polônia
- 3 %; Franç - 2,7 %; Austrália
- 2,1 %; Espanha - 1,9 %; Países Baixos
- 1,2 %; República Checa - 1,2 %; e
Romênia - 1,2 %.
Departamento de Comunicação
da Finep