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de Dezembro de 2006 - Rosângela Ramos
- Da Rádio Nacional da Amazônia
- Brasília - A Polícia Ambiental
do Mato Grosso do Sul já aprendeu nas
estradas estaduais quase 400 aves que foram
retiradas da natureza e seriam vendidas ilegalmente.
O tráfico de animais movimenta no mundo
mais de US$ 10 bilhões, segundo informações
da Polícia Federal. Quanto mais ameaçada
de extinção está a espécie,
maior é o valor no mercado ilegal.
De acordo o capitão
Edmilson Paulino Queiroz, da Polícia
Ambiental do Mato Grosso do Sul, os animais
e aves capturados na Amazônia peruana
entram no Brasil pelo Estado e de lá
são levados para a região Sudeste.
As condições de transporte são
preocupantes. Segundo o capitão, os
animais ficam em sacolas, caixas, gaiolas
apertadas, e muitos acabam morrendo. De cada
dez animais capturados, apenas um chega vivo
ao destino.
Algumas espécies
capturadas no Amazonas também são
levadas para o Centro-Oeste e, depois, seguem
pela Bolívia para os países
europeus. Há ainda outra rota: os pássaros
do cerrado e do Pantanal são levados
para o Nordeste e, mais tarde, exportados.
Edmilson relata que já foram apreendidas
araras azuis que saíram da parte amazônica
do maranhão e vieram até Mato
grosso do Sul, por onde saem por Corumbá
para a Bolívia.
As penas para este tipo
de crime são aplicadas para quem faz,
vende e quem compra animais contrabandeados.
O capitão Edmilson explica que, para
o caso de tráfico de animais silvestres,
a pena é de seis meses a um ano de
detenção. Se o animal estiver
na lista de espécie em extinção,
a pena administrativa pode chegar a R$ 5 mil
por animal.
Para denúncias e
outras informações, é
possível entrar em contato com a linha
verde do Ibama pelo telefone 0800-61-8080.