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GOVERNO ANUNCIA MEDIDAS QUE DEVEM AUMENTAR A OFERTA DE AGROTÓXICOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2006

5 de Dezembro de 2006 - Gabriella Noronha - Da Agência Brasil - Brasília - O governo anunciou hoje (5), em Brasília, ações e medidas para dar agilidade a procedimentos de análise de agrotóxicos, com o objetivo de facilitar a produção do defensivo agrícola. Com maior oferta no mercado, os produtos devem ficar mais baratos, baixando o custo de produção dos agricultores “em um curto espaço de tempo”, estima o técnico do Ministério do Meio Ambiente, Lúcio Rangel.

As ações virão em um decreto a ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial até a próxima quinta-feira (7). Dentre as medidas estão o estabelecimento de critérios para registro de produtos equivalentes, para evitar testes desnecessários e reduzir o sacrifício de animais de experimentação. Está prevista também a simplificação do registro temporário para pesquisa e experimentação (RET).

São mudanças que poderão dar velocidade à análise de registro de novos agrotóxicos e facilitar a fiscalização, "sem oferecer riscos à qualidade, segurança e eficiência dos procedimentos", de acordo com nota do Ministério do Meio Ambiente.

As mudanças foram preparadas em conjunto pelos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Saúde, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

"Estou certo de que as questões ambientais e de saúde pública estão plenamente contempladas nas novas regras", salientou o secretário-executivo interino do Ministério do Meio Ambiente, Silvio Botelho, em nota divulgada pelo órgão.

Hoje o processo de testes e experimentos dura de três a quatro anos. “Grande parte dos nossos problemas nessa área não decorriam da norma, mas da pouca capacidade de aplicação pelos três órgãos, por deficiência de pessoal. Não conseguíamos cumprir no tempo legal, que são 150 dias", afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

Uma força tarefa, formada por equipes ampliadas dos três ministérios, vai enfrentar o aumento da demanda e as dificuldades dos órgãos que resultam num acúmulo de 350 pedidos de registros pendentes. O governo pretende regularizar os prazos dentro de oito meses.

Para os produtos com baixa toxicidade e risco ambiental, muito utilizada na agricultura orgânica e familiar (feromônios, semioquímicos, bioquímicos, microbiológicos e inimigos naturais), serão publicadas normas para disciplinar e promover novos registros.
O volume de agrotóxico em uso no Brasil aumentou quatro vezes nos últimos dez anos. Só no ano de 2005 o país produziu e comercializou aproximadamente 400 mil toneladas. A Lei do Agrotóxico é de 1989 e sua primeira regulamentação foi o Decreto n 98.816/90. A lei passou a regulamentar, dentre outras coisas, a experimentação, a utilização, o registro e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins.

O decreto vigente (n 4074/2002) tornou a avaliação mais completa, no entanto o processo tornou-se mais demorado e caro, tanto para as empresas produtoras como para o setor público.

Medidas pretendem aumentar oferta de defensivos agrícolas com baixa toxicidade

5 de Dezembro de 2006 - André Deak - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As medidas anunciadas hoje (5) pelo governo deverão fomentar o registro de defensivos agrícolas de baixa toxicidade. As mudanças foram preparadas em conjunto pelos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Saúde, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

As novas normas devem ser publicadas na quinta-feira (7) no Diário Oficial, de acordo com nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente. A proposta de decreto foi submetida em setembro à consulta pública por 30 dias. As contribuições foram analisadas e o texto consolidado seguiu para assinatura do presidente da república e publicação.

O secretário-executivo interino do Ministério do Meio Ambiente, Silvio Botelho, afirmou que as medidas são resultado de um processo transversal. "Esse é um princípio defendido amplamente pela ministra Marina Silva, e revela a capacidade do governo de integrar vários setores em suas políticas", explicou.

Segundo Botelho, a reestruturação do Ibama, ocorrida no início de 2006, terá papel fundamental no novo processo de registros. Dentro do órgão foi criada uma diretoria responsável pelo registro e controle de agrotóxicos. "Tínhamos, antes, apenas três funcionários de carreira nessa área e cerca de 20 técnicos consultores. Atualmente, temos 23 funcionários de carreira voltados para pensar e formular políticas sobre esses assuntos", salientou o secretário-executivo interino na nota.

Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, "o decreto torna os procedimentos mais transparentes e mais hierarquizados". Ele ressaltou que as medidas incorporam todas as regras internacionais elaboradas por organismos como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Decreto sobre agrotóxicos considerou saúde e meio ambiente, garante Ministério da Agricultura

8 de Dezembro de 2006 - Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O decreto que facilita o registro dos agrotóxicos usados na agricultura também foi assinado pelos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. Segundo o responsável pelo Departamento de Fiscalização dos Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Luis Eduardo Rangel, a presença desses ministério garante que as mudanças não representam nenhum perigo à sociedade.

"Exatamente por ter os três ministérios envolvidos é que nós podemos garantir as questões relacionadas à saúde e ao meio ambiente no processo de registro. O Ministério da Agricultura tem a intenção de oferecer à agricultura nacional mais opções de marcas de agrotóxicos para que o custo de produção se reduza.”

O preço dos defensivos agrícolas deve cair entre 15% e 20%. O decreto determina que os agrotóxicos mais tradicionais, conhecidos como genéricos, poderão ser fabricado sem que as empresas tenham de refazer os testes que já haviam sido feitos nos produtos originais. A patente dos defensivos tem validade de 20 anos e depois deste período as empresas podem fabricar produtos iguais, realizando menos testes.

Isso vai baratear o custo de produção, pois só os testes para garantir a segurança dos defensivos agrícolas chegam a custar R$ 2 milhões por cada produto. A partir de agora, esse custo cai para R$ 200 mil e o tempo de liberação de uma nova marca será reduzido de quatro anos para cinco meses.

Segundo o Ministério da Agricultura, atualmente o preço dos agrotóxicos como fungicidas, herbicidas e inseticidas, representa 15% do total gasto pelos agricultores nas lavouras. O decreto pode ser lido na íntegra na página do Ministério da Agricultura na internet.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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