Panorama
 
 
 

MEIO AMBIENTE PROMOVE SEMINÁRIOS, REUNIÕES E DEBATES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2006

Seminário encerra Ano Internacional dos Desertos

01/12/2006 - Gerusa Barbosa - Aprofundar e melhorar a articulação e coordenação dos programas voltados para o combate à desertificação no Brasil foi o principal tema discutido nesta sexta-feira (01) durante seminário promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, no auditório do Itamaraty, em Brasília. Participaram representantes do governo federal, da cooperação internacional do Itamaraty, do grupo parlamentar da Câmara dos Deputados e da sociedade civil, que apóiam a implementação do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN - Brasil). O evento marcou o encerramento das comemorações do Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, declarado pela Assembléia-Geral das Nações Unidas.

Os participantes puderam conhecer as ações dos atores envolvidos no processo de implementação do PAN - Brasil. Lançado em 2004, pelo governo federal, o Programa foi construído com ampla participação da sociedade e de vários setores dos estados brasileiros. Além de procurar minimizar os efeitos da desertificação no Brasil, o Programa age para reduzir a degradação social, econômica e ambiental, com foco no combate à pobreza e à fome em mais de 1.400 municípios de nove estados do Nordeste além de Minas Gerais e Espírito Santo, no Sudeste.

O Programa está na fase de implementação e, para isso, contará também com a colaboração e envolvimento de instituições tanto em nível nacional quanto internacional. Neste ano, a Coordenação Técnica de Combate à Desertificação da Secretaria de Recursos Hídricos do MMA desenvolveu ações para sensibilizar a população e o Poder Público para o problema da degradação de terra no semi-árido. "Os trabalhos se concentraram na promoção de mudança do processo produtivo e no manejo adequado do solo e da água, com aproveitamento do conhecimento e das potencialidades das áreas suscetíveis à desertificação", informou o secretário de Recursos Hídricos do MMA, João Bosco Senra.

Segundo o coordenador técnico de combate à desertificação do MMA, José Roberto de Lima, o Brasil vem trabalhando de forma intensa no processo de implementação do PAN - Brasil. "As experiências desenvolvidas no Brasil são vistas pela comunidade internacional como única", salientou.

Ministérios analisam plano para recuperar Rio Taquari

01/12/2006 - Gerusa Barbosa - O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) do Taquari e do Pantanal se reúne no dia 4 de dezembro na Casa Civil, em Brasília, para discutir as primeiras ações emergenciais para recuperação ambiental da bacia do rio do Taquari, localizada no estado do Mato Grosso do Sul. No encontro, o grupo apresentará o plano que deverá ser aplicado tanto no planalto quanto na planície do rio. Participarão do encontro representantes dos governos federal, dos estados de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, do Ministério Público e do Consórcio dos Municípios da região.

Coordenado pela Casa Civil, o GTI é composto por sete ministérios: Meio Ambiente; Desenvolvimento Agrário; Agricultura; Transportes; Planejamento; Agência Nacional de Águas (Ana) e Ibama.

Instalado em setembro deste ano, o objetivo do grupo é elaborar um plano de trabalho para recuperação do rio Taquari. Os trabalhos envolvem parcerias entre MMA/Programa Pantanal, Ibama, governo dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, proprietários rurais, entre outros setores.

Entre as propostas que serão discutidas na reunião, destacam-se a promoção da gestão rural para conservação do solo e da água, a recomposição de reserva legal e de Áreas de Preservação Permanente e a capacitação e apoio institucional para gerenciamento de recursos hídricos. Essas ações vão contemplar a parte alta do rio. A criação de unidades de conservação é uma das estratégias sugeridas pelo grupo para a planície do rio.

Segundo estudos, a origem dos problemas do Taquari está concentrada na parte alta do rio, de onde grande quantidade de sedimentos provenientes do uso inadequado do solo de pastagem é levada para a parte baixa da bacia, causando, por exemplo, o assoreamento do rio.

Com 787 quilômetros de extensão, o Rio Taquari é um dos principais afluentes do Pantanal. Ao longo de 30 anos, o rio vem sofrendo agressões que resultaram em desastre ecológico. Os maiores impactos decorrentes das atividades agrícolas são a degradação dos recursos naturais como solo, água, vegetação e a diminuição da fauna terrestre e aquática, por causa da destruição da vegetação original, pastagens mal manejadas e uso indiscriminado de agrotóxicos químicos e pesticidas.

Metodologia do Inventário Florestal Nacional será apresentada

01/12/2006 - Marluza Mattos - O Ministério do Meio Ambiente apresenta nesta semana a proposta de metodologia para a construção do Inventário Florestal Nacional. A apresentação ocorrerá durante um seminário com especialistas brasileiros e estrangeiros, em Brasília. Com o inventário, será possível identificar o potencial de produção sustentável de cada bioma brasileiro e aprofundar o conhecimento sobre as cadeias produtivas interligadas. A metodologia será validada e, posteriormente, avaliada pela Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Florestas (Conaflor). O seminário inicia nesta segunda-feira (4) e termina na quarta-feira. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participará da solenidade de abertura, às 10h.

Construída em 2005 sob a coordenação do ministério, a metodologia foi desenvolvida por uma comissão técnica composta por representantes de universidades e instituições de pesquisa, entre elas Embrapa e IBGE. Ela começou a ser concebida em workshop realizado em Curitiba, em outubro, com cerca de 90 estudiosos do Brasil e do exterior. As experiências de países que fazem inventários como esse há muitos anos, como Finlândia, Austrália, Estados Unidos e México, foram levadas em conta. "A metodologia estabelece que os dados sejam coletados regularmente em escala nacional. Eles serão úteis na elaboração de políticas públicas de uso e de conservação da floresta. Os diferentes setores da economia envolvidos com a área poderão planejar interveções melhores", explica o diretor do Programa Nacional de Florestas do ministério, Joberto de Freitas.

Objetivo é garantir informações estruturadas sobre a biodiversidade, sobre a biomassa de que dispõe o país, os produtos florestais e sobre como a sociedade interage com a floresta. Outra informação importante a ser produzida pelo inventário florestal será um retrato da situação das Áreas de Preservação Permanente. Isso facilitará a identificação das áreas a serem recuperadas, o planejamento de custos e de prioridades.

Equipes multidisciplinares serão responsáveis por levantamentos de campo, o que garantirá no inventário dados quanti-qualitativos. Imagens de satélite de alta resolução serão amplamente usadas. Tudo para, a cada cinco anos, acompanhar com precisão a evolução da paisagem florestal do país, periódicamente. As conseqüências práticas deste trabalho podem ser avaliadas pelo caso finlandês, que desde a década de 1920 realiza seu inventário. Nos anos 70, os finlandeses perceberam que estavam cortando mais árvores do que poderiam suportar. Com isso, o país modificou sua gestão florestal. "O inventário é uma revolução. Com ele, vamos conhecer profundamente nosso maior patrimônio", explica o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo. Segundo ele, o inventário será um instrumento crucial para a gestão de florestas públicas. "Estamos institucionalizando o monitoramento da floresta. Depois da Lei de Gestão de Florestas Públicas, do Prodes, do Deter e também do Detex, que está em teste e entrará em funcionamento no próximo ano, o inventário consolida o processo. Caberá ao Serviço Florestal coordená-lo e gerí-lo", explica Azevedo.

Langone participa de reunião de ministros na Bolívia

01/12/2006 - O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Claudio Langone, participa nesta semana da 1ª Reunião Interamericana de Ministros e Altas Autoridades de Desenvolvimento Sustentável, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. No encontro, deverá ser aprovado o Programa Internacional de Desenvolvimento Sustentável para o período 2006-2009, cujo conteúdo orientará as ações que a Organização dos Estados Americanos (OEA) apoiará na região. Eles também assinarão uma declaração, que está sendo chamada de Declaração de Santa Cruz + 10, e que aborda o tema do desenvolvimento sustentável.

A reunião, organizada pelo Conselho de Desenvolvimento Internacional de Desenvolvimento Integral da OEA, será realizada na segunda (4) e na terça-feira (5). As discussões se darão por meio de três painéis temáticos: Gestão Integrada dos Recursos Hídricos; Gestão dos Riscos dos Desastres Naturais; Agricultura, Silvicultura e Turismo Sustentáveis. O evento foi antecedido por várias reuniões técnicas preparatórias. O resultado das reuniões servirá de base para o diálogo entre os ministros.

O evento possibilitará o debate sobre a interação entre o comércio internacional e as mudanças nos ecossistemas globais, a partir dos diferentes acordos comerciais. Outro assunto a ser abordado será o modo como chegar a um modelo legal-institucional que maximize as oportunidades e se adapte aos desafios emergentes dos ecossistemas.

A delegação brasileira na Bolívia será composta por Langone, pela assessora de Assuntos Internacionais do ministério, Raquel Breda dos Santos, e por representantes do Itamaraty. O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, participarão da abertura da reunião.

Seminário sobre conhecimentos tradicionais termina com avanços

01/12/2006 - Terminou nesta sexta-feira (1/12) o Seminário Nacional de Consulta sobre Registros de Conhecimentos Tradicionais. Cerca de 30 lideranças de povos indígenas e de comunidades tradicionais discutiram formas de interligar as políticas de governo federal que tratam de suas questões. A intenção é promover uma convergência produtiva das políticas governamentais e dos anseios das populações. Seminários regionais ficaram acordados para 2007. Eles servirão para ampliar o debate entre a comunidade, as lideranças e o governo.

Os participantes solicitaram também uma audiência com a ministra Marina Silva ainda para este ano. Querem tratar de dois temas: do anteprojeto de lei de acesso e repartição de benefícios, que se encontra na Casa Civil (desejam que o projeto seja submetido a consultas públicas antes de ser enviado ao Congresso) e do direito, requeridos por eles, de voz e voto no Conselho de Gestão do Recursos Genéticos (CGEN) .

As lideranças pediram ainda ao secretário-executico do CGEN que inclua na pauta da próxima reunião, a ser realizada no dia 14 próximo, a realização de consulta pública sobre repartição coletiva de benefícios. Durante o evento, foi formada uma comissão de representantes de povos indígenas e de comunidades tradicionais para acompanhar o processo de ampliação da concessão dos registros dos conhecimentos tradicionais.

Plano brasileiro de Recursos Hídricos é modelo para debates na OEA

04/12/2006 - Aida Feitosa - O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, que participa em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, da 1ª Reunião Interamericana de Ministros e Altas Autoridades de Desenvolvimento Sustentável, apresentou hoje (4) aos representantes dos países-membros da Organização dos Países Americanos (OEA) presentes ao encontro o Plano Nacional de Recursos Hídricos do Brasil. O plano brasileiro no setor é um dos primeiros elaborados no mundo e, por esse motivo, servirá de base dos debates. "Ele foi construído de modo participativo e descentralizado pelo governo e a sociedade organizada. A água é decisiva ao desenvolvimento em várias frentes. É assim na indústria, na agricultura, na prestação de serviços associados à água, como o saneamento, dentre outros setores e serviços", afirmou Langone.

As lideranças presentes ao evento pretendem consolidar uma estratégia comum de gestão dos recursos hídricos (hoje em consulta entre os países da OEA), até porque muitas águas são transfronteiriças.

Dois outros temas (interligados) e de destaque, hoje, em solo boliviano: a prevenção de desastres naturais e o processo de mudanças climáticas. "O Brasil procura chamar a atenção para o fato de que os países em desenvolvimento, além de serem os mais vulneráveis às mudanças climáticas, são os que possuem menos recursos para operar sistemas de alerta, por exemplo, contra furações e outras emergências provocadas pelo aquecimento global", afirmou Langone.

Para corrigir essa distorção, o Brasil propôs no evento a transferência de recursos dos países desenvolvidos que contribuam para reduzir os danos e facilitar a adaptação das sociedades em desenvolvimento às mudanças climáticas.

Durante o encontro, os representantes devem aprovar o Programa Internacional de Desenvolvimento Sustentável para o período 2006-2009. Seu conteúdo orientará as ações OEA. Assinarão ainda uma declaração, a "Declaração de Santa Cruz + 10", que aborda o desenvolvimento sustentável.

Ministra abre seminário sobre Metodologia do Inventário Florestal Nacional

05/12/2006 - Marluza Mattos - Iniciou na manhã desta segunda-feira (4), em Brasília, o seminário sobre o projeto Inventário Florestal Nacional. O evento, que reúne especialistas de todo o país e do exterior, foi desenvolvido para validar a metodologia do projeto, elaborada por uma comissão técnica composta por representantes de universidades e instituições de pesquisa, entre elas Embrapa e IBGE. A metodologia ainda será apreciada pela Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Florestas (Conaflor) na quarta-feira (6), último dia do seminário.

Com a metodologia definida, o próximo passo será testá-la nos diferentes biomas, estabelecer os contratos de coleta de dados e controle de qualidade e desenvolver os sistemas de análise e processamento de dados. Tudo isso para implementar o Inventário Florestal Nacional, que permitirá identificar o potencial de produção sustentável de cada bioma e aprofundar o conhecimento sobre as cadeias produtivas interligadas. "Fico feliz em constatar que estamos aqui, há três anos e 11 meses de governo, realizando coisas como se estivéssemos nos primeiros dias de gestão, com o mesmo vigor", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na abertura do seminário. Segundo ela, o inventário é um exemplo do efeito positivo do que pode produzir a transversalidade no governo. "Não é fácil atuar de forma integrada. Afinal, cada um tem uma experiência, uma visão de mundo. O que nos une sãos princípios éticos. E foram eles que orientaram esse trabalho", argumentou, citando a participação das diferentes instituições envolvidas.

A metodologia do inventário começou a ser construída em 2005, sob a coordenação do ministério. O primeiro passo foi dado em um workshop realizado em Curitiba, em outubro daquele ano, com cerca de 90 estudiosos do Brasil e do exterior. Experiências da Finlândia, Austrália, Estados Unidos e México foram levadas em conta. Com ela, será possível coletar dados sobre as florestas brasileiras em escala nacional. Esses dados serão atualizados a cada cinco anos. O objetivo é garantir informações estruturadas sobre a biodiversidade, a biomassa de que dispõe o país, os produtos florestais e sobre como a sociedade interage com a floresta. "Essas informações deverão auxiliar em eventuais correções das atuais políticas públicas e, sobretudo, deverão orientar e facilitar o planejamento de novas políticas públicas", salientou a ministra.
Outro aspecto importante do inventário é a possibilidade de oferecer um retrato da situação das Áreas de Preservação Permanente. Isso facilitará a identificação das regiões que necessitam de recuperação, o planejamento de custos e de prioridades.

Equipes multidisciplinares desenvolverão levantamentos de campo, o que garantirá ao inventário dados quanti-qualitativos. Imagens de satélite de alta resolução serão amplamente usadas. Tudo para acompanhar com precisão a evolução da paisagem florestal do país, com periodicidade. As conseqüências práticas desse esforço em inventariar as florestas brasileiras podem ser avaliadas pelo caso finlandês que, desde a década de 1920, realiza seu inventário. Nos anos 70, os finlandeses perceberam que estavam cortando mais árvores do que poderiam suportar. Com isso, o país modificou sua gestão florestal.

O Inventário Florestal Nacional institucionaliza o monitoramento da floresta, que já é feito pelo Projeto de Estimativa de Desflorestamento da Amazônia (Prodes) e pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Além disso, o Sistema de Detecção da Exploração da Floresta em Tempo Real (Detex) está em fase de testes e deve ser implementado a partir de abril de 2007. O inventário também facilitará a execução da Lei de Gestão de Florestas Públicas, já que constitui um importante instrumento de planejamento. Caberá ao Serviço Florestal, coordenar e gerir o inventário.

Na solenidade de abertura, a ministra Marina Silva ainda elogiou a declaração do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, sobre a capacidade do Brasil de aumentar a produção de grãos sem derrubar árvores. "Fico muito feliz em ouvir isso. Não há nada mais atrasado do que derrubar florestas, perder biodiversidade para garimpar nutrientes", comentou a ministra. Marina Silva também chamou de "falso dilema" o debate sobre a relação entre meio ambiente e desenvolvimento. "Queremos crescimento, sem que isso signifique sacrifício ambiental. É possível, sim, criar uma economia virtuosa, em bases sustentáveis éticas e políticas".

Reunião discute implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica

05/12/2006 - Aida Feitosa - Durante a primeira reunião do bureau da Oitava Conferência da Partes (COP-8) que acontece nesta terça-feira (5), em Brasília, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva destacou a importância de avançar na velocidade de implementação da Convenção e na adoção do regime internacional de acesso e repartição de benefícios.

"Para isso, precisamos nos valer de todas as alternativas existentes como a cooperação norte-sul, a cooperação sul-sul, capacitação, apoio das agências de desenvolvimento, GEF e PNMA. Cada um desses recursos tem sido utilizado em maior ou menor escala, com graus variados de sucesso, mas o desafio de
reverter significamente a perda da biodiversidade do planeta pede mais, muito mais", ressaltou a ministra.

Marina Silva disse ainda que as negociações para a adoção de um regime internacional de acesso e repartição de benefícios devem ser intensificados inclusive na tentativa de superar a meta de adoção do regime em 2010. "Se pudermos avançar antes disso, melhor. Gostaria que fosse possível chegarmos à COP-9, na Alemanha, em estágio muito avançado na discussão dessa matéria. Mais do que chegamos em Curitiba."

O secretário-executivo da Covenção sobre Biodiversidade, Ahmed Djoghlaf, ressaltou ainda que o período de 2006 a 2008 - momento em que o Brasil preside a convenção - é crucial para barrar a perda de biodiversidade no mundo e cumprir a meta de 2010. "Oito meses depois da COP-8, em Curitiba, o bureau se reúne na capital do Brasil. É um simbolismo importante, pois é a primeira vez que a reunião acontece isoladamente, sem estar em paralelo a outra."

O bureau da COP-8 é a mesa consultiva do Secretariado da Convenção sobre Biodiversidade. Com membros rotativos, a mesa tem a função de promover atividades que visem o cumprimento da Convenção. Os países participantes desse biênio são: Colômbia, Chile, Canadá, Espanha, Nigéria, Camarões, Iêmen, Butão, Ucrânia, Croácia e Alemanha.

Seminário discute Áreas Protegidas e Inclusão Social

05/12/2006 - O Programa de Pós-Graduação em Psicossociologia em Comunidades e Ecologia Social da Universidade Federal do RJ realizará de 6 a 8 de dezembro o II Seminário sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social (Sapis). Evento servirá para debater a inclusão social como ponto de partida das estratégias de gestão de Unidades de Conservação desde a parceria e compartilhamento de responsabilidades até a distribuição eqüitativa dos benefícios resultantes da proteção da natureza. O II Sapis tem por objetivo potencializar o debate desses temas e promover o intercâmbio de experiências, pesquisas e projetos na área. Objetivo final é fomentar o desenvolvimento de metodologias inovadoras no setor e aferir as perspectivas das diferentes áreas do conhecimento e, em especial, das ciências sociais.

Mobilização da mídia

Nesta quarta-feira (6), em paralelo ao II Sapis, ocorrerá o I Encontro Mídia e Áreas Protegidas. O propósito é o de mobilizar jornalistas e estudantes de comunicação para a difusão da temática de Áreas Protegidas e para contribuírem com sugestões para a Estratégia de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades de Conservação, no âmbito do Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (PNAP), em processo de construção pelo Ministério do Meio Ambiente.
Mais informações sobre os eventos no endereço http://www.ivt-rj.net/sapis/

Mercosul debate Agenda 21 Local para cidades

08/12/2006 - O MMA realiza nos próximos dias 11 e 12 de dezembro, em Brasília, o Seminário Internacional Agenda 21 Local e Desenvolvimento Sustentável nas Cidades do Mercosul. O evento, que tem como parceiros a Rede Mercocidades, a Associação Nacional de Órgãos Municipais do Meio Ambiente e o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, será realizado no Salão vermelho do Hotel Nacional. Ele é resultado da Carta de Intenções, assinada em 2005, e tem por objetivo acompanhar a implementação da Agenda 21 Local nas cidades membros da Rede Mercocidades.

Mercocidades é uma rede de cooperação que promove a inserção de 150 cidades dos países que compõem o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia e Peru). A rede está estruturada em unidades temáticas, como a de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, criada para estimular ações, programas e projetos de desenvolvimento local sustentável.

Seminário analisa desenvolvimento sustentável para o Pantanal

08/12/2006 - O Ministério do Meio Ambiente promove desta segunda-feira (11) até o próximo dia 16 seminário para debater sobre planos de desenvolvimento sustentável para o Pantanal. A atividade faz parte da programação do curso de especialização em Avaliação Ambiental Estratégica da região do Pantanal, promovido pelo MMA em Campo Grande (MS). No encontro serão apresentadas temas como a dimensão dos danos causados na Bacia do Alto Paraguai pelas atividades econômicas do planalto; pressão dos resíduos urbanos no Pantanal; desenvolvimento de negócios sustentáveis no Pantanal e a questão do hidrovia Paraguai-Paraná.

O curso visa capacitar gestores públicos para subsidiar o planejamento dos projetos baseado na avaliação ambiental estratégica, observando informações ambientais, culturais, econômicas e sociais da região. O curso tem carga horária de 450 aulas, sendo 300 teóricas e 150 de oficinas.

O seminário será realizado na Escola de Governo de Mato Grosso do Sul -Antônio da Silva Vendas, nº 115, Bairro Vendas - Campo Grande (MS).

Agendas 21 locais discutem na Bahia formas de desenvolvimento sustentável
05/12/2006 - Aida Feitosa - Dentro da programação do EXPO Brasil Desenvolvimento Local que acontece em Salvador (BA), serão realizados o I Encontro de Agendas 21 locais da Bahia, o Encontro de socialização dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente e a reunião dos representantes estaduais de Agenda 21 locais da região Nordeste. O evento acontece nos próximos dias 6 e 7 e tem o objetivo de estimular novas articulações e parcerias para o desenvolvimento local sustentável no país.

O encontro de Agendas 21 locais permitirá o intercâmbio entre diferentes experiências locais como as dos municípios de Rio de Contas, Vitória da Conquista, Brumado, entre outros. A intenção é fortalecer as relações para construção da rede de Agendas 21 locais da Bahia e integrá-la com a nacional.

O princípio de integração está presente também na reunião dos jovens que terão oportunidade de socializar informações sobre a rede brasileira de Agendas 21 locais e participar de uma oficina sobre Agenda 21 e a juventude.

Lá estarão reunidos os representantes da Rede, de cada estado da região nordeste, para apresentação do relatório do último encontro, avaliação do processo de implantação e a formulação de um plano de trabalho de atuação.

Para o coordenador da Agenda 21 no Ministério do Meio Ambiente Sérgio Bueno trata-se de uma oportunidade importante. "A Expo Brasil é um grande espaço de articulação para o desenvolvimento local. Os processos de Agenda 21 trabalham com a mesma lógica e têm atuação destacada na estratégia de desenvolvimento sustentável do país", disse.
Na implementação de Agendas 21 locais, as comunidades, por possuírem elementos culturais importantes no relacionamento com o ambiente, são mobilizadas e capacitadas para definir prioridades e para discutir os aspectos técnicos que se colocam nos fóruns de Agenda 21.

Conabio aprecia metas para reduzir a perda de biodiversidade

08/12/2006 - Marluza Mattos - Inicia nesta segunda-feira (11) a 21ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), na sede do Ibama, em Brasília. Nesse encontro, que termina na terça-feira (12), o colegiado vai deliberar sobre as metas nacionais de redução de perda da biodiversidade para 2010, a partir de relatório que consolida propostas feitas por especialistas de todo o País, durante seminário em outubro.

No documento, 20 temas são divididos em quatro títulos: Pressão sobre a Biodiversidade no Brasil; Estado dos Componentes da Biodiversidade Brasileira; Resposta de Conservação da Biodiversidade Brasileira e Resposta de Uso Sustentável e Repartição de Benefícios. Para cada tema, o relatório apresenta dados sobre a situação atual, além de previsões otimistas e pessimistas para 2010. São abordadas questões referentes a incêndios e queimadas, espécies exóticas invasoras, mudanças climáticas, fauna e flora ameaçadas de extinção, recursos genéticos, sobre-explotação dos recursos pesqueiros (pescaria ameaçada), dentre outros.

A definição de metas nacionais é considerada um desafio importante. A Conabio deliberará sobre a primeira iniciativa de planejamento "de fôlego" do Brasil na área. Afinal, as deliberações colhidas nesta reunião deverão influenciar a elaboração do próximo Plano Plurianual (PPA), que conterá orientações para os orçamentos anuais da União de 2008 a 2011. As decisões da próxima semana da Conabio tornarão mais fácil para o governo identificar as ações prioritárias na conservação da diversidade biológica do país.

Com a definição das metas, o Brasil preenche uma lacuna presente no seu 3º Relatório Nacional, entregue à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Na elaboração do documento, de 2004 a 2005, optou-se por não incluir as metas nacionais até que estudos e levantamentos contratados pelo Probio, com diagnósticos das espécies exóticas invasoras e mapeamento dos remanescentes dos biomas (em fase de finalização), fossem concluídos. O processo levou em conta as decisões da própria CDB sobre a estrutura das metas e dos objetivos de um plano estratégico para a conservação.

As deliberações da Conabio farão com que o país avance no cumprimento da sua Agenda de Ações Prioritárias. Lançada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e pelo ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, essa agenda orientará o Brasil até o final do seu mandato como presidente da CDB - em 2008, quando será realizada a próxima Conferência das Partes da CDB, na Alemanha.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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