Panorama
 
 
 

DESENVOLVIMENTO E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2006

Ribeirinhos protestam contra construção de hidrelétricas no rio Madeira

15 de Dezembro de 2006 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Ribeirinhos e representantes de organizações não-governamentais realizaram na manhã desta sexta-feira (15) uma manifestação contra o possível licenciamento ambiental para a construção do complexo hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia. De acordo com a organização do evento, cerca de 200 pessoas participaram do ato.

As reivindicações, de acordo com o integrante do Fórum Independente Popular do Madeira Luís Novoa, são a anulação do estudo de impacto ambiental já pronto, com a realização de um novo documento, além da anulação das quatro audiências públicas já realizadas. Eles querem ainda que o projeto seja discutido novamente, mas agora com a participação das três esferas de governo. “Estamos ainda pedindo ao Incra que haja um recenseamento da população atingida. Os estudos já realizados não dão conta disso”, afirma Novoa.

O complexo do Rio Madeira, formado pelas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, já tem o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e está na fase de realização de audiências públicas. O passo seguinte é a concessão de licença prévia pelo Ibama. A previsão é que as usinas hidrelétricas tenham capacidade de gerar 6,4 mil megawatts de energia.

O pescador José Maria da Silva mora à margem do rio há 34 anos e participou da manifestação para dizer que não quer deixar a região onde serão construídas as hidrelétricas. “Sou morador daqui há 34 anos, só sei viver da pesca. Vivemos da agricultura e do peixe, não quero indenização. Não quero sair de lá”, afirma.

Em novembro o Ministério Público de Rondônia chegou a emitir liminar para suspender as audiências públicas nos distritos de Abunã, Mutum Paraná, Jaci-Paraná e Porto Velho. A liminar foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF-DF) sob a alegação de que as audiências não têm caráter deliberativo, são apenas expositivas e têm a função de mostrar os estudos já realizados na região.

Hidrelétrica de Estreito começa a ser instalada depois do período de chuva

15 de Dezembro de 2006 - Agência Brasil - Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu licença de instalação para a Hidrelétrica de Estreito, com capacidade para gerar 1.087 megawatts (MW). De acordo com o Ibama, o empreendimento só será superado, em termos de geração de energia, pelas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, no Rio Madeira, que juntas produzirão 6,5 mil MW, e pela de Belo Monte, no Rio Xingu, com 5,5 mil MW, que estão em processo de avaliação pelo instituto.

A Hidrelétrica de Estreito deverá ficar pronta em 2010. De acordo com o Consórcio Estreito Energia, as obras devem começar assim que terminar a época de chuvas. A usina será instalada no Rio Tocantins, entre os estados de Tocantins e Maranhão, e terá reservatório de 555 quilômetros quadrados.

O Ibama informou que a construção de Estreito vai atingir diretamente 11 municípios, dez em Tocantins e um no Maranhão, e provocará o deslocamento de cerca de 5 mil pessoas. A licença de instalação prevê condições como a exigência de concluir o remanejamento de todas as famílias beneficiadas pelos projetos de reassentamento no máximo seis meses antes do início do enchimento do reservatório.

Os beneficiários de carta de crédito para compra de novas propriedades situadas até 200 quilômetros da área de influência direta do empreendimento deverão contar com assistência técnica por dois anos. Na contratação de mão-de-obra, o Ibama orienta que seja dada prioridade a moradores de áreas vizinhas da hidrelétrica. O consórcio empreendedor deverá garantir o fluxo normal de passagem de barcos pelo Rio Tocantins nas proximidades da hidrelétrica e deverá discutir com prefeituras dos municípios atingidos o subsídio ao desenvolvimento local de novas atividades econômicas.

Reunião discute conflito entre Uruguai e Argentina por construção de fábricas de papel

15 de Dezembro de 2006 - Mylena Fiori - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O conflito entre Uruguai e Argentina devido à construção de duas fábricas de papel na margem uruguaia do Rio Uruguai, que divide os dois países, foi levado à 31ª Reunião do Conselho do Mercado Comum, realizada hoje (15) em Brasília. O Uruguai pleiteou o desbloqueio, por manifestantes argentinos, das pontes entre os dois países.

“Esperamos que isso acabe, porque prejudica profundamente a economia do Uruguai”, afirmou o chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano. “O governo argentino não tem que reprimir, mas tomar decisões para evitar que isso ocorra”, acrescentou.

O chanceler argentino, Jorge Taiana, garantiu que o governo está fazendo o possível para desbloquear as pontes. “Continuamos nossa política de buscar persuadir os manifestantes. O bloqueio não é o melhor caminho para chamar a atenção sobre a preocupação que eles têm”, disse.

As disputas envolvendo as fábricas da Empresa Nacional Celulosa España (Ence) e da finlandesa Botnia já duram cerca de um ano. O governo argentino afirma que o país vizinho violou acordos internacionais que regulam a exploração do rio. Também alega que as fábricas ameaçam o meio ambiente. O Uruguai se defende justificando que os projetos seguem os padrões internacionais e vão proporcionar empregos e investimentos na região. As duas fábricas, juntas, investirão US$ 1,7 bilhão no Uruguai.

Desde o começo do ano, por diversas vezes manifestantes argentinos contrários à construção das papeleiras bloquearam o trânsito entre a cidade argentina de Gualeguaychú e a uruguaia de Fray Bentos, principal ligação entre os dois países. O Uruguai alega que o bloqueio viola o artigo 1º do Tratado de Assunção (que criou o Mercosul), que estabelece a livre circulação entre os parceiros do bloco. Em junho deste ano, o país entrou com procedimento arbitral no âmbito do Mercosul, "devido à omissão do governo argentino na adoção de medidas apropriadas com relação aos impedimentos à livre circulação, decorrentes do bloqueio, em território argentino, das vias de acesso às pontes internacionais San Martín e Artigas". A decisão foi favorável ao Uruguai.

A Argentina, por sua vez, denunciou o Uruguai na Corte Internacional de Haia, órgão judiciário da Organização das Nações Unidas, por entender que seu vizinho violou um tratado bilateral que regulamenta a administração compartilhada do Rio Uruguai, mas o tribunal ainda não se manifestou sobre a construção das fábricas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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