Ministra
valoriza parceria social no Prêmio Chico
Mendes
14/12/2006 - Aida Feitosa
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
disse ontem que a redução de
52% da taxa de desmatamento na Amazônia
nos dois últimos anos é resultante
de medidas estruturantes implementadas na
região, que, segundo ela, vêm
dando exemplos de ações de proteção
e desenvolvimento sustentável. Marina
Silva fez a afirmação durante
a entrega da quinta edição anual
do Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente,
nesta quarta-feira (13), no auditório
do Departamento Nacional de Infra-estrutura
de Transportes (DNIT), em Brasília.
"Com este prêmio, reconhecemos
cidadãos e iniciativas que fazem diferença
na Amazônia. Mais do que nunca, as pessoas
estão de olho nos exemplos, comparando
o que se diz com aquilo que se faz",
disse a ministra.
Realizado desde 2002 pelo
Ministério do Meio Ambiente, o Prêmio
Chico Mendes valoriza e incentiva projetos
e ações que promovam a conservação
do meio ambiente e o desenvolvimento socialmente
justo e ambientalmente saudável da
Amazônia.
Entre as ações
estruturantes em curso, Marina Silva mencionou
os planos nacionais de combate ao desmatamento
e de recursos hídricos, além
da aprovação, recente, das Leis
de Florestas Públicas e da Mata Atlântica.
"O processo de licenciamento das áreas
da BR-136 foi um dos mais exemplares da nossa
visão e do nosso compromisso. Só
depois de criadas as unidades de conservação,
de demarcadas as áreas indígenas
e de ordenado o território é
que licenciamos 600 km da obra", explicou.
Vencedora na categoria Arte
e Cultura, a jornalista e professora Mara
Régia Di Perna, disse que "o prêmio
representa minha conexão definitiva
com todas as pessoas que lutam pela preservação
da floresta. Durante todos esses anos de trabalho
(como radialista) fiz uma floresta de amigos,
são pessoas-tronco", disse a radialista.
O cientista Philip Fearsinde, premiado na
categoria Ciência e Tecnologia, deu
lição de humildade. "Quem
está sendo premiado não sou
eu, mas o assunto do meu trabalho", frisou.
"Durante todos esses anos, o museu desenvolveu
capital científico que auxilia no desenvolvimento
regional, age na memória daquilo que
é conhecido como Amazônia. Atuamos
em conjunto com a comunidade em todos os níveis
sociais e etários, com destaque para
o trabalho com as crianças de escolas
públicas de Belém", disse
o vice-diretor do museu Emílio Goeldi,
de Belém (PA), premiado com menção
honrosa na categoria Ciência e Tecnologia.
Ministério entrega
Prêmio Chico Mendes
13/12/2006 - O Ministério
do Meio Ambiente entrega às 19h hoje
(13) o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente
(edição 2006). A cerimônia
será realizada em Brasília,
no auditório do Departamento Nacional
de Infra-estrutura de Transporte (DNIT), situado
à SAN, Quadra 3, Lote, A Edifício
Núcleo dos Transportes / Setor de Autarquias
Norte).
O Ministério premiará
vencedores em seis categorias: Liderança
Individual, Associação Comunitária,
Organização Não-Governamental,
Negócios Sustentáveis, Ciência
e Tecnologia e Arte e Cultura.
Os ganhadores receberão
diploma e R$ 20 mil cada, somando R$ 120 mil
em premiação. O MMA recebeu
um total de 87 inscritos, o maior número
desde sua criação, em 2002.
Puderam participar pessoas físicas
e jurídicas com ou sem fins lucrativos,
além de instituições
de pesquisa públicas e privadas.
Ministério entrega
Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente
13/12/2006 - A ministra
Marina Silva entregou nesta quarta-feira (13)
o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente
aos ganhadores da edição 2006.
A cerimônia, realizada a partir das
19h, no auditório do Departamento Nacional
de Infra-estrutura de Transporte, em Brasília,
teve premiados nas categorias: 1) Liderança
Individual; 2) Associação Comunitária;
3) Organização Não-Governamental;
4) Negócios Sustentáveis; 5)
Ciência e Tecnologia; 6) Arte e Cultura.
Cada vencedor recebeu, além de diploma,
um cheque no valor de R$ 20 mil. O ano de
2006 foi o que mais registrou inscrições
desde 2002, quando houve a primeira edição
do Prêmio - 87 trabalhos inscritos.
O prêmio foi lançado com o objetivo
de valorizar trabalhos realizados em benefício
da conservação da Amazônia.
Os premiados - Na Categoria
Liderança Individual, o primeiro lugar
ficou com o padre Paolino Baldassari, que
em Sena Madureira, no Acre, realiza trabalho
social, ambiental e de saúde de continuidade
ao ideal forjado por Chico Mendes. O segundo
lugar ficou com o sindicalista Nilfo Wandscheer,
do município de Lucas de Rio Verde,
no Mato Grosso. Ele foi escolhido por ter
criado a regional do Grupo de Trabalho Amazônico
naquele estado e executar o Projeto Proteger
do Programa Piloto para a Proteção
das Florestas Tropicais do Brasil. O terceiro
lugar ficou com Manoel da Silva Cunha, de
Manaus, onde consolidou sua liderança
comunitária junto às comunidades
extrativistas que vivem na área da
Reserva Extrativista do Médio Juruá.
Na categoria Associação
Comunitária, o primeiro lugar foi concedido
ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Município
de Lucas do Rio Verde, em MT. A entidade foi
premiada por associar à sua plataforma
de luta pela terra o compromisso pela conservação
ambiental e pela agricultura ecológica.
O segundo lugar foi dividido pela Associação
Comunitária da Reserva Extrativista
do Rio Iriri, de Altamira (PA), e com a Associação
dos Moradores do Rio Unini, Barcelos (AM).
A primeira foi responsável pela criação
da Reserva Extrativista do Iriri (Terra do
Meio), uma das principais conquistas da associação,
que combate a grilagem de terras e as práticas
ilegais de exploração dos recursos
naturais, na região conhecida como
Terra do Meio. Já a Reserva do Iriri
foi escolhida pelo seu trabalho em favor da
resolução de conflitos gerados
com a proibição ao uso dos recursos
naturais, do controle social sobre eles e
da busca de alternativas à resolução
da questão fundiária no Parque
Nacional do Jaú (AM). O terceiro lugar
ficou com a Associação de Desenvolvimento
Comunitário de Lages, de Monte Alegre
(PA), pelos experimentos agrícolas
alternativos e o beneficiamento do buriti
com base sustentável em comunidades
do entorno do Parque Estadual Monte Alegre,
dando a elas nova base de subsistência
com sustentabilidade.
Na categoria Organização
Não-Governamental, o primeiro lugar
foi concedido à Operação
Amazônia Nativa, de Cuiabá (MT).
A ong desenvolve projetos de defesa territorial,
sustentabilidade, atenção à
saúde, educação, e promove
formação e capacitação,
em diferentes áreas, por meio do contato
direto com aldeias indígenas. O segundo
lugar foi conquistado pela Associação
de Defesa Etnoambiental Kanindé, de
Porto Velho (RO), que desenvolve ações
de proteção ao ambiente e aos
direitos indígenas. O segundo lugar
ficou com o Instituto Internacional de Educação
do Brasil (IEB), de Brasília, pela
sua atuação na capacitação
de recursos humanos voltados à conservação
e ao uso sustentável dos recursos naturais.
O terceiro lugar foi entregue à Associação
Vaga-lume, de São Paulo (SP), pelo
desenvolvimento cultural e educacional de
comunidades rurais da Amazônia Legal.
Na categoria Negócios
Sustentáveis, o primeiro lugar foi
obtido pela Organização Indígena
da Bacia do Içana, de São Gabriel
da Cachoeira (AM), pela promoção
de geração de renda e da avaliação
do potencial florestal da região para
garantir o uso racional dos recursos naturais,
em benefício das comunidades indígenas.
O segundo lugar ficou com a indústria
de objetos de madeira Liba Produtos Florestais,
de Rio Branco (AC), que realiza manejo florestal
comunitário em parceria com associações
de seringueiros. O terceiro lugar ficou com
a Associação dos Extrativistas
e Artesãos do Capim Dourado do Jalapão,
de Novo Acordo (TO), pela confecção
sustentável do artesanato daquele capim,
base do negócio desenvolvido pela Associação.
Na categoria Ciência
e Tecnologia, o primeiro lugar foi entregue
ao cientista Philip Fearsinde, de Manaus.
Um dos primeiros cientistas no Brasil a alertar
para o impacto do desmatamento sobre o clima,
Fearside foi escolhido pelo extenso currículo
de atividades de pesquisa desenvolvidas na
Amazônia e pelo desenvolvimento do projeto
Serviços Ambientais Como Estratégia
Alternativa para o Desenvolvimento na Amazônia.
O segundo lugar ficou com Tânia de Paula
e Cristian Ullmann, de São Paulo (SP),
pelo Projeto Oficina Nômade, que identifica,
apóia, divulga e fortalece o mercado
de produtos comunitários amazônicos
que utilizam de forma sustentável os
recursos naturais. Já o terceiro lugar
ficou com Floriano Pastore Jr., de Brasília,
pela realização do projeto de
uso de tecnologia alternativa para produção
de borracha natural, que permite ao trabalhador
preparar o látex beneficiado, empregando
técnicas e materiais simples de custo
relativamente baixo. Já o terceiro
lugar ficou com o Museu Emílio Goeldi,
de Belém (PA), pela geração
e divulgação do conhecimento
científico na Amazônia, por meio
de estudos e da difusão da sociobiodiversidade.
Na categoria Arte e Cultura,
o primeiro lugar ficou com Mara Régia
Di Perna, de Brasília. Jornalista e
professora universitária, ela desenvolve,
desde 11000, programas de rádio voltados
à capacitação das populações
amazônicas em relação
a temas como cidadania, cultura popular, conhecimentos
tradicionais, sexualidade, meio ambiente e
outros. O segundo lugar ficou com Feliciano
Pimentel Lana, de São Gabriel da Cachoeira
(AM). Membro do povo indígena Desana,
seus trabalhos em arte gráfica, textos
e livros serviram de base para diversos pesquisadores
interessados nas questões culturais
e ambientais da região do Alto Rio
Negro. O terceiro lugar ficou com a Associação
dos Seringueiros do Seringal Cazumbá,
Sena Madureira (AC). A entidade foi classificada
pelo Projeto Barco de Leitura, da Resex Cazumbá-Iracema
(Acre), que busca democratizar o acesso à
cultura por meio de obras literárias
entre crianças e jovens da Resex.