Belo
Horizonte (19/12/06) - Minas Gerais acaba
de ganhar quatro novas áreas para reintroduzir
animais silvestres na natureza. Essa iniciativa
faz parte do Projeto ASAS (Área de
Soltura de Animais Silvestres), que tem como
objetivo identificar áreas com capacidade
para receber animais silvestres apreendidos.
Coordenado pelo Núcleo
de Fauna do Ibama/MG, o projeto foi criado
para favorecer a reintrodução
à natureza de animais capturados e
evitar o acumulo de bichos no CETAS (Centro
de Triagem de Animais Silvestres). Essa também
é uma maneira de devolver os animais
a locais adequados para sobrevivência
e promover o revigoramento da fauna local.
As novas áreas cadastradas
têm a “Mata Atlântica” como bioma
predominante e estão localizadas na
região do Vale do Aço e do município
de Nova Lima. A menor delas possui extensão
de duzentos hectares e a maior de 1.500 hectares.
De todas as áreas cadastradas pelo
Ibama em Minas, a maior tem cerca de três
mil hectares.
O superintendente do Ibama
em Minas Gerais, Roberto Messias Franco, destaca
a importância do projeto. “Melhorar
a gestão da fauna silvestre de Minas
Gerais sempre foi uma das prioridades de nossa
gestão. A construção
do novo Centro de Triagem e a certificação
de novas áreas de soltura elevou o
nível do atendimento dispensado aos
animais. E a demanda tem crescido. Apenas
em Belo Horizonte deveremos receber este ano
cerca de seis mil animais”.
Projeto
O Projeto ASAS foi implantado
em 1994, e registra um total de quarenta áreas
em todo estado. Em função dos
bons resultados obtidos através deste
trabalho, o Ibama pretende ampliar ainda mais
o Projeto.
Para ser cadastrada é
necessário que a área tenha
extensão representativa e que o proprietário
se comprometa a assegurar a proteção
do local. Também é preciso que
seja feita uma análise pelos técnicos
do Ibama para identificar espécies
existentes no local e o bioma específico
da área.
Além disso, a espécie
deve ocorrer naturalmente no lugar, é
necessário que o animal seja recém-capturado,
e ainda ter sido capturado próximo
ao local da Área. Se a soltura não
for feita adequadamente, existe um risco de
desequilíbrio do Meio Ambiente. Por
esse motivo, o CETAS do Ibama em Minas, procura
sempre fazer a reintrodução
dos animais, dentro das áreas cadastradas
no Órgão.
Para o técnico do
Núcleo de Fauna do Ibama/MG, Mauro
Guimarães as parcerias do Ibama como
empresas privadas são importantes,
e também favorecem o retorno dos animais
a natureza.
Ester Junia