Curso
superior de Agroecologia para indígenas
do MS começa em 2007
28/12/2006 - Aida Feitosa
- Depois de intensa articulação
institucional, começam no primeiro
trimestre de 2007 as aulas do curso universitário
de agroecologia para as comunidades indígenas
do Mato Grosso do Sul. Idealizado pelas próprias
comunidades, o projeto está sendo estruturado
pelos governos federal e estadual, em parceria
com a Universidade Católica Dom Bosco
(UCDB). No seu primeiro ano, o curso atenderá
40 indígenas das tribos Terena e Kadiwéu.
E para 2008, está prevista a participação
de povos guarani.
As aulas visam a formação
de profissionais indígenas para a gestão
socioambiental nas aldeias da Bacia do Alto
Paraguai no Mato Grosso do Sul, utilizando
conceitos da antropologia, agroecologia e
do etnodesenvolvimento, de acordo com os saberes
tradicionais. Para sua implementação,
o Ministério do Meio Ambiente firmou
parcerias com os Ministérios da Educação,
da Justiça, do Desenvolvimento Agrário
e do Desenvolvimento Social e Combate a Fome,
além do Instituto de Desenvolvimento
Agrário e Extensão Rural de
Mato Grosso do Sul (Idaterra), da Fundação
Nacional do Índio (Funai) e do Núcleo
de Estudos e Pesquisas em Populações
Indígenas da UCDB.
O curso terá duração
de três anos e meio. As aulas serão
ministradas em regime de alternância,
associando teoria e prática, a partir
das experiências cotidianas dos estudantes
em suas aldeias. A ministra Marina Silva destaca
a importância do projeto para as comunidades.
"Nossa expectativa é de que o
curso possa promover ações estruturantes
de reinclusão das comunidades indígenas
na sua própria cultura", disse.
Os recursos para a realização
do curso são de R$ 3 milhões.
Parte da verba será investida no custeio
pedagógico e na logística do
projeto, que prevê que os indígenas
passem 15 dias por mês na universidade
e outros 15 na aldeia acompanhados de professores.
Dessa forma, eles não deverão
se desarticular das comunidades e poderão
manter e resgatar conhecimentos tradicionais
de seus povos, valorizando sua cultura, suas
práticas econômicas e seus laços
sociais.
O estado do Mato Grosso
do Sul possui a segunda maior população
indígena do País, formada principalmente
pelos povos Kaiowá, Guarani, Terena,
Kadiwéu, Guató e Ofaiér.
A maior parte dessa população
vive confinada em terras superpovoadas, comprometendo
seus recursos naturais e a qualidade de vida.
As atividades econômicas implantadas
nos últimos anos vêm desarticulando
as formas tradicionais de produção,
além de não suprir as necessidades
básicas das aldeias e facilitar a perda
de seus territórios. A idéia
do curso é construir novas alternativas
de sustentabilidade e ser referencial para
uma política pública de formação
superior indígena.
MMA promove curso para Avaliação
Ambiental Estratégica no Pantanal
27/12/2006 - Aida Feitosa
- O Ministério do Meio ambiente tem
atuado no Pantanal em várias frentes.
Para 2007, está planejada a execução
do programa de formação de educadores
ambientais na região e a implementação
do Parque Nacional Serra da Bodoquena, que
contém áreas de Mata Atlântica.
Ainda estão previstas a realização
de uma nova Avaliação Ambiental
Estratégica do Pantanal com a presença
de representantes do Paraguai e da Bolívia,
a manutenção do convênio
para recuperação do Rio Taquari
e o apoio ao Plano Estadual de Recursos Hídricos
dos governos do Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul.
Representantes do governo paraguaio confirmaram
participação no curso que fará
a Avaliação Ambiental Estratégica
do Pantanal no próximo ano. A iniciativa
visa capacitar os servidores do Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, governo federal do Brasil,
Paraguai e Bolívia para avaliar as
ações de conservação
e uso sustentável da Bacia Hidrográfica
do Alto Paraguai. A bacia atravessa os três
países e é o principal vetor
hídrico do bioma pantaneiro. A previsão
é que o curso comece no próximo
mês de janeiro, tão logo seja
confirmada a presença boliviana.
O Ministério do Meio Ambiente mantém
sua intensa participação no
Grupo de Trabalho Interministerial do Rio
Taquari. Coordenado pela Casa Civil, o objetivo
do grupo é elaborar um plano de trabalho
para recuperação do rio Taquari.
Com 787 quilômetros de extensão,
o Taquari é um dos principais afluentes
do Pantanal. O MMA também atua na cidade
sul-matogrossense de São Grabiel do
Oeste, em um convênio para ampliação
do viveiro de mudas de espécies nativas
para recuperação de áreas
de preservação permanente e
reserva legal evitando assim erosão
do planalto onde estão as nascentes
dos rios pantaneiros.
Também será apoiada a construção
do Plano Estadual de Recursos Hídricos
dos governo do Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul. Com coordenação técnica
da Secretaria de Recursos Hídricos
(MMA), serão contratados consultores
para realizarem o trabalho de base para que
os governos estaduais executem uma política
de recursos hídricos sustentável
para o bioma. A primeira reunião foi
em dezembro de 2006 e as próximas estão
agendas para 2007.
O Bioma
O Pantanal, com mais de
170 mil km2, é a maior planície
inundável do mundo, localizada no centro
da América do Sul, na bacia hidrográfica
do Alto Paraguai. A parte brasileira do Pantanal
é localizada nos estados de Mato Grosso
(35%) e Mato Grosso do Sul (65%). O bioma
também funciona como ligação
ecológica entre o Cerrado e a Amazônia
no Brasil e o Chaco na Bolívia e no
Paraguai. A região é uma planície
aluvial influenciada por rios que drenam a
bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve
uma fauna e flora de rara beleza e abundância,
influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia,
Cerrado, Chaco e Mata Atlântica.
Serviço Florestal
Brasileiro lança concurso para elaborar
logomarca
28/12/2006 - Luiz da Motta
- O Serviço Florestal Brasileiro, órgão
autônomo vinculado ao Ministério
do Meio Ambiente, está recebendo propostas
para definir sua identidade visual e logomarca.
As três melhores idéias
serão premiadas da seguinte forma:
o primeiro lugar receberá um prêmio
de R$ 15 mil e o segundo e o terceiro vão
levar um certificado de menção
honrosa pela originalidade das idéias.
A inscrição no concurso deverá
ser feita diretamente enviando as peças
para a caixa postal Nº 08503, CEP: 70.312-970,
Brasília- DF, com a identificação
CONCURSO DA LOGOMARCA DO SERVIÇO FLORESTAL
BRASILEIRO. Os trabalhos serão aceitos
até o dia 12 de fevereiro de 2007,
valendo a data da postagem.
Um comissão julgadora
formada por especialistas e membros da área
florestal do Ministério do Meio Ambiente
ficará responsável pela seleção
das propostas.
O edital completo do concurso
(elaborado dentro das normas da Lei 8.666/93)
e o briefing para desenvolvimento das idéias,
assim como todas as informações
sobre o órgão, estão
disponíveis na página eletrônica
do Serviço Florestal Brasileiro.