09-01-2007 - São
Francisco, EUA - Imagens de lixões asiáticos
são projetadas na fachada do prédio
da MacWorld Expo 2007, em São Francisco,
desafiando empresa de Steve Jobs a revolucionar
pra valer os produtos eletrônicos da marca
Todos os anos é grande
a expectativa para saber qual a novidade da Apple
a ser divulgada na MacWorld Expo, badalada feira
mundial da marca que acontece anualmente em São
Francisco, nos EUA. Por seu péssimo desempenho
no Guia de Eletrônicos Verdes do Greenpeace
(ficou em último lugar entre 14 empresas
avaliadas), Steve Jobs bem que poderia ter anunciado,
na edição inaugurada nesta segunda-feira,
dia 8, a total eliminação de substâncias
tóxicas de seus produtos, além da
adoção de políticas sérias
de reciclagem.
Fizemos um exercício de
futurologia e a cena seria mais ou menos assim.
Sem dúvida, algo tão
ou mais revolucionário do que o lançamento
do iPod. O fundador da empresa, Steve Jobs, no entanto,
preferiu lançar mais um aparelho tecnológico
- um novo tipo de telefone celular.
A Apple vem sendo desafiada a
se tornar mais verde e ativistas do Greenpeace reforçaram
a questão na abertura da MacWorld deste ano,
projetando na fachada do prédio onde ocorria
o evento imagens de lixões asiáticos
onde muitos produtos eletrônicos são
despejados no final de suas vidas úteis.
Pela popularidade que atingiram mundo afora, não
seria difícil encontrar iPods e iMacs no
meio daquele entulho todo.
As fortes imagens de produtos
sendo derretidos e desmontados, soltando substâncias
tóxicas no meio ambiente, foram mostradas
na fachada da loja da Apple para os muitos entusiastas
da marca que chegavam à cidade californiana
para a feira anual. O Greenpeace está desafiando
a empresa a se tornar uma opção verde
no universo de consumo de eletrônicos e também
convidando os fãs da marca a contribuírem
com idéias e sugestões para tornar
a Apple ambientalmente responsável.
"A Apple é líder
em design e criatividade, e estamos encorajando
a empresa a expandir esse 'know-how' inovador para
transformar todos os seus produtos ambientalmente
responsáveis", afirmou Rick Hind, diretor
legislativo da campanha de Tóxicos do Greenpeace
dos Estados Unidos. "Nosso propósito
aqui é lembrá-los de que fabricar
produtos com substâncias tóxicas não
é uma boa opção."
O lixo eletrônico é
a fonte de lixo tóxico que mais cresce no
mundo hoje. Boa parte dele acaba nas mãos
de crianças em lixões na Índia
e em outros países em desenvolvimento. Muitas
empresas estão seguindo as recomendações
indicadas pelo Greenpeace em seu Guia de Eletrônicos
Verdes para eliminar a maior parte das substâncias
tóxicas de seus produtos e estão adotando
políticas de reciclagem para assumirem total
responsabilidade sobre o destino de produtos eletrônicos
velhos, onde quer que sejam vendidos no planeta.
Foto: Greenpeace