Finep
lança programa de R$ 80 milhões para
redução de efeito estufa
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
- 09/01/2007 - Até 2009, a Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep/MCT) vai aplicar cerca
de R$ 80 milhões em projetos que proporcionem
a redução do efeito estufa e, conseqüentemente,
do aquecimento global. A novidade é fruto
do Programa de Apoio a Projetos do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (Pró-MDL), lançado
em dezembro último.
Inserido no contexto das metas aprovadas pelo Protocolo
de Kyoto, o Pró-MDL possui duas modalidades
de financiamento: reembolsáveis e não-reembolsáveis.
Os reembolsáveis compreendem a linha de apoio
a projetos de pré-investimento e a de desenvolvimento
tecnológico de soluções.
Já os não-reembolsáveis,
que pressupõem a cooperação
entre empresas e Instituições Científicas
e Tecnológicas (ICT’s), têm uma linha
voltada para a criação de novas tecnologias
e outra focada na pesquisa de metodologias de linha
de base, cálculo de emissões e monitoramento.
Departamento de Comunicação da Finep
Pesquisa mostra Brasil vulnerável
às mudanças climáticas
Aquecimento Global - 09/01/2007
- Em fevereiro, o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe/MCT) entregará ao Ministério
do Meio Ambiente um importante estudo sobre os efeitos
do desmatamento e do aquecimento global no Brasil.
A pesquisa foi coordenada pelo Dr. José Antonio
Marengo Orsini, do Centro de Previsão do
Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe.
O trabalho começou há dois anos e
deve seguir até 2010 para mostrar como ficará
o clima no país nos próximos 100 anos.
“Na Amazônia poderá
haver uma elevação de temperatura
em até 8 graus e redução no
volume de chuva em 20% caso se confirme o cenário
mais pessimista”, adianta o pesquisador. Para evitar
esta catástrofe, é preciso interromper
o desmatamento desenfreado e controlar a poluição,
entre outras medidas. Mesmo assim, no cenário
mais otimista, a temperatura pode subir cerca de
5 graus até 2100 na Amazônia.
O estudo completo consiste de
6 relatórios, um sumário executivo
e um atlas de mudança climática anual
e sazonal para o Brasil considerando os cenários
IPCC-A2 (pessimista) e IPCC-B2 (otimista). A pesquisa
detalha as projeções para as regiões
da Amazônia, Bacia do Prata, Pantanal e Nordeste
e estará disponível na internet. Um
site com os relatórios e as saídas
dos modelos deve estar operacional no mês
de fevereiro.
O investimento é de R$
800 mil, custeados pelo Programa de Biodiversidade
do Ministério do Meio Ambiente e pelo governo
britânico, através do Global Opportunity
Fund. Os resultados deste estudo são essenciais
para o planejamento de ações futuras
tendo como base as mudanças climáticas.
Os dados foram obtidos a partir
de projeções dos modelos regionais
do CPTEC/Inpe combinadas com o modelo global do
Hadley Centre, da Inglaterra. É a primeira
vez que são utilizados modelos climáticos
regionais, que foram desenvolvidos no próprio
CPTEC/Inpe. Até então os impactos
das mudanças climáticas no Brasil
eram desenhados tendo como base as projeções
dos modelos globais. Por trabalharem com uma escala
menor, os modelos regionais são capazes de
fazer previsões mais apuradas, como a variação
no volume de águas das bacias hidrográficas
e na freqüência e intensidade das chuvas.
Assessoria de Imprensa do INPE
Mudanças climáticas
é tema de encontro no Rio
Aquecimento Global - 10/01/2007
- Será realizado nos dias 11 e 12 de março
deste ano, na cidade do Rio de Janeiro, o 1º
Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais
Globais . O evento é promovido pela Academia
Brasileira de Ciências (ABC), pelo Programa
Internacional da Geosfera-Biosfera (IGBP) e pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT)
e é aberto a acadêmicos e demais interessados
no tema.
Entre os integrantes do comitê
organizador do Simpósio encontram-se o pesquisador
Carlos A. Nobre, ex-coordenador geral do Centro
de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC/Inpe) e atual presidente do Comitê
Científico do International Geosphere-Biosphere
Programme (IGBP), e o chefe de Relações
Internacionais da ABC, Paulo de Góes Filho.
Este encontro precederá
as reuniões dos comitês científicos
do IGBP e do IHDP (International Human Dimensions
of Global Change Programme), que serão realizadas
entre os dias 13 e 18 de março, em Angra
dos Reis (RJ).
Os principais objetivos do Simpósio
são: apresentar e discutir um amplo espectro
de ciência de qualidade que se faz no Brasil
sobre mudanças ambientais globais; mostrar
o estado da arte da ciência das mudanças
globais para o setor acadêmico e para importantes
tomadores de decisão do País, dos
setores governamentais, empresariais, políticos
e científicos; promover um fórum de
discussão para a criação de
um Comitê Nacional Brasileiro de Mudanças
Ambientais Globais junto à Academia Brasileira
de Ciências.
Este evento é considerado
um fórum de discussão científica
de alta relevância, pela potencial contribuição
ao avanço do entendimento entre as complexas
interações do Sistema Terrestre, seus
impactos sobre a variabilidade e mudanças
climáticas, e como o Brasil se insere neste
contexto. Os tópicos e palestras versarão
sobre Ciclos Biogeoquímicos e Clima; Mudanças
Climáticas e Dimensões Humanas das
Mudanças Ambientais Globais.
(Com informações da Academia Brasileira
de Ciências)
Assessoria de Imprensa do MCT