Panorama
 
 
 
MMA ENTREGA CALDEIRAS PARA SUBSTITUIR GÁS QUE AGRIDE OZÔNIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

17/01/2007 - Rafael Imolene - O Ministério do Meio Ambiente entrega na próxima sexta-feira (19) a agricultores de Atibaia (SP), três caldeiras a vapor para tratamento de solo no valor de US$ 50 mil cada. Outras cinco aguardam apenas liberação de documentos e serão entregues nos próximos dias. Os equipamentos possibilitam eliminar o uso do gás brometo de metila, um agrotóxico que agride a camada de ozônio e provoca sérios danos à saúde humana, e que, por esses motivos, teve sua importação proibida no Brasil neste mês.

A entrega ocorre no dia em que se encerra o treinamento dos operadores das máquinas. O evento será realizado às 14h30 na sede da Proflor, localizada na rua Eurico Souza Pereira, 142, no Bairro Alvinópolis, em Atibaia. Pela manhã, às 10h30, haverá ainda a demonstração do uso da caldeira. Interessados em presenciar a demonstração podem se dirigir ao hotel Itapetinga (Rua Otávio Passos, 85) de onde partirá uma equipe do MMA para a Fazenda Itapetinga, próxima ao hotel.

Ainda na cerimônia de encerramento do curso será apresentado o coletor solar, artefato que substitui a utilização do agrotóxico em menor escala. O treinamento dos operadores faz parte do Programa Nacional de Eliminação do Brometo de Metila, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Durante cinco dias, os 27 inscritos aprenderam a utilizar os equipamentos doados pelo governo brasileiro com recursos do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal. As oito primeiras caldeiras serão entregues a associações de agricultores da região de Atibaia. Os equipamentos poderão ser usados desde já, cedidos pelas associações aos produtores locais de flores e plantas ornamentais que erradicaram o uso do agrotóxico.

Até maio, será entregue o lote completo de caldeiras, com 27 unidades, um investimento de US$ 1,35 milhão, ou quase R$ 3 milhões. O governo brasileiro prevê, ainda, entregar 600 coletores até o fim de 2007, em regiões produtoras de flores em São Paulo, incluindo Atibaia, Ibiúna e Holambra, bem como no estado de Pernambuco.

Tanto a caldeira quanto o coletor podem ser aplicados para o tratamento do solo e o controle de formigas sem causar danos ao meio ambiente ou à saúde das pessoas que o manuseiam. Já o brometo de metila agride a camada de ozônio e provoca efeitos nocivos à saúde, como edema pulmonar, perturbações nervosas, insuficiência circulatória e até câncer, entre outras doenças. A caldeira já é utilizada em outros países, inclusive na vizinha Argentina, onde agrônomos brasileiros vinculados ao plantio de flores tiveram a oportunidade de conhecê-la. Já o coletor solar foi desenvolvido pela Embrapa e possui tecnologia 100% nacional. "Sua fabricação é tão simples que vamos distribuir panfletos com instruções de como produzir seu próprio coletor solar", afirmou o diretor de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ruy de Góes.

Parecido com uma mesa, o coletor é feito de madeira. Apoiado em quatro pés, possui uma caixa de madeira no topo, recoberta por uma camada plástica. No interior da caixa estão instalados tubos metálicos, onde a terra deverá ser depositada. Após o aquecimento a temperaturas médias de 60ºC, a terra estará livre de organismos nocivos ao cultivo de plantas ornamentais e hortaliças, como o morango. A caldeira também adota o aquecimento da terra para tratar o solo, utilizando-se de vapor de água em grandes quantidades de terra.

A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unida) está iniciando um processo de licitação para produzir os coletores em escala. Atualmente, o custo estimado de cada coletor é de US$ 100 (R$ 220). O Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal dispõe de US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,4 milhões) para investir nas caldeiras e coletores.

Erradicação - O brometo de metila é um gás utilizado para tratamento de solo e fitossanitários. Em 1992, o gás foi incluído na lista das substâncias, organizada pelo Protocolo de Montreal, que destrói a camada de ozônio. Como signatário do protocolo, o Brasil assumiu o compromisso de eliminar a substância até 2015. Como o brometo é extremamente tóxico e prejudicial à saúde humana, o governo brasileiro decidiu antecipar os prazos estabelecidos pelo protocolo.

Já está operando caldeira que substitui gás agressor do ozônio

19/01/2007 - Rafael Imolene - A caldeira a vapor utilizada para substituir o brometo de metila, um gás tóxico que destrói a camada de ozônio e provoca doenças, já está operando em uma propriedade rural na cidade de Atibaia, a 65 km de São Paulo. O equipamento, juntamente com outras duas unidades, foi entregue pelo Ministério do Meio Ambiente a uma associação de agricultores da região nesta sexta-feira (19), no dia em que se encerrou o treinamento de 39 operadores dessas máquinas. Até maio, o MMA entregará mais 27 caldeiras, a produtores de flores e plantas ornamentais de Pernambuco e de São Paulo, segundo previsão do ministério.

Durante a cerimônia de assinatura do termo de comodato, que cede o uso dos equipamentos, o diretor de Qualidade Ambiental do MMA, Ruy de Góes, afirmou se tratar de um passo importante para a saúde humana em diferentes aspectos. "O brometo de metila não só provoca doenças em seres humanos, como o câncer e o edema pulmonar, mas também destrói a camada de ozônio. Assim, as pessoas ficam desprotegidas dos raios ultravioletas do sol e desenvolvem outro câncer, o de pele", disse. Góes lembrou ainda que o uso do gás a produtores de flores e hortaliças está proibido no Brasil desde o dia 1º de janeiro.

A caldeira e seu injetor de vapor foram orçados em US$ 50 mil no início do Programa Nacional de Eliminação do Brometo de Metila. Entretanto, como apenas o injetor é fabricado na Argentina e o resto da caldeira no Brasil, houve uma redução de custos, hoje calculados em US$ 35 mil.
Foto: MMA

     

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.