Teresina
(17/01/07) - Os vazanteiros (pequenos agricultores)
que ocupam as margens do rio Parnaíba,
na região da Santa Maria, Parque Brasil,
em Teresina, estiveram reunidos com técnicos
do Ibama/PI e representantes do Grupo João
Santos, proprietário da localidade,
para reivindicarem mais 600 metros de área
que deve servir para a cultura de subsistência
que vem sendo realizada em mais 1.500 metros
da mesma localidade.
De acordo com o superintendente
do Ibama no Piauí, Romildo Mafra, os
vazanteiros seguem um acordo firmado com o
Ibama, onde em cada área são
preservados 100 metros e os outros 100 metros
são divididos entre as plantações
e o proprietário do terreno. Durante
a reunião ficou acordado que a ocupação
da área será realizada de acordo
com parecer do Ministério Público.
“Nós vamos levar
essa proposta para a direção
da empresa e se eles acatarem vamos firmar
acordo seguindo as regras do Ministério
Público. Porém se o Ibama liberar
a área a empresa vai acatar”, disse
o gerente da Usina Itajubá Açúcar
e Álcool, Gustavo Caldas.
Atualmente, os vazanteiros
ocupam 47 hectares de terras abrigando 88
famílias. A cultura das vazantes existe
há 25 anos e também já
foi acordado que os vazanteiros não
precisam mais doar metade do que é
produzido para os proprietários das
terras. Existem sete associações
organizadas pela federação.”Nós
seguimos todas as normas impostas pelo Ministério
Público e nós cultivamos apenas
a subsistência como arroz, quiabo entre
outros”, disse a presidente da Federação
dos Vazanteiros do Piauí, Francisca
Guimarães.O próximo passo agora
será firmar o acordo com a presença
de representantes do Ministério Público.
Cíntia Lucas
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Curso de Educação
Ambiental e Queima Controlada é promovido
no Piauí
Teresina (16/01/07) – A
Superintendência do Ibama no Piauí
e a Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco (Chesf) realizaram na última
semana, no Parque Nacional de Sete Cidades,
um curso sobre Educação Ambiental
e Queima Controlada. O curso discutiu a elaboração
da “Carta de Sete Cidades” contendo propostas
e recomendações para evitar
a saída de linhas de transmissão,
provocada por queimadas na faixa de servidão,
através de programas e projetos de
Educação Ambiental junto aos
agricultores que se utilizam do fogo, por
meio de queimadas nas práticas agrícolas.
Com duração
de quarenta horas, o curso teve a participação
de 31 funcionários entre engenheiros,
técnicos e supervisores responsáveis
pelas linhas de transmissão da Chesf
dos Estados de Sergipe, Pernambuco, Piauí,
Ceará, Alagoas e Bahia. O objetivo
era proporcionar subsídios de Educação
Ambiental para a instrumentalização
dos participantes, facilitar a reflexão
e a aquisição de conhecimentos
sobre a questão ambiental, munindo
os participantes para a atuação
junto às comunidades que vivem no entorno
dos empreedimentos da Chesf, quanto as conseqüências
das queimadas e desmatamentos nos ecossistemas.
Presente no evento,
o superintendente do Ibama no Piauí
Romildo Mafra disse que este tipo de iniciativa
possibilita aos participantes conhecimentos
técnicos sobre o fogo em combustíveis
vegetais e práticas de queima controlada
na agricultura. O curso também contou
com a presença do gerente regional
da Chesf Aírton Freitas Feitosa.
Cíntia Lucas