Panorama
 
 
 

EMBRAPA VÊ OPORTUNIDADE EM MISTURA DE
ETANOL NO COMBUSTÍVEL DOS EUA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

26/01/2007 - Na última terça-feira (23), em seu discurso sobre o estado da União, o presidente norte-americano George W. Bush, anunciou a intenção de que os Estados Unidos aumentem, nos próximos 10 anos, a proporção de etanol utilizada na gasolina dos veículos para 20%. Com isso, a demanda de etanol nesse país pode chegar a 132 bilhões de litros até 2017. Uma oportunidade e tanto para países produtores, como é o caso do Brasil.

Atualmente, o Brasil produz de 16 a 17 bilhões de litros de etanol por ano. A estimativa é de chegar a algo em torno de 30 a 40 bilhões, se forem mantidas as atuais taxas de crescimento. Cerca de 80% disso, será consumido internamente, o que deixa uma margem pequena para negociação com outros países. Mesmo assim, o Chefe da Secretaria de Gestão e Estratégia da Embrapa, Evandro Mantovani, acha que há espaço para crescer mais do que está previsto, se for necessário.

Segundo Mantovani, “o Brasil é uma das poucas opções que tem disponibilidade de área para crescimento da produção de etanol”. Para ele, trata-se de um desenvolvimento harmônico. “Ao mesmo tempo, a tendência é ampliar e sair da região de São Paulo – onde está concentrada mais de 60% da produção de etanol –, proporcionando a oportunidade de promover o desenvolvimento no Brasil Central, no Nordeste e Meio Norte”, explica.

Ele alerta, entretanto, para outra questão: o equilíbrio da produção de alimentos e energia. “Pode ser muito atrativo uma demanda dessas e isso pode desencadear um processo de produção de energia e, ao mesmo tempo, ocasionar um problema de alta de determinados produtos que são importantes na competitividade brasileira na parte de alimentos”, argumenta.

Agroenergia

O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães, também vê uma oportunidade no anúncio feito pelo presidente George W. Bush. “É uma oportunidade mundial. Não é responsabilidade exclusiva do Brasil atender a uma escala desse tamanho. Nossa responsabilidade é definir a plataforma de expansão e atendimento ao mercado e, em médio e longo prazo, estabelecer compradores e parceiros numa dimensão harmônica para os nossos interesses”, explica.

No campo da pesquisa, o desafio é desenvolver tecnologias adaptáveis a diferentes regiões do Brasil em situações de competitividade e qualidade. “Qualquer demanda dessa natureza, tem que contar com o fator de eficiência em todas as fases do processo, desde as fases de planejamento e implantação de sistemas produtivos sustentáveis à eficiência dos processos de produção ou de transformação e à parte de logística para armazenamento, distribuição e utilização”, diz.

Segundo Durães, o Brasil tem atualmente um nível tecnológico alto e formas diferenciadas de produção e de eficiência na produção de etanol, incluindo outras possibilidades de utilização de co-produtos e outras matérias-primas. “Eu acho que essa que é a grande oportunidade do ponto de vista de ciência e tecnologia”, diz.

Para ele, é preciso agora formalizar um programa, baseado no Plano Nacional de Agroenergia, que possa inserir o Brasil no esforço cooperativo para montar sua plataforma de produção, oferta de produtos e co-produtos biocombustíveis. “Considerando atributos técnicos de zoneamento agroclimático, de potencial de sistemas produtivos, de capacidade instalada, de logística e de eixos de desenvolvimento, é possível estipular as possibilidades de crescimento. Dentro dessa lógica, um programa pode orientar políticas públicas e iniciativa privada nos cenários de expansão do complexo de agroenergia em todas as suas fases”, explica.
Vitor Moreno

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Novas pesquisas da Embrapa Pecuária Sudeste abordam meio ambiente e vermífugos naturais

26/01/2007 - Algumas novidades e inovações estão previstas na programação da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP) para 2007. Novos projetos de pesquisa serão iniciados, como sistemas silvipastoris, vermífugos naturais para controle de ovinos, redução da mortalidade embrionária em bovinos, além de trabalhos na área de sanidade, como mastite e a avaliação da ação de extratos vegetais sobre carrapatos em bovinos.

Uma das novidades é o sistema silvipastoril, com a utilização, no mesmo espaço, de gado e de espécies florestais nativas indicadas para a produção de madeira, visando o uso mais eficiente da terra, o aumento da renda do produtor e a criação de corredores ecológicos. Esse sistema tem tido grande repercussão diante das novas preocupações da produção pecuária no Brasil, com o bem-estar animal e com a proteção ambiental.

Outra pesquisa nova é a avaliação da eficiência de vermífugos naturais, à base de eucalipto, no controle de verminoses em ovinos, um dos segmentos da pecuária nacional com grande perspectiva de expansão. Os estudos têm como objetivo adaptar a formulação dos produtos à base de eucalipto, inicialmente dirigidos ao controle de parasitas.

Outro grande problema da pecuária brasileira é a mortalidade de embriões, que, em alguns casos, chega a 40% das prenhezes. A Embrapa Pecuária Sudeste unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento inicia este ano um projeto de pesquisa específico para analisar este fenômeno e reduzir esse índice.

Trabalhos em andamento crescem

Entre os projetos já em andamento e que serão ampliados, está o Projeto “Balde Cheio” (Viabilidade da produção leiteira em propriedades familiares), que visa promover o desenvolvimento sustentável da atividade leiteira, com obtenção de lucro para o produtor, contribuindo para a permanência do pequeno produtor de leite no meio rural, de forma a reduzir o êxodo rural ou até mesmo promover o retorno ao campo de familiares que buscaram os centros urbanos para a sobrevivência. Em 2007 serão investidos mais R$ 157 mil no projeto, que tem como novidade a ampliação das atividades para o Estado de Minas Gerais. Até o ano passado, o “Balde Cheio” atuou em mais de mil propriedades em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

Além disso, os mais de 60 projetos e ações, de pesquisa e de transferência de tecnologias, terão a continuidade prevista, nas áreas de biotecnologia, genética animal (raças e cruzamentos), genética vegetal (seleção e melhoramento de forrageiras), tecnologias e manejos com menores impactos ambientais, qualidade de carne, bem-estar animal (bom tratamento para bovinos e ovinos), sistemas silvipastoris, instrumentos e rastreabilidade, alimentação e nutrição animal, solos e adubação, produtividade e qualidade de carne e couro de ovelhas, irrigação e uso de água em pastagens, sementes de forrageiras, alfafa, aveia, manejo de animais, manejo de pastagens, entre outros.
Jorge Reti

Agroenergia: missão dos EUA visita DF para conhecer tecnologia brasileira

29/01/2007 - Nesta segunda-feira( 29) um grupo com dez professores e pesquisadores da Universidade da Flórida (EUA) visita a sede da Embrapa, em Brasília (DF). De acordo com o pesquisador Celso Moretti, da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), que acompanha os visitantes na capital, os norte-americanos estão interessados em conhecer a experiência brasileira nas áreas de agroenergia e extensão rural.

A visita, que vai se prolongar até o dia 2 de fevereiro, começa pela sede da Emater-DF. Na Embrapa, o grupo participa de seminários com o chefe da Assessoria de Relações Internacionais (ARI), Washington Silva, com o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães, com o gerente geral da Embrapa Transferência de Tecnologia, José Roberto Rodrigues Peres, com o chefe da Secretaria de Gestão e Estratégia (SGE), Evandro Mantovani, e com o chefe do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD), Carlos Lazarini, além do diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana.

Na quarta-feira, dia 31, os pesquisadores visitam a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF). O grupo também vai conhecer uma usina de produção de álcool de cana-de-açúcar em Goianésia (GO) e a atuação dos escritórios da Emater-DF em vários núcleos rurais do Distrito Federal.
Marcos Esteves

Biodiesel: Impactos ambientais da produção de oleaginosas são avaliados

30/01/2007 - Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), estão desenvolvendo um projeto sobre gestão ambiental territorial da produção de oleaginosas para obtenção de biocombustíveis. Dois municípios terão os impactos dessas atividades avaliadas com o Sistema de Avaliação Ponderada de Impacto Ambiental de Atividades do Novo Rural (APOIA-NovoRural), além da aplicação do sistema Eco.Cert-Rural.

“Trata-se de um sistema simplificado de planilhas eletrônicas que integram 24 indicadores de sustentabilidade agrupados nas dimensões Desempenho Ecológico e Desempenho Socioambiental”, fala Cláudio Buschinelli, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e um dos coordenadores do projeto. Ele explica que o sistema é de fácil e rápida aplicação e vem sendo usado na avaliação de impactos ambientais de atividades e tecnologias em estabelecimentos rurais. O sistema será aplicado junto aos atores sociais envolvidos com biocombustíveis visando uma avaliação ex-ante (anterior) à implantação dos cultivos de oleaginosas.

Entre os dias 1º e 2 de fevereiro, a equipe estará na Prefeitura Municipal de Catanduva, em São Paulo, e em 6 de fevereiro na Prefeitura Municipal de Cássia, no estado de Minas Gerais. Conforme Buschinelli, essas duas cidades foram escolhidas em função da existência de usinas de processamento para geração de biocombustível. Em Catanduva funciona a Usina Fertibom e em Cássia, a Soyminas. Outro motivo da escolha é que as cidades agregam produtores ligados ao cultivo de oleaginosas.

Quanto ao Sistema APOIA-NovoRural, ele consiste de um conjunto de planilhas eletrônicas que integram 62 indicadores de sustentabilidade das atividades produtivas agrupados nas dimensões Ecologia da Paisagem, Qualidade dos Compartimentos Ambientais (atmosfera, água e solo), Valores Socioculturais, Valores Econômicos e Gestão e Administração. O Sistema destina-se à gestão ambiental de atividades rurais, indicando os pontos críticos para correção do manejo, bem como os aspectos favoráveis para o fortalecimento da atividade.

Buschinelli esclarece que para os estabelecimentos que já estão produzindo oleaginosas será aplicado o APOIA na avaliação posterior (ex-post) ao processo produtivo, caso do município de Cássia, onde serão avaliados os produtores de girassol. O pesquisador explica que essas reuniões servirão para se discutir os resultados obtidos e as perspectivas para novas ações de pesquisa.
Cristina Tordin

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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