Panorama
 
 
 

FUNAI E MDS FIRMAM PARCERIA DE PROTEÇÃO SOCIAL A COMUNIDADES INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

25 de janeiro - O presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, assinou nesta quinta-feira (25/01) um acordo de cooperação técnica com o ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para o fortalecimento da rede de proteção às comunidades indígenas.

O acordo prevê a construção de 10 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) em terras indígenas localizadas na Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco,Paraná, Sergipe e Mato Grosso do Sul. O objetivo é prestar serviços de proteção social básica, promovendo a inclusão das famílias nas políticas públicas. Os centros funcionarão seguindo a organização sociocultural das populações indígenas locais.

“Essa é uma iniciativa do governo federal que pode ajudar nas situações de desagregação familiar provocada pelo processo de convivência com a sociedade não-indígena como o alcoolismo e a perda da integração com suas próprias culturas”, afirma Mércio.

O presidente da Funai também agradeceu pelo apoio prestado ao ministério do Desenvolvimento Social e afirmou que o momento é propício para a reflexão em torno da necessidade de parceiros comprometidos com a causa indígena. “É importante que o MDS se junte à equipe da Funai, absorva esse espírito indigenista e ajude a fortalecer esse compromisso junto a outros órgãos de igual importância como as prefeituras municipais”, conclui.

Segundo o ministro do MDS, Patrus Ananias, a criação dos Cras é a prova da consolidação de uma rede de proteção social e promoção da igualdade por meio da integração das políticas públicas. “A missão dos Cras é a de tornarem-se espaços de capacitação profissional, alfabetização, inclusão digital, em parceria com programas de economia solidária, políticas de geração de trabalho e renda e ações complementares do programa Bolsa família”, diz.

A implantação dos serviços nos Centros de Referência de Assistência Social será discutida em conjunto com as comunidades indígenas e os órgãos governamentais em questão. Para a construção das 10 unidades, o MDS disponibilizará o montante de R$ 1,5 milhão.

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Decisão judicial garante reintegração a favor dos índios Kaimbé

24 de janeiro - Após 18 anos do início da ação judicial, a Juíza Federal substituta da 6ª Vara/Bahia acolheu a proposta da Fundação Nacional do Índio (Funai) e ratificou a reintegração de posse da Terra Indígena Massacará aos índios Kaimbé e aprovou o ressarcimento dos danos sofridos pela comunidade indígena. O valor da indenização estipulado pela juíza é de R$ 153.871,23 por danos materiais causados aos integrantes do povo Kaimbé.

Desde 1987, quando os estudos antropológicos da Funai concluíam os procedimentos para a demarcação da terra, ocupantes do imóvel rural Fazenda Ilha, em Massacará, município de Euclides da Cunha (BA), alegaram ser proprietários da região e privaram os indígenas da posse de sua terra. De acordo com a ação movida pela Funai, os “réus” invadiram a área localizada no interior dos limites estabelecidos e definidos da área indígena e expulsaram os índios sob ameaças.

Agora, depois de as provas confirmarem que o imóvel se encontrava ilegalmente dentro da Terra Indígena Massacará, a decisão da juíza declara a nulidade das titulações dominiais particulares e devolve aos índios Kaimbé a posse de suas terras para usufruto da comunidade.

Indígenas do Amazonas recebem novos Pólos-base

23 de janeiro - Fonte: Funasa - Cerca de 3.500 indígenas do Amazonas serão beneficiados por dois novos pólos-bases inaugurados na última sexta-feira (19) pelo diretor executivo da Funasa, Danilo Forte. O coordenador regional, Francisco Aires também participou da entrega. Um dos pólos é o de Filadélfia, no município de Benjamin Constant, e o outro é o de São Luiz, o primeiro na região do Vale do Javari.

O Pólo-base de Filadélfia também funciona como um mini-hospital. Nele existem 11 salas de atendimento de saúde. A unidade está preparada para atender à demanda de três mil indígenas. Equipes formadas por Agentes Indígenas de Saúde (AIS), enfermeiros, dentistas, técnicos e auxiliares de enfermagem oferecem atendimento no pólo.

Mais de 20 comunidades indígenas podem contar com a assistência oferecida nas novas unidades. Durante a inauguração, Danilo Forte destacou a importância da entrega dos pólos às comunidades. “Hoje o Governo Federal prioriza o investimento na saúde dos povos indígenas em todo o país. As ações de saúde no Amazonas serão melhoradas pela estrutura oferecida nos dois novos pólos, e principalmente no de Filadélfia, o maior do estado”, afirmou Forte.

Durante a inauguração foram anunciadas as entregas de outros pólos em diversas áreas da região. O da aldeia Jaquirana está previsto para ser aberto em março. Já a aldeia Vida Nova, pode receber a unidade em abril; a aldeia Maronal, em junho; a aldeia São Sebastião, em agosto; a aldeia Aurélio, em outubro; e a aldeia Massapé, por sua vez, pode ganhar um pólo-base em dezembro deste ano.

A assistência à saúde indígena também será beneficiada pela mudança na compra e distribuição de medicamentos contra malária. A Funasa assume totalmente a aquisição dos remédios, atendendo às reivindicações das comunidades locais. A força tarefa SOS Javari, que já alcançou 10% da população indígena do Vale do Javari, continua com as ações para a melhoria da saúde dos indígenas. As 14 equipes composta por enfermeiros, auxiliares de enfermagem e AIS trabalham continuamente na área.

O programa Pró-chuva, uma parceria da Fundação com o governo estadual do Amazonas está previsto para ser iniciado no mês que vem. A Funasa assinou convênio com o governo e vai investir R$ 5 milhões no projeto. O programa prevê o beneficiamento de 1.836 casas com equipamentos para captação de água e aproveitamento da chuva no abastecimento das populações de áreas com escassez hídrica.

Bahia sedia 7ª edição do Projeto Rito de Passagem

24 de janeiro - Fonte: Ministério da Cultura - Os rituais que marcam a iniciação dos meninos índios na vida adulta vão ser apresentados na cidade de Salvador, entre os dias 26 e 28 de janeiro, às 20h, no Museu de Arte Moderna (MAM).

Esta é a sétima edição do Projeto Rito de Passagem, realizado pelo Instituto das Tradições Indígenas (Ideti), em vários capitais do país e no exterior, desde 2000.

Representantes dos Povos Indígenas Pataxó e Kiriri, da Bahia; Xavante, de Mato Grosso; e Karajá, de Tocantins, irão fazer uma representação das cerimônias que acontecem em suas aldeias, adaptadas ao espaço da cidade.

Apoio

O projeto tem o objetivo de valorizar e difundir a cultura indígena brasileira e conta com apoio do Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. O patrocínio é da Petrobrás. O secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, do MinC, Sérgio Mamberti, irá prestigiar o encerramento do evento, no dia 28.

O Idet já realizou apresentações das cerimônias rituais nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e Fortaleza, além de levar os grupos para participarem de festivais internacionais de tradições indígenas na Alemanha, Japão, França e Noruega.

Valorização da Cultura Indígena

A inspiração para o projeto, segundo a coordenadora Cultural do Ideti, Ângela Pappiani, surgiu das palavras de Wabuá Xavante, um antigo 'Tuxaua' (chefe da aldeia) do Povo Xavante. Ele dizia que ninguém respeita aquilo que não conhece e por isso é preciso mostrar quem são os povos indígenas; a força, a beleza, a riqueza da cultura, porque só desta forma serão compreendidos.

"Há um grande abismo entre os povos da cidade e os da aldeia, gerando uma série de preconceitos e isolamento. Por isso resolvemos tentar um novo tipo de aproximação, diferente daquele que foi feito inicialmente, com espelhinhos e miçangas", comentou Ângela. Para ela, este é o momento de quebrar os estereótipos que cercam as relações entre as comunidades indígenas e a sociedade brasileira. E a melhor forma é através da divulgação do conhecimento, da tecnologia e da religiosidade dos índios. "É uma tentativa de reaproximação", explicou a coordenadora, baseada no respeito às diferenças culturais.

Busca das Origens

O Projeto Rito de Passagem está auxiliando, também, no resgate da memória de povos já bastante aculturados, após longos anos de contato com a sociedade brasileira. É o caso dos índios Pataxó e Kiriri, da Bahia, que estão realizando pesquisas em livros e materiais iconográficos, para redescobrirem a cultura dos antepassados.

Apesar de ainda ser uma busca das origens, os ritos que estes dois povos vão apresentar têm grande significado, principalmente para os jovens que estão aprendendo a valorizar a própria cultura e voltam a se envolver com a comunidade.

Já os Xavante e Karajá vão apresentar os rituais autênticos de suas aldeias, pois conseguiram manter as expressões culturais totalmente preservadas.

Programação

As comunidades Pataxó e Kiriri - anfitriãs da sétima edição do Projeto Rito de Passagem - serão as primeiras a apresentarem as danças e cantos rituais (dia 26, às 20h). Os povos convidados - Xavante e Karajá - apresentam-se nos dias 27 e 28, respectivamente, no mesmo horário. A cerimônia será aberta ao público e a expectativa dos organizadores é de casa cheia, como nas apresentações anteriores, quando contaram com a presença de cerca de três mil pessoas.

Instituto das Tradições Indígenas

O Ideti é uma organização não governamental criada e dirigida por índios de várias etnias, com o objetivo de proteger, resgatar, divulgar e promover a cultura e o conhecimento dos povos indígenas do Brasil. Fundada em 15 de junho de 1999, com sede em São Paulo, atua em todo o território nacional. Em fevereiro de 2004, foi declarada Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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