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PROMOTORA DIZ QUE GOVERNO DEVE AGUARDAR DECISÃO DO STF PARA INICIAR OBRAS DO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF)– Brasil
Janeiro de 2007

26 de Janeiro de 2007 - Érica Santana - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governo deve ter cautela antes de iniciar as obras de integração da bacia do Rio São Francisco, adverte a coordenadora das Promotorias de Justiça do São Francisco, Luciana Khoury, do Ministério Público da Bahia. Segundo ela, o governo deve aguardar a decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade do licenciamento ambiental da obra.

Luciana Khoury lembra que no dia 18 de dezembro passado o ministro Sepúlveda Pertence, do STF, derrubou as três liminares que impediam a execução das obras e suspendiam o licenciamento e as licitações, por entender que não haveria danos ambientais. O posicionamento do ministro é contrário ao dos Ministérios Públicos dos estados que a Bacia do São Francisco abrange: junto com o Ministério Público Federal, eles entendem que o licenciamento ambiental deve ser feito de forma mais rigorosa.

"É um dos questionamentos que os Ministérios Públicos fazem hoje, de que os reais impactos dessas obras não estão mensurados. Nós cobramos que os licenciamentos sigam de fato os estudos adequados sobre os reais impactos que essa obra causará”, diz a promotora.

Os Ministérios Públicos entraram com uma liminar no STF contra a decisão do ministro Pertence. O recurso ainda será apreciado pelos 11 ministros. “Isso sugere que o governo tenha de fato prudência, cautela, e não realize as obras antes que haja uma decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”, reitera Luciana.

De acordo com a promotora, uma decisão tomada pelo Tribunal de Contas da União no ano passado determina que os ministérios da Defesa e da Integração não realizem gastos públicos enquanto não houver definição sobre a validade da licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Como está sub judice, é prudente que não se faça uma obra que no final pode ser tida como completamente irregular e ilegal”.

Hoje (26), o ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, disse que transferiu R$ 90 milhões ao Ministério da Defesa para que o Batalhão de Engenharia do Exército – que não precisa de licitação – possa começar imediatamente as obras.

Luciana Khoury aponta ainda uma inconstitucionalidade em relação à realização das obras: a Constituição determina que o Congresso Nacional, responsável pelas decisões sobre o aproveitamento de recursos naturais em terra indígenas, se manifeste sobre o assunto, o que ainda não ocorreu. "A ilha de captação fica a 80 metros da Ilha Truká, em Cabrobó, Pernambuco. O povo Truká não foi chamado a se manifestar sobre o assunto e nem o Congresso Nacional”, destaca.

A promotora diz ainda que não houve sinalização por parte do governo: "Nós estamos aguardando que a promessa do presidente da República, de dialogar conosco, seja cumprida. Por isso, acredito que essa obras não começarão em fevereiro”.

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Edital de supervisão de obras de transposição do São Francisco deve ser publicado

26 de Janeiro de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr/ABr - Brasilia - O ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, dá entrevista a emissoras de rádio sobre as medidas do PAC para a infra-estrutura hídrica do país.
Brasília - Na semana que vem, deve ser publicado o edital de supervisão das obras de integração do Rio São Francisco. A informação é do ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, que participou hoje (26) de entrevista a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás.

"Já lançamos o edital dos projetos executivos da obra de integração do São Francisco. Vamos lançar na próxima semana o edital para supervisão dos 14 lotes nos quais estão divididos a obra inteira. E no início de fevereiro, vamos lançar o edital das obras propriamente ditas", disse o ministro.

Segundo Brito, o edital das obras já foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União. "Já está analisado. Isso garante, inclusive, maior rapidez no processo".

As obras de integração da Bacia do Rio São Francisco devem começar em fevereiro. De acordo com o ministro, falta apenas que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conceda a licença de instalação para que as obras comecem.

"Já transferimos para o Ministério da Defesa R$ 90 milhões, recurso suficiente para que o Batalhão de Engenharia do Exército - que não precisa de licitação - possa começar imediatamente as obras", disse. Os trabalhos serão iniciados pelo Batalhão e depois serão realizadas licitações para a contratação de empresas.

Para a integração do São Francisco, estão previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) R$ 6,6 bilhões, do total de R$ 12,6 bilhões a serem investidos em obras de infra-estrutura hídrica até 2010.

Ibama pode conceder licença para obras do São Francisco na segunda quinzena de fevereiro

26 de Janeiro de 2007 - Érica Santana - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O diretor de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Valter Muchagata, disse que até a segunda quinzena de fevereiro o órgão deverá concluir o parecer referente à emissão da licença de instalação das obras de Integração do Rio São Francisco.

A análise, segundo ele, ainda não foi concluída porque o Ibama esperava que o Ministério da Integração Nacional entregasse um estudo relativo à qualidade da água dos rios e açudes envolvidos no projeto.

“O Ibama está analisando esse estudo para formar uma posição conclusiva em relação à solicitação da emissão da licença de instalação. Existe um parecer em análise pela área técnica – uma análise integrada que envolve meio físico, meio biótico, meio socioeconômico, para sinalizar ou não pela emissão da licença”, explicou Muchagata.

Nesta sexta-feira (26), o ministro da Integração Nacional, Pedro Brito, disse que as obras de integração da bacia do rio São Francisco devem começar em fevereiro. Ele destacou, no entanto, que elas só poderiam começar após a emissão da licença pelo Ibama.

Para que seja realizado um empreendimento como esse, é necessária a emissão de três licenças pelo Ibama: a licença prévia, que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento; a de instalação, que autoriza o início da obra, monitora os impactos e disciplina a implantação dos programas ambientais licitados para essa fase; e a de autorização, que aprova o funcionamento do empreendimento.

“Nosso trabalho de licenciamento consiste em assegurar que os impactos sejam corretamente identificados e que as medidas propostas para minimizá-los ou mitigá-los sejam claramente estabelecidas e cumpridas pelo empreendedor em todos os casos. E nesse não é diferente”, disse Valter Muchagata.

De acordo com o diretor, o prazo entre a concessão das licenças de instalação e de operação depende do empreendedor. Ele destaca que o período de maior complexidade ocorre durante a fase de licenciamento prévio: “Na de instalação, o grau de complexidade já é menor. E para a de operação, se o licenciamento tiver sido bem conduzido, as pendências a serem equacionadas também já são bem menores”.

Para o projeto de integração do São Francisco estão previstos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) R$ 6,6 bilhões, do total de R$ 12,6 bilhões a serem investidos em obras de infra-estrutura hídrica até 2010.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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