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QUALIDADE DA ÁGUA MELHORA NOS RIOS FUBÁ E MURIAÉ

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Janeiro de 2007

A qualidade da água apresentou melhorias em toda a extensão dos rios Fubá e Muriaé do município de Miraí, na Zona da Mata, até Itaperuna, no Rio de Janeiro. Desde o rompimento da barragem da mineração Rio Pomba Cataguases, técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) têm coletado, diariamente, amostras da água em seis pontos distintos.

Nesta segunda-feira (15), o índice de tubidez no rio Muriaé, próximo ao município de mesmo nome, era de 568 UNT (Unidade Nefelométrica de Turbidez). No dia anterior, era de 1.446. O índice de turbidez mede a quantidade de areia e argila, entre outros sedimentos misturados e não dissolvidos na água. Segundo a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) 357/2005, o índice máximo para corpos d´água enquadrados como 'Classe 2' é de 100 UNT.

Em Laje de Muriaé, no Rio, antes da lama provocada pelo rompimento da barreira chegar ao município, o índice de turbidez era de 833 UNT, com um pico de 1.790 no último sábado (13). Ontem, o índice era de 779 UNT. Em Itaperuna, o índice de turbidez baixou de 1.408, no domingo, para 604, ontem.

Segundo os dados coletados pelo Igam no rio Fubá a 10 km da barragem de rejeitos da Rio Pomba Mineração, ontem, o índice de turbidez detectado foi de 4.840. No dia do rompimento da barragem, o índice chegou a 89 mil UNT.

Oxigênio na água

Segundo o diretor geral do Igam, Paulo Teodoro de Carvalho, a presença de oxigênio dissolvido na água não apresentou alterações significativas pela presença da lama. "No ponto de coleta no rio Fubá, próximo à barragem da Rio Pomba Cataguases, o índice vem melhorando diariamente, subindo de 6,6 (12/01) para 7,7 (15/01)", afirmou. A Resolução Conama 357/2005 define como padrão para os corpos d´água enquadrados como 'Classe 2' o índice mínimo de cinco.

Em Itaperuna, o índice também apresentou melhorias. No dia 11 de janeiro, antes da chegada da mancha de lama, o índice era de 6,6. Ontem, a amostra coletada pelos técnicos do Igam apresentou um índice 7.

O monitoramento da qualidade da água continua sendo realizado diariamente pelos técnicos do Igam. Amostras de água foram enviadas para análise toxicológica para a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) para confirmação da ausência de produtos tóxicos. Os resultados ficarão prontos em 10 dias.

Multa de R$ 75 milhões será investida nos municípios do Rio e de Minas

O secretário de Meio Ambiente de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, disse, nesta sexta-feira (12/01), que o Governo de Minas trabalhará para que os R$ 75 milhões, multa aplicada pelo governo mineiro à mineradora Rio Pomba Cataguases, sejam investidos em ações ambientais nos municípios atingidos no Rio de Janeiro e em Minas.

Segundo o secretário, o governo prepara minucioso levantamento dos danos causados pelo rompimento de barragem. Laudos técnicos estão sendo preparados para verificar ainda quais as irregularidades cometidas por parte da empresa e se houve alguma falha dos órgãos ambientais fiscalizadores.

“O Governo de Minas não vai dar uma palavra sequer para minimizar a gravidade do problema. Em articulação com o Ministério Público Estadual, estamos pedindo uma avaliação independente para verificar as causas do acidente e, a partir dela, determinar responsabilidades colaterais que possam ter existido. Porque, pra nós, não resta nenhuma dúvida de que a responsabilidade objetiva por tudo o que aconteceu é da empresa, razão pela qual agimos com o rigor previsto na lei ao ponto de interditar permanentemente as suas atividades naquele local”, disse o secretário, em entrevista.

Legislação rigorosa

A multa de R$ 75 milhões, assim como as demais penalidades que serão adotadas, é fundamentada na Lei 15.972, que fixa penalidades mais rigorosas do que a legislação anterior, a Lei 7.772 de 1980. A nova lei foi regulamentada em junho do ano passado pelo governador Aécio Neves. A lei mineira é única no Brasil porque incorporou todo o capítulo de penalidade administrativa da lei federal de crimes ambientais à legislação estadual.

“Estamos aplicando uma série de penalidades cumulativas à empresa em razão da nova lei ambiental do Estado que decorreu de um grande esforço do governador Aécio Neves. Em razão dessa nova lei estamos agindo com o rigor proporcional à magnitude do caso que aconteceu aqui. Além disso, a empresa está obrigada, por conta da penalidade que foi aplicada, a reparar os danos ambientais e materiais causados, inclusive fazer a indenização a terceiros pelos prejuízos obtidos aqui”, disse o secretário.

Cooperação

José Carlos disse ainda que as equipes técnicas dos governos de Minas e do Rio de Janeiro trabalham em conjunto para avaliar os danos e prejuízos causados nos dois estados pelo rompimento da barragem.

“Nossa equipe está lá trabalhando em estreita cooperação com as autoridades ambientais do Rio de Janeiro para avaliar a extensão e intensidade dos danos ambientais para que agora seja possível estabelecer um plano de recuperação aos estragos que foram causados. Inclusive, com a definição de um cronograma físico e financeiro definindo medidas dos custos e dos prazos para que possamos iniciar, tão logo seja possível, a reparação ambiental dos danos causados a Minas e ao Rio de Janeiro”, afirmou o secretário.

Copasa garantirá abastecimento de água potável às cidades de RJ

O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) confirmou, nesta sexta-feira (12/01), que não existe componente químico tóxico nos rejeitos da barragem rompida da mineradora Rio Pomba Cataguases, após análise da água dos rios Muriaé e Fubá, no território de Minas Gerais.

Apesar disto, como o abastecimento de água nas cidades do Rio de Janeiro fica comprometida devido a turbidez do rio Muriaé, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) assegurou que o Governo de Minas fornecerá toda a água potável necessária para os municípios fluminenses atingidos. Segundo o presidente do Igam, Paulo Teodoro de Carvalho, após o acidente do ano passado, na mesma barragem, foram realizadas diversas análises da água em três estações de monitoramento do lado mineiro do rio Muriaé e em nenhuma delas houve detecção de metais pesados. Uma das estações está localizada na junção do Rio Fubá com o Samambaia, quando formam o Muriaé, a segunda após o município de Muriaé e a terceira, em Patrocínio de Muriaé, na divisa dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

“Não existe resíduos tóxicos na lama que escorre da barragem. O que resulta de deputação da bauxita é uma lama formada por argila e água. Nós monitoramos durante três meses após o acidente de março do ano passado e, até junho, fizemos análise da possibilidade de ocorrência de contaminantes tóxicos e não encontramos a presença de resíduos. Podemos afirmar que todas essas análises e o monitoramento que ainda a empresa é obrigada a fazer e nos submeter, não há presença de material tóxico procedente da mineração. Se houver qualquer resíduo tóxico acima dos índices legalmente estabelecidos a partir de cidades fluminenses não teve origem no território mineiro”, afirmou Paulo Teodoro.

Monitoramentos da qualidade da água continuam sendo realizados. Ainda nesta sexta-feira, técnicos do Igam e da Fundação Centro Tecnológica de Minas Gerais (Cetec) coletaram, amostras de água para nova análise toxilógica nos rios Fubá e Muriaé. O resultado será concluído dentro de 15 dias. A água foi coletada em pontos estratégicos da bacia hidrográfica nos municípios de Mirai, Muriaé e Patrocínio de Muriaé.

Qualidade da água

O Igam divulgou nesta quinta-feira, o resultado das analises da água realizadas ontem em três pontos do rio Muriae: um logo após o recebimento do rio Fubá, e nos municípios de Lajes de Muriaé e Itaperuna no Estado do Rio Janeiro.

Os resultados indicam alto índice de turbidez na água, ou seja, grande quantidade de areia e argila, entre outros sedimentos, misturados e não dissolvidos na água. No trecho logo após a foz do rio Fubá, o índice de turbidez indicava ontem 71.000 UNT (unidade que mede partículas sólidas na água). Em Lajes de Muriaé (Rio de Janeiro), antes da chegada da mancha de lama, o índice de turbidez era de 833 UNT e em Itaperuna, 800 UNT. O padrão estabelecido pela Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - Conama 357/05 não deve ultrapassar 100 UNT em rios do porte do Rio Muriaé.

“Foi um índice muito difícil de ser medido, pois a amostra teve que ser diluída 1.000 vezes para se chegar a esse índice. Na região do Rio de Janeiro, que era a nossa preocupação, nós começamos a medir, antes da chegada da mancha. Ontem, em Itaperuna, nós obtivemos 800 unidades para o máximo permitido de 100. E hoje, para surpresa nossa, na primeira medição que nós fizemos hoje, ela passou para 600. É sinal que a diluição que está havendo, pelas intensas chuvas que estão caindo, estão nos favorecendo em relação à qualidade da água”, explicou Paulo Teodoro.

Abastecimento garantido

Segundo Teodoro, a estação de Lajes do Muriaé, por exemplo, que é o primeiro município afetado no Estado do Rio, tem capacidade de tratar até 1.100 UNT. Apesar de o levantamento estar abaixo de 1.100 UNT, o Igam recomendou a suspensão da captação de água do município. Nesta sexta-feira, o presidente da Copasa, Márcio Nunes, em reunião com o presidente da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), Wagner Victer, assegurou que o Governo de Minas fornecerá toda a água necessária para os municípios até a regularização da capacitação no rio Muriaé, atingido pelo rompimento de barragem.

O abastecimento, nesse momento, está sendo feito por carro-pipa. A Copasa disponibilizou 38 caminhões para o município de Lajes do Muriáe e mais 140 mil copinhos de água mineral. A água para consumo humano está sendo captada em Eugenópolis e Patrocínio de Muriaé, cidades operadas pela Copasa.

Rio Pomba Mineração é interditada

A mineradora Rio Pomba foi interditada em razão da reincidência no rompimento de uma barragem de resíduos no município de Miraí, na Zona da Mata mineira. Os órgãos ambientais de Minas Gerais e do Rio de Janeiro também formarão grupo de trabalho conjunto para avaliar o impacto do acidente.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, já está em Miraí e coordenará o grupo. Técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) também informaram que a lama que rompeu da barragem não apresenta toxidade. Ela é formada por água com grande quantidade de argila.
A Coordenadoria de Defesa Social de Minas Gerais (Cedec-MG) já enviou equipes para a região atingida pelo rompimento da barragem para avaliar os estragos e prestar atendimento imediato à população.

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) disponibilizou quatro caminhões pipa para fornecimento de água para a população de Laje do Muriaé, cidade do interior do Rio de Janeiro. A empresa também já enviou ao local do acidente técnicos de laboratório, inclusive de análise de água e da área de engenharia. O fornecimento de água em Laje do Muriaé permanece normal até o momento.

Não há cidades atingidas na área da Copasa e em Miraí o fornecimento continua normal porque o manancial da empresa não foi atingido no rompimento da barragem.

O presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Ilmar Bastos, e o chefe do Gabinete Militar do Governador de Minas, coronel James Ferreira, também já estão na região atingida.

Lama da barragem de Miraí não contém material tóxico

Técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) foram acionados nesta quarta-feira (10) para atendimento ao acidente ocorrido em uma barragem de rejeitos, pertencente à Rio Pomba Mineração, no município de Miraí, na Zona da Mata. Dois helicópteros já seguiram para o local do acidente. O secretario de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Ilmar Bastos e o Chefe do Gabinete Militar do Governador de Minas, Coronel James Ferreira, também já deslocaram para a região. A Copasa já está em contato com a Cedae, sua similar do Estado do Rio de Janeiro, para providências conjuntas.

Parte do maciço da barragem de rejeitos rompeu provocando o vazamento de lama para o córrego Bom Jardim, que deságua no ribeirão Fubá. Em uma avaliação preliminar, a quantidade de lama que vazou foi de 2 milhões de metros cúbicos. A lama é formada por água com grande quantidade de argila, considerada como rejeito do lavador de bauxita. A lama não contém material tóxico.

Foram acionados pelo Sisema a Copasa, Defesa Civil, Ministério Público e técnicos da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) do Rio de Janeiro.

"Os nossos esforços são no sentido de controlar o vazamento e adoção de providências cabíveis na área criminal para responsabilizar os
empreendedores, além das medidas de reparação do dano ambiental causado e indenização de terceiros", afirma secretario de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos de Carvalho.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (www.semad.mg.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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