05/02/2007
- Gerusa Barbosa - O ordenamento territorial
e a gestão dos recursos naturais das
áreas protegidas da fronteira Brasil-Colômbia
serão assuntos de reunião do
grupo de trabalho sobre meio ambiente que
começa nesta terça-feira (6)
em Tabatinga, no Amazonas. No encontro, que
segue até o dia 8, representantes dos
governos brasileiro e colombiano vão
estudar planos de ação para
apoio a projetos em unidades de conservação,
ecoturismo, ordenamento pesqueiro, zoneamento
ecológico-econômico, resíduos
sólidos, recursos hídricos e
outras áreas. A iniciativa tem por
objetivo avançar em propostas concretas
para que os dois países, por meio de
acordos bilaterais, possam proteger os recursos
naturais da fronteira.
Um projeto para recuperação
e atualização do zoneamento
ecológico-econômico de fronteira
será apresentado no encontro pelo Programa
ZEE, do Ministério do Meio Ambiente.
Os projetos de ZEE nas faixas de fronteira
do Brasil com os países da Pan-Amazônia
foram feitos há mais de dez anos sob
a coordenação técnica
do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM). "A idéia é firmar
um acordo de cooperação para
atualizar e recuperar os projetos de ordenamento
territorial da fronteira e desenvolver ações
conjuntas para melhoria da qualidade de vida
das populações e da sustentabilidade
do ecossistema dos dois países",
disse Marcos Estevam Del Prette, coordenador
do Programa ZEE do MMA.
A fronteira colombo-brasileira
possui uma extensão de 1.644,2 km,
dividida entre rios, canais e estradas convencionais.
Por sua riqueza, a região é
freqüentada por comerciantes e grupos
especializados em tráfico de recursos
naturais, que, devido à prática
clandestina em áreas de conservação,
vêm causando prejuízo ao ecossistema
fronteiriço.
Angola busca no
Brasil lições sobre educação
ambiental
09/02/2007 - O Brasil recebe
pelo período de oito dias, de 24/02
a 12/03, a visita de gestores do governo de
Angola e membro da ong angolana Juventude
Ecológica. A viagem faz parte de um
acordo de cooperação entre os
dois países, destinada a familiarizar
os angolanos com as políticas públicas
desenvolvidas no Brasil na área da
Educação Ambiental. Por meio
dele, o governo brasileiro contribui com aquele
país na construção de
seu próprio programa de educação
ambiental.
Os visitantes participarão
de oficinas de trabalho em Brasília,
em Cuiabá e Cáceres, na região
do Pantanal Mato-Grossense, e em Salvador,
na Bahia. Além dessa participação,
farão visitas técnicas a projetos
educativos ambientais e realizarão
trabalhos práticos de campo. A delegação
angolana é composta por membros dos
Ministérios do Meio Ambiente e Urbanismo;
da Educação e da Saúde.
Firmado em 1980 e promulgado
em 11000, o acordo de cooperação
Brasil-Angola, prevê em termos gerais
cooperação econômica,
científica e técnica. Em 2006,
foi assinado um ajuste complementar ao texto
do acordo para implantação do
Projeto Fortalecimento da Educação
Ambiental em Angola. O projeto é gerido
pelo Ministério das Relações
Exteriores e sua Agência de Cooperação
(ABC); já o Ministério do Meio
Ambiente brasileiro e o de Angola são
os órgãos executores. No âmbito
do MMA, a responsabilidade direta é
da Diretoria de Educação Ambiental.
O projeto vem sendo desenvolvido
em fases. Na primeira, técnicos do
governo de Angola vieram ao Brasil para reuniões.
Na segunda, foi a vez de gestores brasileiros
visitarem Angola para novos acertos rumo à
construção do Projeto de Fortalecimento
da Educação Ambiental e da definição
da metodologia a ser empregada na formação
de técnicos no tema.