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BRASIL INVESTIRÁ R$ 1 BILHÃO EM BIOTECNOLOGIA ESTE ANO

Panorama Ambiental
Brasília (DF)– Brasil
Fevereiro de 2007

08/02/2007 - O governo brasileiro prevê investir este ano cerca de R$ 1 bilhão para implementar a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (PDB) lançada hoje (08/02) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante solenidade no Palácio do Planalto. São recursos públicos já alocados nos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Saúde; Ciência e Tecnologia; e Meio Ambiente, além de programas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A previsão é de que em 10 anos os investimentos no setor cheguem a R$ 10 bilhões. “O Brasil finalmente está consolidando sua política de biotecnologia e a meta do governo é acionar nosso potencial para que em 10 ou 15 anos o País seja um dos cinco líderes mundiais do setor”, disse o presidente Lula, citando o biocombustível como exemplo bem sucedido do uso biotecnologia para alavancar a economia.

O presidente da Recepta Biopharma, José Fernando Perez, presente na solenidade, disse que a competência de recursos humanos instalada no Brasil é uma vantagem competitiva. “Mas essas competências têm que ser garimpadas, porque elas surgem mais facilmente quando há demanda empresarial. O lançamento dessa política de biotecnologia é o primeiro passo para darmos um salto à altura do potencial brasileiro”.

A intenção do governo é atrair investimentos privados para o setor da biotecnologia. Neste sentido, o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, adiantou, durante entrevista coletiva após o lançamento da PDB, que a sua Consultoria Jurídica estuda soluções que possibilitem a criação de uma empresa de propósito específico para desenvolver tecnologia na área de agronergia (etanol e biodiesel). “Precisamos encontrar um formato que permita à uma empresa reinvestir lucros obtidos com a atividade. Atualmente, a legislação não permite à Embrapa reaproveitar os lucros obtidos com seus produtos”, explicou.

Na avaliação de Guedes, pesquisa e agricultura são sinônimos de biotecnologia. “Como resultado das inovações tecnológicas, o Brasil ampliou a oferta de alimento, se tornou líder mundial em exportação de carne bovina e em 30 anos dobrou a produção de etanol por hectare”, afirmou. O ministro destacou que em 16 anos a safra agrícola cresceu 125% e a área plantada 25%.

Guedes também comentou o resultado do levantamento da safra divulgado nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os números indicam uma produção recorde na safra 2006/2007, que pode ultrapassar 126 milhões de toneladas. “Devemos colher 5,7 milhões de toneladas a mais que na safra passada. Se não fosse a quebra na safra trigo o aumento seria 8,4 milhões de toneladas”.

O ministro elogiou o trabalho realizado pela Embrapa, que hoje desenvolve pesquisas com 17 espécies diferentes para viabilizar a produção de biodiesel. “No caso da agricultura, as perspectivas com o uso da biotecnologia são excepcionais. os prazos são menores e os resultados mais favoráveis. Conseguimos ampliar a produção dos alimentos e ao mesmo tempo contribuir para a preservação ambiental”.

O AGRONEGÓCIO E A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DA BIOTECNOLOGIA

08/02/2007 - Produtos agropecuários mais competitivos e seguros são alguns dos importantes alvos a serem alcançados pela Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (PDB). Estas inovações são essenciais para o Brasil manter e conquistar novos mercados. No segmento agropecuário, a produção de alimentos seguros tanto do ponto de vista do consumo humano quanto do meio ambiente é a principal diretriz da PDB lançada hoje (08/02) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante solenidade no Palácio do Planalto.

Entre os objetivos constam estímulos ao desenvolvimento de ferramentas biotecnológicas para estimular a prospecção e uso da agrobiodiversidade brasileira para enriquecer o hábito alimentar nacional e de outros povos. Neste contexto, a valorização dos conhecimentos tradicionais associados ao uso e a conservação dos recursos genéticos nativos voltados à agricultura e alimentação, também podem ser viabilizados pela biotecnologia.

A biotecnologia pode reduzir os impactos das mudanças climáticas nas lavouras. Tais alterações, que incluem o aquecimento global, são indutoras de grande estresse sobre as lavouras, tanto por fatores bióticos (relativos às infestações de organismos vivos que se tornam pragas ou doenças) quanto por fatores abióticos (grandes secas, grandes enchentes, temperaturas muito altas ou muito baixas).

Para isto, a biotecnologia pode desenvolver plantas mais resistentes que consigam enfrentar condições climáticas adversas e oferecer resistência genética ao ataque de pragas, ou ainda desenvolver organismos ou substâncias que os combatam reduzindo a necessidade de tratamentos com substâncias com riscos de contaminar o meio ambiente ou deixar resíduos nos alimentos ou matérias primas produzidos. A biotecnologia pode ainda auxiliar na mitigação de riscos ambientais viabilizando culturas que promovam o aumento da cobertura florestal ou da fixação de CO2 e mitigar danos ambientais relativos ao aquecimento global.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) definiu alguns alvos estratégicos para a agropecuária na política governamental de biotecnologia como plantas resistentes a pragas, doenças e intempéries climáticas; desenvolvimento de vacinas para prevenção de doenças em animais; tecnologias biológicas para produção animal e vegetal; bioindústrias de transformação para aproveitamento de subprodutos animais e vegetais; entre outros.

As inovações tecnológicas permitirão ainda a detecção e o controle de pragas e doenças, além do estabelecimento de políticas que permitam a coexistência de variedades transgênicas e convencionais. A produção de fármacos veterinários, kits de diagnósticos e probióticos (produtos que geram outros produtos - quando colocados na nutrição animal possibilitam a síntese de produtos mais nobres, normalmente proteínas) são também exemplos de importantes soluções tecnológicas para a agricultura e a alimentação.

Com base na política de biotecnologia será possível desenvolver mecanismos de diferenciação entre imunização e infecção para agentes etiológicos, foco de atenção sanitária, e incentivar a caracterização do genoma funcional de patógenos e outros organismos de interesse do agronegócio. A nova política também permitirá criação e o aperfeiçoamento da infra-estrutura dos laboratórios de alta segurança biológica e o desenvolvimento de sistemas de rastreamento e manejo de animais.

Respeitado os princípios da bioética e da biossegurança os organismos geneticamente modificados e outros instrumentos da genômica, será importante para o desenvolvimento de novas plantas para a agricultura e alimentação. O desenvolvimento de nanobiotecnologias de aplicação no agronegócio também integra a política de biotecnologia do governo. Um dos focos é desenvolver a nanobiotecnologia na nutrição vegetal e de veículos de aplicação de insumos na agricultura.

Para reduzir os custos e ampliar a competitividade do agronecógio, a política de desenvolvimento da biotecnologia visa também ampliar a oferta e reduzir os custos das vacinas, de modo a atender a demanda nacional e de exportação. O governo também quer incentivar a criação de empresas de base tecnológica e as parcerias público-privadas visando a criação de programas específicos para o desenvolvimento e a comercialização de produtos estratégicos.

A Lei de Inovação Tecnológica, as Parcerias Público-Privada (PPP), a PDB e o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) formam o vetor que deve incrementar o desenvolvimento econômico do Brasil. O Mapa vê na criação destas políticas integradas a oportunidade de manter a competitividade do agronegócio brasileiro, aumentando a segurança dos alimentos nos aspectos da saúde da população e da conservação ambiental.

AGRICULTURA E BIOTECNOLOGIA: PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. O que é a biotecnologia?

Resposta: Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que use sistemas biológicos, organismos vivos ou derivados destes, para fazer ou modificar produtos ou processos para usos específicos."

2. Como a agropecuária pode se beneficiar de uma política específica para a biotecnologia?

Resposta: Criando massa crítica, destacando recursos públicos, alavancando recursos privados, criando ambiente propício à inovação tecnológica voltados à agricultura e alimentação. Tal desenvolvimento tecnológico necessita nascer e crescer focado na busca de diferencial competitivo para que as cadeias produtivas do agronegócio tenham acesso à novos insumos,novas técnicas ou novos recursos tecnológicos que possibilite produzir com custos menores alimentos e matérias primas mais seguros ou com diferencial de valor agregado que o mercado demande.

3. O que poderá mudar a partir da criação de uma política governamental para a biotecnologia?

Resposta: O ambiente de desenvolvimento tecnológico, melhorando a capacidade competitiva da bioindústria e da agricultura nacional. Tal mudança poderá ampliar a capacidade de inovação na academia, articulada com a iniciativa privada ligadas aos negócios do campo, melhorar o diálogo dos vários segmentos que atual na transversalidade do tema e avançar na obtenção de consensos quanto à temas decisivos para a biotecnologia como aos princípios da bioética aplicada, à biossegurança alimentar e ambiental, à propriedade intelectual envolvida.

4. Quais os principais avanços já alcançados no segmento do agronegócio a partir da biotecnologia?

Resposta: A biotecnologia clássica é a responsável pelo desenvolvimento de variedades de plantas e o melhoramento animal que possibilitou o abastecimento das crescentes populações em sua marcha pela urbanização, característica dos últimos séculos. Nas últimas décadas no Brasil tem sido a responsável pelo aumento da produtividade na produção animal e vegetal, pela redução dos custos de produção, fatores que contribuem para o acesso e o abastecimento alimentar da população, a exportação de excedentes e a conquista da posição de um dos principais fornecedores mundiais de alimentos e matérias primas de origem agrícola.

5. Qual o impacto para a sociedade como um todo, considerando os benefícios da biotecnologia para a agropecuária?

Resposta: Não há dúvida que o desenvolvimento da biotecnologia é essencial para que a competitividade já alcançada se mantenha e avance, melhorando a auto-suficiência tecnológica do setor, possibilitando a agregação de valores, a agroindustrialização, e garanta a ampliação dos benefícios sociais da agricultura, da pecuária, do abastecimento nacional. O setor já movimenta as economias locais, aumenta os empregos no interior, gera excedente de exportação, é importante para a balança comercial, para a balança de pagamentos, para a estabilidade do câmbio e da economia e pode se tornar maior, ambientalmente melhor e socialmente mais justo.

 
 

Fonte: Ministério da Agricultura (www.agricultura.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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