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PRESIDENTE LANÇA POLÍTICA DE BIOTECNOLOGIA PARA ACELERAR DESENVOLVIMENTO DO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2007

Política de C&T - 09/02/2007 - Foto: Pedro Bonatto/MCT - Colocar o Brasil entre os cinco maiores pólos mundiais de pesquisa, geração de serviços e produtos da biotecnologia, nos próximos dez ou quinze anos, é um dos objetivos da Política de Biotecnologia lançada nesta quinta-feira (8) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na solenidade, o presidente sancionou decreto que cria o Comitê Nacional de Biotecnologia e institui uma política específica para o setor.

A forma de consolidar essa política é aproximar o setor produtivo da Academia, fazer a ciência sair dos laboratórios e chegar à indústria. "A biotecnologia é uma das áreas portadoras de futuro da Política Industrial de Comércio Exterior (Pitce), de um futuro muito próximo que já é presente. O setor está ganhando terreno rapidamente, embora as empresas privadas ainda estejam acordando para essa nova vertente da indústria", explica o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

Ainda segundo Rezende, o que a Política apresenta é uma série de instrumentos de incentivos. Estímulos para que as empresas contratem pesquisadores e para que jovens pesquisadores criem uma visão empreendedora, e que ambos tenham perspectiva de futuro capaz de gerar emprego e renda.

Nesse sentido, já em 2006, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência de fomento do Ministério, passou a dispor de um apoio financeiro para as empresas em forma de subvenção econômica, que consiste no financiamento – não reembolsável – às empresas para desenvolverem processos inovadores.

Estão previstos investimentos da ordem de R$ 510 milhões, entre 2006 e 2008, dos quais R$ 300 milhões foram destinados para o desenvolvimento de processos e produtos, priorizando aqueles inseridos em temas contemplados na Pitce. Entre esses, fármacos e medicamentos, bens de capital – com foco na cadeia produtiva de biocombustível e combustíveis sólidos, biotecnologia, biomassa e energias renováveis, e outros.

A Política deve gerar investimentos de R$ 10 bilhões em recursos públicos e privados nos próximos 10 anos. Desse montante, 60% será originado do setor público, e o restante, de financiamento privado. Entre as fontes financeiras da área pública estão ações dos Fundos Setoriais, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e das agências de fomento do MCT - Finep e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Política de Biotecnologia
A Política trata do desenvolvimento da saúde humana (produção de vacinas, hemoderivados), agropecuária (segurança alimentar e saúde animal), indústria (competitividade, novos produtos e eficiência energética) e ainda a área ambiental (tecnologia limpa e tratamento de resíduos).

Em seu discurso, o presidente Lula fez uma retrospectiva do processo histórico da biotecnologia, técnica que já era utilizada pelo ser humano há mais de 11 mil anos, o que "permitiu a seleção e o desenvolvimento de espécies mais resistentes e produtivas. Conquistamos o excedente agrícola necessário para aprimorar as formas de viver e de produzir em sociedade. A biotecnologia deve ser entendida como uma ponte entre o desenvolvimento e a natureza para alcançar o futuro sustentável, pelo qual tanto lutamos e ansiamos".

Segundo o presidente, a liderança alcançada na área de biocombustíveis deve ser reaplicada em outros ramos da economia e da produção. "Temos condições de mostrar ao mundo que "plantar combustível" é a melhor forma de colher justiça social e, ao mesmo tempo, contribuir para a redução do efeito estufa que tanto mal causa à Terra e que está desequilibrando o nosso Planeta. Sabemos como fazê-lo. E o faremos sem prejuízo de uma política de preservação que já reduziu em 52% o desmatamento na Amazônia, desde 2003. Evitamos, assim, o lançamento de mais 430 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera nesse período."

As ações específicas e os recursos necessários para viabilizar as metas da nova política serão definidas pelo Comitê Nacional de Biotecnologia, assessorado pelo Fórum de Competitividade, criado em 2004, que reúne Governo, setor privado, Academia, trabalhadores e outros segmentos da sociedade civil.

Apoio
O presidente da Biofarma, José Fernando Perez, presente ao evento, salientou a importância da Política ter sido feita de forma integrada e, principalmente, ter contado com o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). "A biotecnologia tem que ser entendida como um negócio ligado à ciência. Tem as suas particularidades, é um capital de alto risco. O País tem suas vantagens competitivas e uma excelente competência instalada, mas é preciso garimpar, oferecer demanda, para que essa competência nacional apareça".

A gerente de negócios do Pólo de Biotecnologia do Rio de Janeiro – BioRio, Katia Aguiar, e o gerente da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, de Ribeirão Preto (SP), Norberto Prestes, representando os dois estados, foram pessoalmente agradecer a iniciativa. "A BioRio tem 18 anos, e durante todo esse tempo a gente espera uma posição de Governo, uma política de apoio para o trabalho que desenvolvemos. Temos consciência de que é um começo, mas temos a certeza de que é um bom começo", salienta Aguiar.

Além do ministro de C&T, Sergio Rezende, estavam presentes na mesa da solenidade os ministros Luiz Furlan, do MDIC; Luís Carlos Guedes, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; José Agenor Álvares, da Saúde; o ministro interino do Meio Ambiente, Cláudio Roberto Langone, e os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, Renan Calheiros e Arlindo Chinaglia, respectivamente.
Rachel Mortari - Assessoria de Imprensa do MCT

Brasil pode ser líder no setor de biotecnologia

Política de Desenvolvimento - 09/02/2007 - Para tornar o Brasil líder mundial na área de biotecnologia dentro de dez anos, o governo estima que estarão disponíveis R$10 bilhões em novos investimentos com recursos públicos e privados, com R$1 bilhão disponível já este ano. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem um decreto que cria a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia.

A medida foi anunciada num momento em que os procedimentos industriais dos países desenvolvidos, incluindo a deficiência na produção de combustíveis renováveis, estão na berlinda, por causa do aquecimento global. A idéia é fazer do Brasil uma opção rentável e com competitividade para ganhar cada vez mais mercados.

- O Brasil é detentor de 20% das biodiversidades do mundo e de inúmeras florestas, o que nos credencia a ocupar um lugar de destaque no mundo - afirmou Lula.

A nova política terá foco estratégico nas áreas de saúde humana, agropecuária, industrial e ambiental. O objetivo principal é incentivar a competitividade da indústria nacional, aumentar a participação brasileira no comércio internacional e acelerar o crescimento econômico do Brasil.

O Brasil é dono de um quinto da biodiversidade mundial, com cerca 200 mil espécies de plantas, animais e microorganismos registradas. A grande novidade desta nova diretriz é que, se até agora os recursos para o setor eram exclusivamente para pesquisas, agora podem ir para a produção de bens e serviços inovadores. Os projetos poderão ser financiados a fundo perdido e serão examinados pelo Comitê Nacional de Biotecnologia, formado por representantes de oito ministérios.

Lula disse que o Brasil está fazendo a sua parte para preservar o meio ambiente. Ele destacou que, desde 2003, foram reduzidos em 52% o desmatamento da Amazônia e que, com isso, o Brasil conseguiu evitar a emissão de 430 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera.

- Em vez de arrasar lavouras ou devastar florestas, a biotecnologia e a eficiência da agricultura geraram um corredor produtivo no país - disse.

O presidente disse que o objetivo, com a nova política, é equilibrar a equação entre democracia, ciência e economia.

- Vamos produzir remédios e vacinas mais baratos, enzimas industriais, alimentos mais nutritivos e avançar em pesquisas científicas. Não há mais tempo a perder - acrescentou, classificando a nova política de "porta de saída" para o aquecimento global.

- Temos condições de mostrar ao mundo que plantar combustíveis é a melhor forma de colher justiça social e, ao mesmo tempo, contribuir para a redução do efeito estufa.

Com limitações orçamentárias, a meta do governo é atrair investimentos privados para ajudar a desenvolver a bioindústria no país. Para esse fim, serão oferecidos recursos de Orçamento da União, BNDES e fundos setoriais. De acordo com o ministro da Saúde, Agenor Álvares, a medida também permitirá maior oferta de fármacos, melhorando a qualidade e aumentando a concorrência no mercado.

Um setor de US$ 500 bi
Setor que movimenta cerca de US$500 bilhões por ano em todo o mundo, segundo estimativas extra-oficiais, a biotecnologia representa um conjunto de tecnologias que têm em comum o uso de organismos vivos ou parte deles - como células e moléculas - na produção de bens e serviços. Em outras palavras, é a área do conhecimento que permite o uso de material biológico para fins industriais.

A biotecnologia abrange microbiologia, bioquímica, genética, engenharia, química para a solução de problemas ou obtenção de alimentos e bebidas, remédios, vacinas, pesticidas - sem prejudicar o meio ambiente, pois se baseia na biodiversidade para desenvolver produtos e serviços.

Com a nova política, o governo espera estimular o setor privado a se tornar mais competitivo e participativo na bioindústria. Entre os resultados esperados estão a descoberta de remédios; a produção de plantas mais nutritivas e resistentes; a fabricação de plásticos biodegradáveis; e a preservação do meio ambiente.
O Globo

Dnocs apresenta plano de apoio ao Programa do Biodiesel no Ceará

09/02/2007 - - O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) apresentou ao Governo do Estado do Ceará o plano de contribuição do Departamento ao Programa do Biodiesel no Ceará, em reunião realizada no Palácio do Governo na última terça-feira (6/2). O plano consiste em várias ações em 14 perímetros irrigados, 50 açudes e projetos de assentamento.

Em relação aos perímetros irrigados, o cadastro de produtores deverá ser atualizado, para identificar aqueles que possuem potencial para adesão ao Programa do Biodiesel. Também deverá ser feito o mapeamento das áreas disponíveis para produção consorciada de mamona com outras culturas, ação que deverá ser realizada em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará.

Em função da demanda do Estado, o Dnocs poderá disponibilizar áreas irrigadas para multiplicação de sementes, numa ação que envolveria também os irrigantes e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Para isso, serão implantadas ações de capacitação e acompanhamento, por meio de assistência técnica e extensão rural, bem como disponibilizadas vagas para capacitação de produtores nas unidades de produção, para que seja formada mão-de-obra especializada. Os galpões de armazenamento já existentes nos perímetros também deverão ser disponibilizados para utilização no programa, como apoio a unidades de esmagamento de baga ou de produção de biodiesel em parceria com as organizações de produtores.

No entorno dos açudes deverá ser feito um levantamento atualizado de concessionários e o mapeamento das áreas de sequeiro disponíveis. Do mesmo modo que nas áreas dos perímetros irrigados, deverão ser implementadas ações de capacitação, assistência técnica e extensão rural no sentido de promover o compromisso dos concessionários com o processo, assim como com o domínio da cadeia produtiva, formas de gestão e comercialização da produção.

Já nos projetos de assentamento, as ações deverão ser estabelecidas em comum acordo com o Incra, o Estado e os assentados, levando-se em consideração as áreas cedidas pelo Dnocs para tal fim e as áreas do próprio Estado. Neste espaço, os padrões deverão seguir os já estabelecidos para as áreas anteriores.

O diretor do Dnocs, Eudoro Santana, na ocasião, evidenciou a implantação de usinas piloto de produção de biodiesel nos municípios de Tauá e Piquet Carneiro, sendo que a primeira já funciona como unidade escola para formar profissionais especializados na área. Ele citou também uma nova visão para implantação de unidades mais simples para operar a extração de óleo e o beneficiamento da baga na produção do biodiesel, visando o incremento da renda dos agricultores familiares. Enfatizou ainda a necessidade de priorizar a implantação do programa nas comunidades com experiência em organização social e com mecanismos de controle social já em funcionamento, para garantir a descentralização dos recursos públicos com eficiência e eficácia.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Dnocs

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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