10
de Fevereiro de 2007 - Priscilla Mazenotti
- Repórter da Agência Brasil
- Brasília - Um estudo pioneiro no
país vai buscar fazer a integração
entre a Gestão de Recursos Hídricos
e o Gerenciamento Costeiro. Na prática,
o estudo vai permitir a criação
de um guia para auxiliar a criação
dos planos de gestão de bacias hidrográficas.
"Para que se entenda que a quantidade
e a qualidade da água que se demanda
na bacia tem de ser compatível com
a quantidade e a qualidade de uso que as pessoas
que moram na zona costeira dependem. Haverá
uma qualidade de água na zona costeira
melhor do que você tem hoje”, explicou
o gerente da gerência costeira e marinha
do Ministério do Meio Ambiente, Ademilson
Zamboni.
Segundo o especialista,
o estudo fará com que as águas
que chegam nas cidades litorâneas tenham
melhor qualidade. “A água das bacias
hidrográficas, que já vem sido
usada no alto curso dos rios, chega nessas
áreas costeiras com uma qualidade muito
abaixo daquilo desejado para as atividades
que se desenvolve”, acrescentou.
Os resultados desse primeiro
estudo será divulgado em setembro.
Foram escolhidas, à princípio,
duas bacias do Espírito Santo: a do
Rio Jacareípe e a do Rio Piraquê-Açu.
“Essas bacias são muito diferentes.
Uma é bastante ocupada, quase na região
metropolitana de Vitória e a outra
tem uma ocupação muito baixa
e grande potencial natural para ser explorado.
Teremos condições, nessas duas
bacias, de estudar como as variáveis
se comportam”, disse.
Rio Grande do Sul
investiga morte de peixes no litoral
5 de Fevereiro de 2007 -
Shirley Prestes - Repórter da Agência
Brasil - Porto Alegre - A Fundação
de Proteção Ambiental do Rio
Grande do Sul (Fepam) está investigando
uma nova mortandade de peixes no estado. Segundo
a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema),
cinco toneladas de tainhas foram encontradas
mortas em Tavares, na região norte
gaúcha. Os animais foram achados ao
longo de 40 quilômetros de praia, a
217 quilômetros da capital, Porto Alegre.
O gerente regional da Fepam
Litoral Norte, Mattos´Allém Roxo,
acompanhado pelo Comando Ambiental da Brigada
Militar, recolheu amostras dos peixes e da
água, que serão analisados em
laboratório. A Fepam não descarta
a hipótese de pesca predatória
ou a possibilidade de algum acidente ambiental
com lançamento de efluentes.
A titular da Sema, Vera
Callegaro, e o diretor-presidente da Fepam,
Renato Breunig, que estão acompanhando
as ações, divulgarão
nesta terça-feira (6) o relatório
sobre outra mortandade de 40 toneladas de
peixes, ocorrida em 23 de janeiro último,
em Pelotas, no Sul do estado.
“Com a piracema rigorosa,
muitos cardumes sobem o canal São Gonçalo.
A migração natural no local
foi interrompida pelo fechamento da eclusa
do canal”, adiantou Breuning sobre os fatores
que provocaram o acidente ambiental.
Ele explicou que os
cardumes se desviam para os arroios urbanizados,
sem capacidade de suporte para tamanha biodiversidade.
A baixa vazão nos arroios, decorrente
dos barramentos para atividades diversas,
também está entre as causas
da mortandade.