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OBRAS DO PAC VÃO PASSAR POR ANÁLISE AMBIENTAL CUIDADOSA, DIZ SECRETÁRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2007

16 de Fevereiro de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, em entrevista à NBR
Brasília - O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse hoje (16) que as licenças ambientais para as obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão concedidas após análise cuidadosa dos empreendimentos.

"O PAC não é somente um conjunto de obras. O programa foi pensado para aproveitar os empreendimentos e responder a necessidade de populações que vivem em áreas de influência dessas obras, pomovendo a melhoria da sua qualidade de vida", afirmou Capobianco, em entrevista à Radiobrás.

"Nossa expectativa é que se trabalhe na mesma linha da BR-163, ou seja, uma análise pormenorizada que permita não apenas evitar impacto direto das obras, mas aproveitar o potencial de obras desse tipo para promover um desenvolvimento sustentável em regiões importantes no país."

O secetário ressaltou também que, no caso da BR-163, houve um trabalho do governo de planejamento e promoção do desenvolvimento regional pensado antes do início das obras. "Esse é o segredo. Você planejar muito bem, avaliar de forma profunda e correta todos os potenciais impactos e agir preventivamente para evitá-los."

Esta semana, em seu programa de rádio, Café com presidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou a construção da BR-163 como exemplo de obra feita a partir do conceito de desenvolvimento sustentável.

PAC tem visão colonial sobre a Amazônia, diz Amigos da Terra

11 de Fevereiro de 2007 - José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem uma “visão colonial” sobre a Região Norte, na opinião do Amigos da Terra, grupo ambientalista. Para a entidade, os megaprojetos destinados à Amazônia visam apenas a exploração dos recursos naturais, deixando de lado a defesa ambiental e a geração de emprego e renda.

Ao lançar o PAC, o governo reafirmou a condição da região norte como fornecedora de insumos para o resto do país, acredita o diretor da Amigos da Terra, Roberto Smeraldi. Ele cita o exemplo das duas hidrelétricas que serão construídas no Rio Madeira, em Rondônia, e o asfaltamento da BR 163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA). Na sua opinião, as obras servirão para fornecer energia e alimentos à rede nacional.

"O PAC é um exemplo de que o olhar sobre a Amazônia é ainda tipicamente colonial. Uma visão de exploração dos recursos, que é sempre renovada e reforçada. Continuam enxergando a Amazônia como solução para os problemas econômicos do país”, sublinha Smeraldi. Para ele, o programa não prioriza a defesa ambiental, paralelamente ao desenvolvimento e ao crescimento local, atendendo apenas os interesses das empreiteiras “que se beneficiaram com os megaprojetos”.

Smeraldi assinala, ainda, que o programa não traz investimentos na geração de emprego e renda. Inclusive, prossegue, deveriam priorizar a industrialização de algumas áreas, por exemplo, o setor de biotecnologia nos centros urbanos. “É preciso uma injeção de ciência e tecnologia na região, gerando assim produtos com qualidade e com competitividade que ajudem no crescimento da Amazônia”, finaliza.

A Amigos da Terra - Amazônia Brasileira existe no Brasil desde 1989. Atua na promoção do uso sustentável dos produtos florestais, na prevenção do fogo, no atendimento a comunidades isoladas, e na formulação e acompanhamento de políticas públicas. Faz, também, parte da Amigos da Terra Internacional, rede de entidades ambientalistas, sem fins lucrativos, reconhecida pelas Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1971, com atuação em 68 países.

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Mudança climática será maior preocupação de nova frente parlamentar, diz deputado

14 de Fevereiro de 2007 - Gláucia Gomes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - As propostas que buscam conter as mudanças climáticas são a prioridade da Frente Parlamentar Ambientalista, afirmou o coordenador do grupo, o deputado Sarney Filho (PV-MA). Segundo a assessoria de Sarney Filho, cerca de 300 parlamentares integram a frente, lançada hoje (14) com o objetivo de apoiar políticas públicas e ações que promovam o desenvolvimento sustentável.

Sarney Filho disse que a principal meta do Brasil é reduzir as emissões de gases que acentuam o efeito estufa, e que para isso é preciso diminuir o desmatamento.

Na avaliação do deputado, tem crescido o envolvimento da sociedade civil e dos políticos na discussão ambiental. Ele opina que isso reflete as preocupações mundiais, mas também um desejo de zelar pelo meio ambiente. “A mobilização da sociedade teve um reflexo no Congresso, que deu uma resposta adequada. Com essa frente parlamentar, será possível colaborar para que o desenvolvimento no Brasil seja feito com a responsabilidade socioambiental.”

O diretor de Mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, disse que a questão climática é urgente e defendeu a regulamentação do artigo 23 da Constituição Federal, que detalha as competências de União, estados e municípios no licenciamento ambiental. Ela está prevista em projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso.

“É preciso cumprir a Constituição trazendo a questão ambiental para perto do cidadão no Conselho Municipal de Meio Ambiente, nos conselhos estaduais, para que se implante definitivamente um sistema nacional de meio ambiente”, disse Mantovani. “Muitas ações podem ser adotadas pelas empresas e pela sociedade, como evitar o desperdício, fazer reciclagens, fazer consumo consciente”.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a Frente Parlamentar Ambientalista irá agilizar processos ambientais que tramitam no Congresso, influenciar nos debates sobre o tema e contribuir com as ações do Poder Executivo e da sociedade. Marina reafirmou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) irá contemplar o meio ambiente por meio do cumprimento da legislação e do planejamento dos projetos. “O esforço que o Brasil tem que fazer é que todos os seus investimentos se dêem em bases sustentáveis”, disse.

A ministra destacou a predominância de fontes renováveis na matriz energética do Brasil e destacou a redução no desmatamento nos últimos anos. Com relação ao aquecimento global, defendeu que cada nação faça “o seu dever de casa” para enfrentar o “avassalador” processo e que a discussão não vire uma guerra entre países ricos e pobres.

Estados e municípios recebem manual sobre aterros para resíduos sólidos da construção civil

19 de Fevereiro de 2007 - Renato Aguiar - De A Voz do Brasil - Brasília - Os resíduos da construção civil e de demolições, como pedras, cimento, areia e tijolos, representam 61% do lixo produzido nas cidades brasileiras, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério das Cidades. Segundo o levantamento, os domicílios brasileiros são responsáveis por 28% dos resíduos produzidos no país, enquanto outros setores geram os 11% restantes.

A construção civil e as demolições geram no Brasil 90 milhões de toneladas de lixo por ano, que devem ser depositadas em áreas previamente estabelecidas, obedecendo a regras e normas ambientais criadas pelos estados e municípios, de acordo com a Resolução 307, de 2002, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Para orientar os órgãos e conselhos estaduais e municipais de meio ambiente sobre a criação de normas de licenciamento de áreas que vão receber o lixo gerado pela construção civil, os ministérios das Cidades e do Meio Ambiente lançaram o manual "Áreas de Manejo de Resíduos da Construção Civis e Resíduos Volumosos”. A publicação é resultado do Seminário Licenciamento Ambiental de Destinação Final de Resíduos Sólidos realizado em 2006.

O entulho da construção civil não representa grandes riscos ambientais. No entanto, muitas cidades brasileiras sofrem graves impactos ambientais provocados pela intensa deposição irregular de resíduos da construção e demolição.

De acordo com o consultor do Ministério das Cidades Tarcísio de Paula Pinto, todos os estados brasileiros, exceto os da Região Norte, estão avançando na adoção de medidas para criar áreas apropriadas para o lixo da construção civil.

“Metade dos municípios pólo-regionais de São Paulo e cidades como Belo Horizonte e Uberlândia (MG); Porto Alegre (RS); Fortaleza (CE); Joinville (SC) e São Gonçalo (RJ) já têm legislação específica e instalações receptoras e valorizadoras por reciclagem dos resíduos recebidos”, informou Tarcísio Pinto.

Para ele, o licenciamento de áreas de triagem e reciclagem para o lixo da construção civil permitirá que o material que hoje está sendo enterrado seja reutilizado. “De acordo com a norma brasileira, os lixões passaram a ser áreas de triagem, de reciclagem e aterros. É um processo todo novo, que vai permitir que terra, areia, pedra, madeira e ferro, que vêm sendo enterrados de forma contínua, que esse material todo posso retornar para a construção, de forma absolutamente vantajosa”, afirmou.

Tarcísio Pinto explicou que a maior parte de resíduos da construção civil é gerada por reformas em residências (59%), seguida pela construção de novos prédios (21%) e casas (20%).

Ele acredita que, com o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), lançado recentemente pelo governo federal, as grandes obras infra-estrutura devem ser retomadas, o que aumentará a geração de lixo desse setor.

O manual está disponível no site dos ministérios do Meio Ambiente e das Cidades.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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