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PROGRAMA DE REVITALIZAÇÃO DO SÃO FRANCISCO RECEBERÁ R$ 260 MILHÕES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2007

16 de Fevereiro de 2007 - José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Programa de Revitalização do Rio São Francisco vai receber do governo federal recursos no valor de R$ 260 milhões. Cerca de 80% desse total serão destinados ao saneamento básico nas cidades que integram a bacia hidrográfica, da nascente à foz.

Os recursos sairão do Plano Plurianual (PPA) – R$ 160 milhões – e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – os R$ 100 milhões restantes, segundo informou o coordenador do Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Laxe, após reunião da câmara temática, hoje (16), na Casa Civil.

“Neste ano vamos focar os investimentos em tratamento de esgotos e em 2008, trabalharemos a questão dos resíduos. A idéia é, com esses recursos, capacitar os municípios para que criem seus planos de saneamento básico e também se organizeem em consórcios, a fim de resolver o problema dos lixões”, disse.

O plantio de 30 milhões de mudas de árvores é um dos principais projetos de revitalização do rio. Atualmente, o programa conta com 4 milhões de mudas, dentro da meta de recuperar mais de 30 mil hectares por ano.

Para isso, o governo também está investindo na criação de 15 centros de referência de recuperação florestal – quatro deles já estão iniciando suas atividades, nas cidades de Paracatu (MG), Petrolina (PE), Lavras (MG) e Aracaju (SE).

O Programa de Revitalização começou há dois anos e tem prazo de 20 anos para ser concluído.

Descoberto em 1502, o Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, percorre 2.700 quilômetros e banha cinco estados. O rio recebe água de 168 afluentes, dos quais 99 são perenes – 90 deles estão na margem direita e 78, na esquerda.

Centros para recuperação da Bacia do São Francisco serão instalados este ano

16 de Janeiro de 2007 - Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Quatro centros de referência para recuperação florestal na Bacia do Rio São Francisco serão implantados em 2007. Eles vão abrigar ações para reflorestamento e recomposição da vegetação na bacia, construção de bancos de sementes, implementação e difusão de tecnologias a partir de projetos de recuperação florestal. Os centros serão instalados na região da caatinga e do cerrado e as atividades conduzidas por quatro universidades.

A recuperação florestal na Bacia do São Francisco é uma das prioridades para 2007, de acordo com o coordenador de revitalização de bacias hidrográficas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Maurício Laxe.

Além dos centros de referência, ele conta que este ano será aberta uma agenda de diálogo com o setor siderúrgico para tratar da degradação do cerrado e da caatinga provocados pelas carvoarias.

Também devem ser instalados viveiros para cultivo de mudas de plantas nativas. “Verificamos que é preciso aumentar a quantidade de mudas, queremos chegar a uma produção de 30 milhões de mudas por ano”, afirma Maurício Laxe.

Serão investidos um total de R$ 3 milhões para a construção dos quatro centros. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério do Meio Ambientes e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf )com apoio do Programa Nacional de Florestas, do MMA.

As ações fazem parte das 150 iniciativas para a revitalização da bacia. A previsão orçamentária de todo o Programa Nacional de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco para 2007 é de R$ 126 milhões. Em 2006, foram investidos R$ 120 milhões.

Bispo entregará ao presidente Lula carta contra transposição do São Francisco

20 de Fevereiro de 2007 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O bispo de Barra, na Bahia, dom Luiz Flávio Cappio, fará novo protesto contra a transposição do Rio São Francisco. Na próxima quinta-feira (22), ele vai protocolar no Palácio do Planalto uma carta direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retomar o assunto.

Em 2005, o bispo católico fez uma greve de fome de dez dias contra a transposição do rio. Naquele ano, ele conseguiu, em uma audiência com o presidente, o compromisso de que a proposta de transposição do rio seria debatida com a sociedade.

Dom Luiz Cappio não quis divulgar o conteúdo da carta previamente. “É uma carta dirigida ao presidente. Ele é o primeiro a receber”, disse ele, acrescentando que, por enquanto, não vai tentar marcar nova audiência com o presidente. “Por agora não é necessário”.

O bispo marcou, também para quinta-feira, entrevista coletiva às 10 horas, no Palácio do Planalto, para revelar o conteúdo da carta.

A transposição do rio também é discutida na Justiça. No último dia 12, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da licença ambiental para a obra de transposição da bacia do rio São Francisco. Na mesma ação, ele pede a cassação da licença prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), no recurso, o procurador-geral faz outros pedidos, como a exigência de que as populações indígenas da região e o Congresso Nacional sejam consultados. No recurso encaminhado ao STF, o procurador observa que são várias as violações das normas sobre o licenciamento e o uso dos recursos hídricos “apontadas nas diversas ações, reveladas em omissões, insuficiências e inconsistências existentes no projeto”.

Apesar de ainda haver discussões sobre o assunto, o Ministério da Integração Nacional anunciou, no último dia 14, o investimento de R$ 483 milhões nas obras de transposição do São Francisco.

O coordenador do Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Laxe, informou, no dia 16 deste mês, que os recursos para a revitalização, que compreenderá saneamento básico para as cidades que despejam esgoto no rio, replantio da mata ciliar e recuperação das nascentes em Minas Gerais, serão de R$ 260 milhões. O dinheiro sairá do Plano Plurianual (PPA) e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Transposição do São Francisco já poderia ter começado, diz coordenador

19 de Fevereiro de 2007 - Érica Santana e José Carlos Mattedi - Repórteres da Agência Brasil - Brasília - Já existem condições para realizar a transposição da bacia do Rio São Francisco. A afirmação foi feita pelo coordenador do Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Laxe, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ele, a maioria dos procedimentos já foi realizada. “A outorga dada pela Agência Nacional das Águas (ANA) só permite bombear mais de 26 metros cúbicos por segundo quando verter água em Sobradinho, que é, no caso agora, nas cheias. O impacto ambiental já foi analisado pelo Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. O órgão já licenciou. Existe uma série de etapas que já foram superadas”, disse Laxe.

Para Laxe, agora é preciso debater o projeto com a população. Ele lembrou que, com esse objetivo, alguns acordos foram firmados com representantes de movimentos sociais da região da bacia do São Francisco no período de 2005 a 2006.

“Acredito que os canais de comunicação nos permitem ampliar cada vez mais o diálogo, não apenas sobre a transposição, mas também sobre diversas outras obras apontadas como possíveis de ser realizadas ou planejadas para serem realizadas na região do São Francisco”, afirmou.

Sobre possíveis impactos negativos da transposição, o coordenador do Programa de Revitalização do São Francisco disse que “qualquer obra tem impacto”, mas ressaltou que tudo já teria sido avaliado tecnicamente pelo Ibama. “Nós, o Ministério do Meio Ambiente, estamos focados na revitalização”, enfatizou.

O Programa de Revitalização do Rio São Francisco, para o qual estão programados R$ 260 milhões em recursos federais, vai destinar 80% desse total a projetos de saneamento básico nos municípios integrantes da bacia hidrográfica, da nascente à foz.

O plantio de 30 milhões de mudas de árvores é um dos principais projetos do programa. Atualmente, o programa conta com 4 milhões de mudas, dentro da meta de recuperar mais de 30 mil hectares por ano. Para isso, o governo também está investindo na criação de 15 centros de referência de recuperação florestal – quatro já estão iniciando suas atividades nas cidades de Paracatu e Lavras, em Minas Gerais, Petrolina, em Pernambuco, e Aracaju, capital de Sergipe.

Ibama poderá recorrer se Justiça suspender licença de obra no São Francisco

16 de Fevereiro de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) poderão recorrer da decisão da Justiça, caso o processo de licenciamento ambiental da obra de integração da Bacia do Rio São Francisco seja suspenso. O pedido de suspensão foi feito nesta semana pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Se há alguma informação nova que leve a Justiça a considerar que há necessidade de uma revisão da licença, é como se diz: decisão da Justiça não se discute, se cumpre. Evidentemente que o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente vão contestar isso, caso haja uma discordância com relação ao conteúdo. Mas esse é um passo normal da democracia", afirmou hoje (16) o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco, em entrevista à Radiobrás.

De acordo com Capobianco, a obra de integração do Rio São Francisco é ambientalmente viável. "Do ponto de vista ambiental, das análises de impacto, dos riscos potenciais, o Ibama considera o empreendimento viável, tanto que foi emitida a licença prévia", afirmou.

O secretário destacou que não conhece os termos do recurso elaborado pelo procurador-geral da República. Mas disse que a licença prévia emitida pelo Ibama estabelece uma série de condições para que a obra seja implementada. "A licença não é um sim ou não. É um documento extenso, muitas vezes com dezenas de exigências".

Procurador-geral entra com recurso no STF contra transposição do São Francisco

15 de Fevereiro de 2007 - José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, entrou na última segunda-feira (12) com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da licença ambiental para a obra de transposição da bacia do Rio São Francisco. Na mesma ação, ele também pede a cassação da licença prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com a assessoria da Procuradoria Geral da República (PGR), no recurso, o procurador-geral faz ainda outros pedidos: que as populações indígenas da região e o Congresso Nacional sejam consultados; que sejam suspensos os efeitos do Certificado de Sustentabilidade Hídrica da obra e da outorga concedida pela Agência Nacional de Águas (ANA) e os efeitos da decisão do Conselho Nacional de Recursos Hídricos que “aprovou o projeto em desacordo com os procedimentos previstos”.

No recurso entregue ao STF, Antonio Fernando Souza observa que são várias as violações das normas sobre o licenciamento e o uso dos recursos hídricos “apontadas nas diversas ações, reveladas em omissões, insuficiências e inconsistências existentes no projeto”.

Ele destaca, ainda, que o prosseguimento do licenciamento sem que as exigências estejam totalmente atendidas, “tem o condão de permitir a prática de atos direcionados à obtenção da licença da instalação, que já possuem potencialidade de provocar danos ambientais”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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