14
de Fevereiro de 2007 - Nielmar de OLiveira
- Repórter da Agência Brasil
- Rio de Janeiro - A Petrobras e a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) assinaram convênio hoje (14)
para a elaboração do projeto
de criação de um corredor ecológico
no Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro (Comperj), em Itaguaí, na Baixada
Fluminense.
Segundo estudos preliminares
da Petrobras, o projeto incluirá 1
milhão de metros quadrados de mata
ciliar do Rio Macacu, 500 mil metros quadrados
de mata ciliar do Rio Caceribu e cerca de
10 milhões de metros quadrados de áreas
não edificantes, equivalentes a aproximadamente
um terço do terreno do empreendimento.
Será feita a recomposição
de mata ciliar e da vegetação
de transição de manguezal para
Mata Atlântica, além da valorização
e preservação de áreas
de vegetação remanescente. Cerca
de um milhão de mudas serão
utilizadas nas atividades de reflorestamento.
Serão mudas de diferentes espécies,
identificadas pela Embrapa como compatíveis
com o ecossistema local.
“Como o local é uma
área rural e tem algumas pequenas plantações,
nós estamos cadastrando todos os trabalhadores
da região de modo a que possamos utilizar
muitos deles na plantação deste
cinturão verde, como também
depois na manutenção",
conta o diretor de Abastecimento da Petrobras,
Paulo Roberto Costa.
O Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro terá 45 milhões
de metros quadrados de área e investimento
de US$ 8,3 bilhões. Processará
cerca de 150 mil barris de petróleo
pesado da Bacia de Campos, transformando-os
em insumos para o setor petroquímico
nacional.
Embrapa deve recuperar área
de mata atlântica próxima a petroquímica
15 de Fevereiro de 2007
- Gláucia Gomes - Repórter da
Agência Brasil - Brasília - Integrar
o meio ambiente a empreendimentos industriais
é o objetivo do corredor ecológico
que fará parte do Projeto do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ).
O complexo está em contrução
no município de Itaboraí, na
Baixada Fluminense, numa parceria entre Petrobras
e Embrapa.
O chefe de Pesquisa da Embrapa
Agrobiológica, Eduardo Campello, diz
que a empresa irá detalhar uma proposta
para o corredor ecológico, levantando
uma série de informações
como tipos de solo, identificando as diferentes
formações vegetais, a hidrologia
da área, questões climáticas
e as espécies mais adaptadas às
condições daquela região.
"O estudo irá
definir o nível de degradação,
de interferência que existe na área
do complexo e os tipos de vegetação
do passado para que esse corredor recupere
o que havia originalmente”, conta o pesquisador.
Segundo ele, a região foi degrada por
agropecuária e pastagens. A vegetação
nativa praticamente não existe mais.
Houve perda de fertilidade e de sólidos.
O corredor ecológico
do complexo petroquímico está
localizado no bioma da mata atlântica.
Abrange áreas de mangue, dois rios
(Caceribu e Macacu) que cortam a área
do complexo, mata ciliar e áreas que
sofrem problemas de inundação.
A elaboração
do projeto do corredor deve levar cerca de
cinco meses. A Petrobras deverá aprovar
execução do projeto ambiental
e a Embrapa irá acompanhar a implantação,
monitorando os efeitos positivos que os corredores
terão sobre o ambiente, seja atraindo
fauna, seja melhorando a qualidade da água
e recuperando o solo.
Diretor do Ministério
do Meio Ambiente participará de reunião
sobre financiamentos internacionais
20 de Fevereiro de 2007
- Wellton Máximo - Repórter
da Agência Brasil - Brasília
- A distribuição de US$ 1 bilhão
até 2010 para projetos de proteção
da natureza será o tema do encontro
que o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF)
promove entre sexta-feira (23) e o dia 28
em Washington (EUA). A reunião, que
definirá as áreas que vão
receber mais recursos, contará com
a presença do diretor do Programa de
Conservação da Biodiversidade
do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio
Dias, segundo informou a assessoria de imprensa
do ministério.
Formado por 166 países,
o fundo global foi criado em 1991 para fazer
doações aos países em
desenvolvimento que assinaram a Convenção
sobre Diversidade Biológica. O objetivo
é ajudar esses países a cumprir
com os compromissos assumidos na convenção
e implementar programas que contribuam para
a preservação do meio ambiente.
Entre os principais focos desses recursos,
a ONU destaca a contenção de
mudanças climáticas, proteção
da camada de ozônio, despoluição
de águas internacionais, combate à
degradação da terra e redução
da produção de poluentes orgânicos.
Membro do Painel de
Aconselhamento Técnico do fundo, Dias
ajudará a definir as regras que vão
orientar a liberação dos recursos
nos próximos anos, segundo o ministério.
Criado para prestar consultoria científica
ao GEF, esse painel é composto por
especialistas indicados pelo reconhecimento
internacional nas áreas de biodiversidade
(diversidade de espécies), mudanças
climáticas, águas internacionais
e degradação do solo.