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AUMENTO DO NÍVEL DO MAR AFETARÁ MAIS RIO DE JANEIRO E ILHA DO MARAJÓ, APONTA ESTUDO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

Irene Lôbo - Repórter da Agência Brasil - BrasÝlia - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o secretßrio de Biodiversidade e Florestas do MinistÚrio do Meio Ambiente, JoÒo Paulo Capobianco, divulga os resultados preliminares de oito estudos sobre mudanþas climßticas e os efeitos sobre a biodiversidade brasileira.

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente divulgou hoje (27) oito pesquisas sobre mudanças climáticas e seus efeitos sobre a biodiversidade brasileira. Realizado pelo cientista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um dos estudos mostra que Amazônia e Pantanal são as regiões mais vulneráveis do país à mudança de clima. O Semi-Árido é a região onde a população estará mais sensível às mudanças climáticas.

Em relação ao nível do mar, o estudo observou uma tendência de aumento do nível do mar da ordem de 40 centímetros por século ou quatro milímetros por ano. As conseqüências desse possível aumento poderão, segundo o estudo, atingir as cidades litorâneas e 25% da população brasileira, ou seja, 42 milhões de pessoas que vivem na zona costeira, sendo que a cidade do Rio de Janeiro é uma das mais vulneráveis, juntamente com a Ilha do Marajó.

Em relação à temperatura, a pesquisa diz que o aumento da temperatura média no ar pode chegar até 4 graus acima da média em 2100. O estudo fala ainda da probabilidade de maior redução de chuvas na Amazônia e no Nordeste.

Os outros oito estudos mostram respectivamente dos efeitos da elevação do nível do mar nas bacias de Santos e São Vicente, em São Paulo; os efeitos das mudanças climáticas na Ilha dos Marinheiros, situada na Laguna dos Patos, no Rio Grande do Sul; um diagnóstico sobre as alterações do nível das águas em ecossistemas do Rio Grande do Sul por meio da análise da vegetação e de pequenos invertebrados.

També foi incluído no levantamento um estudo sobre a diversidade e abundância de peixes e sua sensibilidade às mudanças climáticas, uma pesquisa sobre proteínas que permitem maior tolerância térmica em animais, um mapeamento da mudanças que poderão ocorrer no Pantanal com as mudanças climáticas e um diagnóstico sobre a reação dos recifes das costa brasileira às essas mesmas mudanças.

O Ministério do Meio Ambiente afirma que o governo brasileiro já adota uma série de providências para enfrentar o problema do aquecimento de outras mudanças climáticas.

O secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, destacou em coletiva à imprensa que o uso de energias limpas, como o biodiesel, e o incentivos ao uso de fontes alternativas de energia elétrica são alguns programas que demonstram a preocupação do país com os resultados dos estudos.

Outras medidas que o governo brasileiro também vem adotando são a queda nas emissões e a redução em mais de 50% do desmatamento da Amazônia nos dois últimos anos, que teria evitado a emissão de cerca de 430 milhões de toneladas de gás carbônico. A criação de novas unidades de conservação federal, que já superam 50 milhões de hectares, também foi uma das medidas destacadas por Capobianco.

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Comissão Nacional de Biodiversidade analisa pesquisas sobre mudanças climáticas

Ana Paula Marra - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) se reúnem amanhã (27), às 14 horas, no auditório do ministério, para participar da reunião da Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio). Durante o encontro, vão analisar os resultados preliminares de oito pesquisas sobre mudanças climáticas e efeitos sobre biodiversidade.

As pesquisas trazem informações sobre possíveis cenários nos próximos 100 anos e apresenta indicadores para aferir com maior sensibilidade as mudanças climáticas. Os estudados, realizados de 2004 a 2006, foram selecionados pelo ministério por meio de cartas-consulta, em atendimento à determinação da Conabio.

Segundo a assessoria de imprensa do MMA, o incentivo permanente do conhecimento científico possibilita ao governo elaborar políticas públicas adequadas para enfrentar os problemas relacionados ao meio ambiente.

Os trabalhos tiveram como principal financiador o Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio) e foram elaborados por mais de uma dezena de instituições de pesquisado país.

Plano de combate a mudanças climáticas pode ser necessário, prevê ministra

Irene Lôbo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, divulga os resultados preliminares de oito estudos sobre mudanças climáticas e os efeitos sobre a biodiversidade brasileira.

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente divulgou hoje (27) um conjunto de estudos sobre o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas brasileiros.

O levantamento revela perspectivas preocupantes de aumento no nível do mar e da temperatura média do país. Depois de apresentar os dados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o governo planeje suas políticas considerando os diferentes cenários, utilizando as informações e a tecnologia atualmente disponíveis.

Ela sugeriu a união de diferentes setores do governo para atuar no problema do aquecimento global, a exemplo do que teria ocorrido em relação ao desmatamento da Amazônia.

"Advogo que se faça algo semelhante ao que fizemos em relação ao desmatamento da Amazônia. Nós fizemos um plano de prevenção e combate ao desmatamento da Amazônia e talvez tenhamos que fazer o mesmo em relação à questão das mudanças climáticas”, afirmou a ministra.

Ao todo, foram divulgadas hoje oito pesquisas sobre mudanças climáticas e seus efeitos sobre a biodiversidade brasileira. Realizado pelo cientista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um dos estudos mostra que Amazônia e Pantanal são as regiões mais vulneráveis do país à mudança de clima. O Semi-Árido é a região onde a população estará mais sensível às mudanças climáticas.

Em relação ao nível do mar, o estudo observou uma tendência de aumento do nível do mar da ordem de 40 centímetros por século ou quatro milímetros por ano. As conseqüências desse possível aumento poderão atingir as cidades litorâneas e 25% da população brasileira, ou seja, 42 milhões de pessoas que vivem na zona costeira, sendo que a cidade do Rio de Janeiro é uma das mais vulneráveis, juntamente com a Ilha do Marajó.

Em relação à temperatura, a pesquisa diz que o aumento da temperatura média no ar pode chegar até 4 graus acima da média em 2100, sendo que na Amazônia a temperatura pode subir até 8 graus. O estudo fala ainda da probabilidade de maior redução de chuvas na Amazônia e no Nordeste.

Temperatura média na Amazônia pode aumentar até 8 graus neste século

Irene Lôbo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ele é autor da pesquisa "Mudanças Climáticas e seus Efeitos sobre a Biodiversidade Brasileira", divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente
Brasília - A temperatura média do ar no Brasil poderá aumentar ainda neste século de 25 graus (média entre 1961 e 11000) para 28,9 graus, em um cenário de altas emissões de dióxido de carbono, e para 26,3 graus, em um cenário de poucas emissões de CO².

Na Amazônia, o aumento médio pode ser pior, variando de 3 a 8 graus a mais, no cenário mais pessimista possível.

Os dados estão no estudo Mudanças Climáticas e seus Efeitos sobre a Biodiversidade Brasileira, do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) José Marengo. A pesquisa foi divulgada hoje (27) pelo Ministério do Meio Ambiente, juntamente com mais sete estudos sobre as conseqüências das mudanças climáticas no país.

Ao analisar os números, o pesquisador considerou dois cenários extremos. O primeiro é totalmente pessimista, ou seja, considera que nada será feito pelo país para diminuir as causas do aquecimento global. O segundo cenário é absolutamente otimista, ou seja, tudo será feito para melhorar o quadro.

Com base nesses parâmetros, no Nordeste, os aumentos seriam entre 4 graus e 2,2 graus; no Pantanal, 4,6 graus e 3,4 graus; e na região Sul, mais especificamente na Bacia do Prata, de 3,5 graus e 2,3 graus, respectivamente.

Segundo o estudo, essas mudanças climáticas poderão alterar a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas. Pode haver perda de espécies animais e vegetais, causadas por alterações das rotas migratórias (no caso das aves, por exemplo) e nas mudanças nos padrões reprodutivos das espécies.

Um outro temor expresso na pesquisa é de que a capacidade de absorção de carbono das florestas tropicais diminua com o tempo. Neste caso, florestas como a Amazônia deixariam de funcionar como eliminadoras de carbono e passariam a ser fonte de emissão de gás.

“O que se pode esperar biologicamente é que o sistema amazônico como é agora pode mudar. Se o clima mudar, a biodiversidade pode ser impactada, possivelmente outras biodiversidades podem mudar e podemos ter situações mais freqüentes, como a seca de 2005”, afirmou Marengo.

O estudo também traz a informação de que as mudanças climáticas deverão facilitar a reprodução de insetos transmissores de doenças, aumentando a incidência de doenças como malária, dengue, febre amarela e encefalite. A redução de chuvas e o aumento dos incêndios florestais causaria mais doenças respiratórias e as pessoas também morreriam mais por causa das ondas de calor, especialmente crianças e idosos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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