01/03/2007
- Rafael Imolene - Representantes do governo
angolano se reuniram nesta segunda-feira (26)
com o secretário-executivo do Ministério
do Meio Ambiente, Claudio Langone, em um esforço
para estreitar a cooperação
na área ambiental entre os países
do Hemisfério Sul. A reunião,
realizada no edifício-sede do MMA,
em Brasília, teve como foco o tema
educacional e a integração dos
países de Língua Portuguesa.
De acordo com Langone, representando
a ministra Marina Silva, a agenda ambiental
está muito restrita à relação
bilateral entre os países do Hemisfério
Norte e do Hemisfério Sul. "Isso
precisa mudar. Devemos investir mais na interação
Sul-Sul. Temos muitos conhecimentos para compartilhar",
disse. "Inclusive os países do
nosso Hemisfério têm condições
de propor ajuda aos vizinhos do Norte, mas
só tem acontecido o contrário.
O biodiesel é um exemplo da nossa capacidade
de gerar tecnologia própria",
afirmou o secretário-executivo.
Participaram da reunião
representantes dos Ministérios da Educação
do Brasil e de Angola, bem como autoridades
do Ministério da Saúde do país
africano e o ministro conselheiro da Embaixada
de Angola no Brasil, Oliveira Francisco Encoge.
"Angola é um país jovem
e estamos iniciando os programas ambientais.
A cooperação brasileira é
muito importante nessa fase inicial",
afirmou Encoge.
A chefe do Departamento
de Educação e parceria Ambiental,
Joaquina Braz Gaetano, do Ministério
do Urbanismo e Ambiente de Angola, ressaltou
ser necessário investir nas novas gerações.
"Além de conscientizar os adultos,
estamos preparando os jovens angolanos a pensarem
no desenvolvimento sustentável",
disse. A reunião marcou o início
dos trabalhos integrados entre autoridades
dos dois países, que continuarão
pelos próximos dias.
A Angola, localizada na
costa oeste africana, integra a Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa.
Era uma colônia de Portugal até
1975, quando conquistou a independência
em meio a uma guerra civil iniciada em 1971
e encerrada apenas em 2002. O país
está dividido entre uma faixa costeira
árida, que se estende desde a Namíbia
até a capital Luanda, um planalto interior
úmido, uma savana seca no sul e uma
floresta tropical ao norte. Importantes afluentes
do rio Congo têm suas nascentes em território
angolano.
MMA apóia
educação ambiental em Moçambique
01/03/2007 - Gerusa Barbosa
- Um acordo de cooperação técnica
entre Brasil e Moçambique está
em construção para o fortalecimento
da educação ambiental. Os termos
preliminares da proposta foram apresentados
nesta quinta-feira (1) pelo diretor de Educação
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente,
Marcos Sorrentino, que participa de missão
brasileira na capital moçambicana,
Maputo. Além do acordo, que prevê
a elaboração do Programa Nacional
de Educação Ambiental de Moçambique,
o MMA também está articulando
a expansão da Rede de Salas Verdes
nos países lusófonos e mobilizando
cidadãos da região para uma
ação unificada que auxilie no
enfrentamento das mudanças climáticas.
A missão brasileira,
que iniciou visita a Moçambique no
dia 26 de fevereiro, encerra suas atividades
nesta sexta-feira (2). A iniciativa conta
com a participação de vários
técnicos do governo brasileiro e moçambicano,
que buscam definir acordos de cooperação
na formação de gestores e lideranças
socioambientais em educação
ambiental. Outras áreas estão
previstas para inclusão no acordo,
como mobilidade urbana, fruticultura e horticultura,
construção de cisternas, alternativas
de recursos hídricos, entre outras.
Esta é a primeira
etapa da missão brasileirapara Moçambique,
organizada pela Agência Brasileira de
Cooperação do Ministério
das Relações Exteriores.