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BRASIL, EUA, CHINA, ÁFRICA DO SUL, ÍNDIA E EU LANÇAM FÓRUM DE BIOCOMBUSTÍVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

2 de Março de 2007 - Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A criação de um mercado internacional para biocombustíveis como o álcool e o biodiesel deu um novo passo. Brasil, África do Sul, China, Estados Unidos, Índia e a União Européia anunciaram hoje (2) a criação do Fórum Internacional de Biocombustíveis.

O lançamento ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos. Segundo o Ministério das Relações Exteriores brasileiro, o objetivo do fórum é aumentar a eficiência na produção, na distribuição e no consumo dos biocombustíveis em escala mundial.

Durante um ano, os integrantes do fórum vão discutir medidas para ampliar a produção dos biocombustíveis sem destruir o meio ambiente nem comprometer a produção de alimentos. Além disso, os países vão trabalhar em conjunto para que os combustíveis feitos a partir de vegetais, como cana-de-açúcar, milho, soja ou mamona, sejam cada vez mais utilizados em todo o planeta.

O fórum também ajudará a organizar a Conferência Internacional de Biocombustíveis, que deverá ocorrer no Brasil em 2008. “O biocombustível é uma fonte de energia mais limpa, barata e que gera renda no campo”, explicou o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, Antonio Simões, em entrevista à Agência Brasil, direto de Nova York. “O mundo precisa diversificar a matriz energética para reduzir a dependência em relação ao petróleo.”

Segundo o Balanço Energético do Ministério de Minas e Energia de 2006, 44,7% da energia produzida no Brasil provém de fontes renováveis, que incluem, além do etanol e do biodiesel, as usinas hidrelétricas. A média mundial, conforme o mesmo balanço, está em torno de 15%.

Para Simões, a união de esforços será importante para ampliar a participação dos biocombustíveis na matriz energética mundial. “Enquanto a produção de petróleo se concentra em 15 países, existem mais de 120 países com potencial para explorar o biocombustível”, estima. “Essa será a verdadeira democratização da energia.”

Inicialmente, vão ser criados dois grupos de trabalho. Um deles discutirá a troca de informações sobre pesquisas científicas e inovações tecnológicas no desenvolvimento de biocombustíveis.

O outro grupo definirá especificações mínimas para a comercialização desses produtos no mercado internacional. “Atualmente, o Brasil, a União Européia e os Estados Unidos têm padrões diferentes para definir a qualidade do biocombustível”, afirma Simões. “É necessário chegar a um denominador comum para que esses combustíveis possam, por exemplo, ser negociados nas bolsas de valores.”

O diretor do Departamento de Energia do Itamaraty negou que o Fórum Internacional dos Biocombustíveis vá exercer o mesmo papel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), entidade que reúne os maiores produtores de petróleo para regular os preços. “A gente chegou a ser injustamente apelidado de a Opep do Etanol”, reclamou Simões. “É importante esclarecer que o fórum, diferentemente da Opep, reúne tanto os países produtores como alguns dos maiores consumidores de biocombustível”, salienta o diplomata.

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Biocombustível, educação e saúde são temas de acordo entre África e Brasil

Bárbara Lobato - Da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Comissão da União Africana, Alpha Conaré, com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante entrevista no Itamaraty.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o presidente da União Africana, Alpha Conaré, assinaram hoje (28) um acordo para estimular o progresso socioeconômico do Brasil e da África. Está previsto no acordo a cooperação nas áreas de agricultura, saúde, educação, desenvolvimento econômico, meio ambiente e energia. Um dos primeiros passos será um seminário, em maio, para discutir propostas de produção do biocombustível.

A importância econômica do continente africano para o Brasil foi destacada por Amorim. Segundo ele, os países da África importam mais de US$ 7 bilhões em produtos brasileiros. O valor é o dobro das importações de países como Inglaterra, Itália e França.

Segundo Amorim, a África é tida como uma das prioridades para o governo brasileiro desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o início do governo, o presidente já visitou 17 países africanos.

O ministro acrescentou que a proximidade entre o Brasil e os países africanos é um a passo a mais para estimular o progresso socioeconômico. “Todos sabem o entusiasmo do presidente [Lula] nesta área e de como a produção pode gerar empregos urbanos e na agricultura familiar”, destacou. “O mecanismo de consultas políticas entre o Brasil e a África é muito presente".

O presidente da União Africana ressaltou que o desenvolvimento do continente não depende da participação um país, mas de todos. “Nós precisamos de parceiros mais engajados para gerar paz e segurança em todo o continente”. Ele acrescentou que em um futuro próximo, daqui a 30 anos, a África vai ter a população ativa mais jovem do mundo. “O que nós precisamos é da atuação da democracia. Isso vai abrir as portas do país para o mercado do mundo”.

Conaré defendeu a proposta de Brasil, Japão, Índia e Alemanha (países conhecidos como G4). As quatro nações querem ser admitidas como membros permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). “Estamos em fase de discussão e só há propostas. É preciso continuar nesta discussão para iniciar um processo de negociação”, concluiu.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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