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GUEDES DIZ QUE BRASIL CONTRIBUI DE FORMA EFETIVA PARA A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

O Brasil é uma das nações que mais contribuem no mundo para a preservação ambiental, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, ao participar da abertura do seminário Mudanças Climáticas Globais e seus Efeitos na Agricultura, Recursos Hídricos e Saúde Pública, na sede do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “A nossa matriz energética é extremamente conservacionista”, afirmou, ao destacar o forte emprego de fontes limpas no País, como a hidreletricidade e o álcool. “Portanto, não podemos aceitar que queiram nos responsabilizar pelo aumento da emissão de gases no planeta.”

Guedes ressaltou que o mundo está sentindo hoje os efeitos de um processo cumulativo da emissão de gases provocado pelo uso em larga escala de energia fóssil, como o petróleo e o carvão. “Os grandes responsáveis pela questão climática são os países desenvolvidos, que agora devem contribuir com os custos das ações de preservação ambiental.” Essas economias, acrescentou, precisam se comprometer efetivamente em reduzir a poluição global. “O Brasil, por exemplo, é signatário do Protocolo de Kyoto - tratado internacional que prevê a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa -, mas nem todos quiseram assinar o documento.”

O ministro reafirmou também que o governo brasileiro tem consciência da importância de tomar medidas da preservação ambiental. Segundo ele, os ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Saúde, entre outros, estão empenhados em implementar políticas públicas que busquem a sustentabilidade dos recursos, contribuindo para reduzir a degradação do planeta. “Por isso, apoiamos a realização de encontros como este, que servem para incentivar o diálogo e a cooperação, a fim de que possamos oferecer informações qualificadas à sociedade.”

Ao reforçar a necessidade de qualificar o debate, Guedes lembrou que o Brasil é um dos países que mais preservam as suas florestas originais. “Temos 69,4% de nossas florestas originais preservadas. Enquanto isso, a Europa só tem 0,3%, a Ásia, 6%, a África, 8%, a América Central, 10% e a América do Norte, 32%.” Os dados fazem parte de estudo encomendado pelo ministro à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tomou como referência para o levantamento um período de oito mil anos.

“É óbvio que entendemos a preocupação com o desmatamento na Amazônia, que teve uma redução nos últimos dez anos graças às ações do governo brasileiro. No entanto, não podemos aceitar que queiram nos responsabilizar pela devastação das florestas”, comentou Guedes. De acordo com ele, a agricultura nacional também não pode ser apontada como vilã na questão ambiental. “Nos últimos 15 anos, nossa produção mais do que duplicou, enquanto a área plantada cresceu cerca de 25%. Esse aumento resultou dos ganhos de produtividade, e não da expansão da área cultivada. Hoje, podemos duplicar a nossa safra agrícola sem derrubar uma árvore sequer.”

Ele enfatizou ainda que o uso de álcool combustível ajuda a reduzir os danos ambientais. Atualmente, mais de 40% da frota brasileira de veículos leves usa etanol. “Isso dá uma extraordinária contribuição à redução da emissão de gases.” Assinalou também que o País produz e utiliza biocombustíveis. Nos próximos anos, deve aumentar a utilização de biocombustíveis no Brasil, o que ajudará ainda mais na preservação do planeta.

O seminário foi promovido pelo Inmet em parceria com o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe/CPTEC), Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMet), Agência Nacional das Águas (ANA) e a Universidade de São Paulo (USP).

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CONSÓRCIO GLOBAL IRÁ MAPEAR SOLOS EM TODO O PLANETA E LANÇARÁ DADOS EM INTERNET

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), participará de um consórcio global de instituições de pesquisa e universidades que visa mapear as propriedades dos solos em todo o planeta. Risco de erosão, estoque de carbono orgânico (que combate o efeito estufa), disponibilidade de nutrientes e água, entre outras, são algumas das propriedades que serão identificadas.

O projeto, cuja primeira etapa vai durar cinco anos, pretende mapear algumas dessas propriedades para 80% do mundo, numa resolução espacial de 90m x 90m e poderá ter entre seus patrocinadores a fundação do presidente da Microsoft, Bill Gates.

Ao final desse período, será lançado um banco de dados georeferenciado de solos na internet, acessível a qualquer usuário, que facilitará a tomada de decisões em nível local, regional e global.

A demanda surgiu durante o “2nd Global Workshop on Digital Soil Mapping”, realizado pela Embrapa Solos (Rio de Janeiro/RJ) no ano passado. Na ocasião, 80 cientistas de 17 países se reuniram para apresentar e discutir as inovações tecnológicas do Mapeamento Digital de Solos. No entanto, a iniciativa de se montar um consórcio só tomou corpo meses depois, durante uma reunião de cientistas de vários países na Columbia University, Nova York, em dezembro passado.

Na ocasião, foram discutidas a metodologia a ser adotada, a composição e o estabelecimento do consórcio global, além da preparação das bases para a elaboração de uma primeira proposta para arrecadar fundos para a realização desse ambicioso projeto. “Representantes da fundação Bill e Mellinda Gates participaram desta reunião e demonstraram grande interesse pelo projeto. Estamos otimistas de que conseguiremos apoio financeiro deles”, aposta a pesquisadora da Embrapa Solos, Maria de Lourdes Mendonça, coordenadora do 2nd Global Workshop on Digital Soil Mapping e representante da Embrapa nas discussões sobre o futuro Consórcio.

O consórcio será formado por um Comitê Gestor contratado (Overall Manager) e cinco grupos, sendo um em cada parte do globo: América do Norte, América do Sul (sob a responsabilidade do International Center of Tropical Agriculture - CIAT - e Embrapa), Ásia/ Oceania, Europa e África.

Foram escolhidos na reunião de NY diferentes ecossistemas do mundo como unidades-piloto para esse mapeamento:

* Propriedades do solo relacionadas à erosão e degradação ambiental dos Cerrados no Brasil;

* As propriedades dos solos relacionadas à sustentação da produtividade no cinturão de produção de milho, nos Estados Unidos;

* Propriedades dos solos relacionados à poluição ambiental na Escandinávia e talvez na região do Mediterrâneo, na Europa;

* Propriedades relacionadas à hidrologia dos solos na Bacia de Murray Darling, na Austrália;

* Propriedades de solos para a segurança alimentar na bacia do Lago Vitória, na África.

“A nossa participação teve, desde o primeiro momento, o apoio da Diretoria Executiva da Embrapa e traz como êxito para a Empresa sua inclusão no consórcio global como co-responsável, juntamente com o CIAT, pela recuperação e organização dos dados para o mapeamento das propriedades e funções dos solos da América Latina, assim como a inclusão do bioma Cerrados na primeira parte do Projeto”, afirma a pesquisadora Maria de Lourdes.

No momento, a proposta inicial está sendo escrita pelos participantes do consórcio e outras deverão ser apresentadas às instituições de financiamento da pesquisa científica nos países participantes do consórcio.
Elisângela Santos

 
 

Fonte: Ministério da Agricultura (www.agricultura.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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