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OPERAÇÃO ANANIAS DESARTICULA QUADRILHA NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

Brasília/DF (02/03/07) – A primeira grande operação conjunta Ibama e Polícia Federal deste ano, deflagrada na manhã de hoje, desmontou quadrilha que atuava na exploração ilegal de madeira na região de Altamira, no Pará. Ao todo, são 37 mandados de prisão expedidos contra madeireiros, despachantes e servidores públicos – seis do Ibama e seis das Secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam) e de Fazenda (Sefa) do Pará - e 44 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos nos municípios de Uruará, Belém, Altamira, Porto de Moz e Santarém.

A mansão em que morava um dos despachantes presos por envolvimento no esquema está avaliada em R$ 1 milhão. De Altamira, de onde acompanhou pessoalmente as prisões, o presidente do Ibama, Marcus Barros, ressaltou o sucesso da Operação Ananias. Segundo ele, até o meio da tarde de ontem, haviam sido presos 25 acusados das fraudes.

Os seis servidores do Ibama serão afastados e responderão a Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a ação desses servidores federais e dos estaduais corruptos representa “um estrago grande”, pois atuam de dentro da estrutura do Estado. Mas ressaltou que, em compensação, servidores comprometidos com a ética e a moral têm ajudado a desmontar as quadrilhas. “É com estes que temos contado.” Outras operações também tiveram como ponto de partida denúncias de servidores.

A ação, batizada de Operação Ananias, é executada por 150 policiais federais e teve início há sete meses quando um servidor do Ibama denunciou três colegas de serviço por recebimento de propina aprovação de Planos de Manejo Florestável Sustentável (PMFS) e liberação de Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF). As provas contra os acusados foram obtidas por meio de escutas telefônicas gravadas pela Delegacia da Polícia Federal de Altamira. Especialistas da Procuradoria Geral Especializada (Proge) e da Diretoria de Florestas do Ibama (Diref) ajudaram na investigação.

DOF - O esquema de corrupção ocorreu no período de transição da ATPF para o novo sistema de controle eletrônico do fluxo de produtos florestais, o Documento de Origem Florestal (DOF). Madeireiros e despachantes tentavam lançar falsos créditos no DOF com o fim de “esquentar” madeira explorada ilegalmente existente nos seus pátios. Servidores do Ibama de Altamira e de Santarém, que deveriam verificar se a declaração de estoque era compatível com as autorizações para desmatamento e os planos de manejo, negligenciavam a tarefa. Também recebiam propina para vazar informações sobre fiscalizações.

O diretor de Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, destaca que “as tentativas de fraudes do DOF são detectadas imediatamente pelo Núcleo de Gestão do Sistema DOF e as informações repassadas à Polícia Federal em tempo real, o que abrevia de forma significativa a investigação”. Antes as investigações levavam até dois anos para serem concluídas e agora, em média, sete meses.

Hummel avalia que a modernização dos sistemas florestais, as mudanças na legislação e os processos administrativos têm levado a melhorias importantes na eficiência/eficácia dos sistemas florestais do país. Somente no estado do Pará, 664 empresas caíram na “malha fina” do DOF e foram impedidas de continuar a operar. Elas representam 30% das empresas cadastradas no estado. Essa ação evitou o transporte ilegal de 180 mil metros cúbicos de madeira por mês ( 9.150 caminhões carregados), e de 197 mil metros cúbicos de carvão (3.940 caminhões carregados).

Servidor punido

A Operação Ananias é a primeira grande operação do Ibama e Polícia Federal depois da implementação do DOF. Ela faz parte do conjunto de medidas implementadas pelo Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia. É a 18ª desde 2003,quando foi realizada a primeira, a Operação Setembro Negro, em Rondônia. Em 2005, foram deflagradas seis operações e, no ano passado, 10 operações.

Ao todo, são 500 prisões, sendo 361 empresários, advogados e lobistas, 113 servidores do Ibama, 23 servidores públicos estaduais e 3 policiais rodoviários federais. Nesta gestão, 46 servidores do Ibama envolvidos com corrupção já foram demitidos em contraste com os dez punidos, desde a criação do instituto em 1989 até 2002.

O nome da Operação Ananias faz referência à passagem do livro bíblico de Atos dos Apóstolos, na qual um casal de discípulos vendeu uma propriedade e reteve parte do dinheiro. Ao serem indagados pelo apóstolo Pedro a respeito da venda, Ananias e Safira alegaram que tinham entregue toda a soma recebida. Da mesma forma, agiam despachantes envolvidos no esquema, ficando com parte da propina que deveriam pagar a servidores para manter o esquema de corrupção.

A seguir lista dos despachantes, madeireiros e servidores presos pela Polícia Federal durante a Operação Ananias, deflagrada hoje em várias cidades do Pará. Os envolvidos com mandados de prisão expedidos pela Justiça e que não foram presos já estão sendo considerados foragidos pela PF.

ALTAMIRA
Presos
Chester Gomes Pedro
Vanecia de Souza Silva
Anabel Guimarães Poulbel
Iacy Braga da Silva Corrêa
Luiz Cláudio Pereira Corrêa
Carlos Renato Leal Bicelli
Erivaldo Frencelino Viana
Guiomar Lea Lopes Barbosa

Foragidos
Adeilson Bezerra Aguiar “Ticano”
Raimundo Adalberto Silva Queiroz
Francisco de Assis Germano
Breno Cecim Bicelli
Darlene Gomes Pedro

Belém
Presos
Rosarinha Lacerda do Nascimento
Alexandra Simone Santos de Almeida
Audiléia Cabral de Souza
Ivan da Costa Lobato Junior
Maria do Socorro de Jesus Cruz
Anísio Teófilo
Newton Carlos Ricker

Placas
Idelfonso Mattos Netto (preso)

Porto de Moz
Ivair de Lima Pontes (foragido)

Itaituba
Admar Pimentel Rocha (preso)


Santarém
Raimundo Nonato Souza Casto (foragido)
Presos
Ramádio Alves Lima
Aldo Figueira Barbosa
Adinor Willian Mota Vinhote
José de Souza Pinto

Uruará
Presos
Euripedes Almeida Guimarães
Cícero Veloso de Carvalho
Reinaldo Lucas Cajaíba
José Algusto da Costa
Foragidos
Adeilson Belém Gama
Nelson Honedes da Silva
Tânia Bento
Ibama/Sede

Operação Quaresma do Ibama e BPA embarga Siderúrgica no Pará

Belém (02/03/07) - A Operação Quaresma do Ibama embargou e multou uma siderúrgica em Marabá, sudeste do Pará, por não ter Licença de Operação (LO) e apreendeu mais de três mil metros cúbicos de madeira tora/serrada em Paragominas, leste do estado, sete caminhões com carvão vegetal, sendo: cinco da siderúrgica Usimar e dois da siderúrgica Sidenorte e cinco tratores presos.

A operação gerou multas de sete milhões de reais, sendo cinco milhões pelo embargo da siderúrgica e dois milhões de reais pela apreensão de madeira em tora e serrada.

Existe cerca de 100 caminhões parados em frente às siderúrgicas e o Ibama está aguardando seus motoristas aparecerem para poder efetivar a apreensão. A equipe de fiscalização já solicitou a presença de um guincho para recolher os caminhões.

A operação Quaresma efetivada pelo Ibama com apoio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) iniciou dia 21 (quarta) de fevereiro do corrente e terá duração de quarenta dias nas regiões leste e sudeste do Estado do Pará, Norte do País.

A ação do Ibama e do BPA visa coibir desmatamento ilegal,extração e transporte ilegal de madeira, produção clandestina de carvão vegetal e fiscalizar as atividades das indústrias siderúrgicas em Marabá.
Edson Gillet Brasil

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Madeira é apreendida em madeireira de Goiânia

Goiânia (02/03/07) - Em continuidade às ações de coibição do transporte e do comércio irregular de produtos e subprodutos florestais advindos da Região Amazônica, a Superintendência do Ibama em Goiás deflagrou, no mês passado, bloqueios rodoviários, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e também vistorias intensivas nas madeireiras do estado para checagem dos estoques nos pátios e adequação das mesmas ao novo sistema DOF- Documento de Origem Florestal.

Nos últimos 30 dias foi apreendido nas rodovias e em pátios de empresas madeireiras um montante de 250 m³ de madeiras oriundas da Floresta Amazônica. Na quarta-feira (28), em uma madeireira em Goiânia foram apreendidos 183 m³ de castanheira, árvore especialmente protegida, sendo lavrados autos de infração que somam quase R$ 100 mil reais em multas.

Os envolvidos serão auditados pelo Ibama e investigados pela Delegacia Estadual de Meio Ambiente (DEMA) e Polícia Federal. A Secretaria de Estado da Justiça (antiga Agência Prisional) ficou como fiel depositária da madeira apreendida.
Mirza Nóbrega.

Goiás doa madeiras para obra social

Goiânia (02/03/07) - A Superintendência do Ibama em Rio Verde/GO, atendendo a solicitação da Vila Educacional Nova Esperança (VENE), doou madeira cerrada, “tipo canelão”, para serem usadas na construção de abrigo para ovelhas, cercas para divisão e piquetes para rotação de pastagem.

A Vila funciona em uma chácara de quatro alqueires (20 hectares) e tem por finalidade socorrer crianças e adolescentes carentes, que abandonados pelos pais são abrigados em casas-lares, tendo o convívio diário com casais monitores em cada residência, onde se vive a rotina de uma família, como pais e filhos.

Os menores abrigados recebem suporte profissional, visando o desenvolvimento de suas potencialidades para o trabalho e auto-suficiência para quando deixarem a instituição. A VENE recebe crianças de 07 a 12 anos que ali permanecem até os 18 anos, estudando em escola rural, além de aprenderem inglês, música, esporte e habilitação profissional. O Ibama sente-se honrado em contribuir com a busca de maior sustentabilidade social e ambiental. O Presidente da VENE, André Lutero Jennings declara que “a doação ajudou a concretizar um sonho de criar ovinos”, conforme consta no ofício de agradecimentos ao Ibama.

A Instrução Normativa nº. 57, de 13 de dezembro de 2004, que disciplina os procedimentos e critérios para alienação de produtos e subprodutos perecíveis da fauna, flora e dos recursos pesqueiros apreendidos pelo Ibama e órgãos conveniados, propiciou mais uma forma de cumprimento do papel social da Instituição, dinamizando a destinação de bens apreendidos, como madeira, que passaram a ser doadas para obras de interesse social
Mirza Nóbrega

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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