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PRESIDENTE DA FUNAI DEFENDE GOVERNO DE ACUSAÇÃO DE ÍNDIOS DE RORAIMA NA OEA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

2 de Março de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, defendeu nesta semana a atuação do Brasil na implementação da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. Ele representou o país em uma audiência com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O Conselho Indigenista de Roraima (CIR) denunciou o Brasil à comissão há cerca de dois anos, ainda antes da homologação da reserva, ocorrida em 2005. Na época, o CIR pedia a homologação do território. A entidade não retirou a reclamação, mas mudou o foco. Hoje, a principal reivindicação é a retirada de não-índios da região. Na representação que fez à OEA, o conselho alega o não cumprimento, pelo governo federal, do cronograma de desocupação do território.

A advogada do conselho, Joênia Wapixana, disse, em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia, que relataria na audiência a situação atual da reserva. “Viemos falar sobre a urgência no trato das violações aos direitos humanos, que ainda persistem, sobre a implementação eficaz do decreto de homologação da reserva, que depois de um ano não tem resultado efetivo, e sobre a retirada dos ocupantes, principalmente, dos rizicultores, o que tem propiciado conflitos, danos ambientais e exploração da terra indígena”, afirmou.

Para o presidente da Funai, o Brasil tem tomado ações efetivas para garantir a implementação da terra indígena. Segundo Gomes, 80% dos intrusos já foram retirados da área, suas indenizações já foram pagas e estudos são realizados para acompanhar a desocupação da reserva.

O avanço na situação de Raposa desde a homologação foi positivo, de acordo com ele. “Em um prazo de um ano e meio de um processo tão crítico como o da Raposa Serra do Sol, houve avanço bastante grande. Não há nenhuma razão para a OEA recepcionar a petição do CIR quanto mais para o Brasil ser condenado.”

A terra indígena Raposa Serra do Sol tem uma área de 1, 74 milhão de hectares e é habitada por cerca de 18 mil índios de cinco etnias.

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País tem índios preparados para ocupar cargos públicos, avalia presidente da Funai

4 de Março de 2007 - Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Brasil tem indígenas em condições de ocupar cargos públicos, avalia o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) , Mércio Pereira Gomes. “Acho que muitos indígenas têm uma vivência urbana e política que lhes deu experiência de relacionamento com o poder central brasileiro e com a imagem da Funai”, comentou, ao ser perguntado sobre a eventualidade de um índio assumir a presidência do órgão federal, a exemplo do que ocorre em outros países.

Ele disse que isso exigiria, entre outras qualidades, uma boa relação com a Funai, o Ministério da Justiça, as empresas e a mídia.

“Eu desejo que o próximo ministro da Justiça, antes de nomear um novo presidente da Funai, venha dialogar, ver o que é a Funai, e até recepcionar lideranças indígenas para que se possa ganhar confiança dos povos e dar seqüência ao trabalho”, disse Gomes, na entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, na última sexta-feira (2). E acrescentou: “Pelo consistente crescimento demográfico das populações e pela consolidação dos territórios, o próximo presidente da Funai terá mais espaço para concluir o processo de demarcação de terras”.

Mércio Pereira Gomes apontou três recomendações para melhorar o desempenho da fundação nos próximos anos: fazer plano de carreira para os funcionários, abrir concurso público e duplicar o orçamento.

“Essas três condições são fundamentais para que a Funai continue ao lado dos índios e continue assegurando todas as questões que lhe cabe.”

Gomes informou que elaborou um relatório com um diagnóstico sobre a situação da Funai, os principais entraves à atuação da instituição e sugestões para melhoria do trabalho desenvolvido. O documento deve ser enviado aos Ministérios da Justiça e do Meio Ambiente e à Casa Civil.

Aldeia xavante faz troca de alimentos por meio de programa de produção agroecológica

José Carlos Mattedi - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Cacique Isaías Powé, de aldeia Xavante, participa da apresentação de resultados do projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável em aldeias indígenas e áreas de sem-terra e quilombolas
Brasília - O projeto da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), apresentado hoje (26), atende a aldeia indígena de São Pedro, no município de Campinápolis, em Mato Grosso. Levado à comunidade há pouco mais de um ano, o projeto foi bem recebido e tem ajudado no combate à fome e, por conseguinte, evitado a mortalidade infantil – um dos maiores problemas na região.

Segundo o cacique Izaías Powé, o Pais tem assegurado alimentos de qualidade à aldeia, inclusive trazendo produtos poucos conhecidos pelos indígenas. Agora, prossegue Powé, a comunidade não tem apenas a mandioca para o seu sustento, mas também hortaliças e legumes que tem enriquecido o cardápio diário da aldeia xavante.

O modelo tem evitado doenças, mortes e problemas como a inanição, afirma o cacique. “Melhorou a nossa saúde. Diminuiu a morte de crianças, jovens e adultos”, ressalta para completar em seguida: “O importante é que nossos corpos se fortalecem com esses legumes e verduras. E não precisamos consumir produtos da cidade”.

O País tem beneficiado 480 pessoas em sua comunidade. O projeto nasceu da parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Fundação Banco do Brasil e Ministério da Integração Nacional.

Um dos maiores entusiastas do projeto é o ator Marcos Palmeira, um militante de lutas em defesa da produção orgânica no país. Ele ajudou a levar o modelo para a aldeia Xavante, que já conhecia desde 1979 e onde morou por três meses.

"O projeto, além de dar sustentabilidade aos índios, resgata uma cultura antiga na produção de alimentos. No ano passado, não tivemos morte de crianças na aldeia. Isso mostrou que a base de alimentação deles melhorou com a entrada de outros nutrientes, não apenas o amido. Cenoura e beterraba, por exemplo, eles não conheciam”, conta Palmeira.

Para o ator, o País é atualmente o projeto rural “mais concreto” para amenizar a desigualdade social no campo, dando condições para que o produtor rural produza sua própria cesta básica, vendendo o excedente e gerando renda.

Universidade pública do Paraná tem 45 índios aprovados no vestibular

Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Curitiba - No Paraná, o ano letivo tem início com 45 índios aprovados num vestibular específico realizado em dezembro na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foram 164 candidatos inscritos, oriundos de diversas tribos brasileiras. As inscrições foram gratuitas e a Fundação Nacional do Índio (Funai) viabilizou o transporte. Alimentação e despesas de acomodação foram pagas com recursos da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação e do Ministério da Cultura.

Segundo o professor Eduardo Harder, da Comissão Universidade para os Índios (CUIA), durante todo o período de estudos os alunos das universidades estaduais receberão uma bolsa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no valor de R$ 350.

Na UFPR, a bolsa é de R$ 210,00 complementados pela Funai, totalizando R$ 840,00. Dos sete indígenas da universidade, apenas dois são do Paraná, outros dois vieram de tribos de Santa Catarina, um de Roraima, um do Rio Grande do Sul e o outro de São Paulo. Nas universidades estaduais todos são paranaenses, pois conforme explicou o professor, apenas a UFPR pode, de acordo com o regulamento, admitir povos de outros estados.

Atualmente, as universidades do Paraná têm 78 acadêmicos indígenas matriculados. O vestibular específico para os povos indígenas no Paraná é realizado desde 2002, numa iniciativa do governo estadual, através da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Projeto de recuperação de áreas degradadas no Rio Xingu entra na terceira fase

Roberta Lopes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A terceira etapa do projeto de recuperação de áreas de preservação permanente e bóias práticas agropecuárias na Bacia do Xingu já está sendo implantada. A informação foi dada pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio Ambiente Ladislau Araújo Skorupa.

O projeto foi lançado em agosto do ano passado na cidade de Querência, em Mato Grosso.

A etapa atual consiste na instalação de 14 unidades demonstrativas em fazendas da região mato-grossense onde o projeto está sendo implementado. “As unidades são áreas que os produtores, técnicos e estudantes podem visitar no campo, ver as tecnologias implantadas e obter informações que possam ser adotadas em outros lugares”, expkocu Skorupa.

Ele destacou outro ponto do projeto, que será trabalhado com as comunidades da região, a conservação da água. “A partir do tema água, da importância de conservação dos recursos hídricos, explorar a importância da conservação das nascentes, das matas ciliares e da própria água para uso humano”, explicou.

O projeto tem duração de três anos, e serão desenvolvidos sete subprojetos voltados à recuperação de matas de beira de rio (Áreas de Preservação Permanente-APP), integração lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta, monitoramento da qualidade da água, plantio direto de soja, planejamento e uso do solo, educação ambiental, manejo de pastagem e sistemas agroecológicos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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