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SIDERÚRGICAS DE CARAJÁS CRIAM FUNDO PARA FINANCIAR PROJETOS DE REFLORESTAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

01/03/2007 - Lana Cristina - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Produtores de ferro gusa da região de Carajás investiram nessa terça-feira (27) US$ 6 milhões no Fundo Florestal Carajás, criado para financiar o plantio de florestas produtivas ao longo da ferrovia que leva a produção siderúrgica local ao Porto de Itaqui, no Maranhão. Segundo o presidente da Associação das Siderúrgicas de Carajás (Asica), André Câncio, a expectativa é de que o fundo obtenha anualmente recursos da ordem de US$ 15 milhões para projetos de reflorestamento das indústrias de ferro gusa.

Das 15 indústrias de Carajás que produzem ferro gusa, a principal matéria-prima do aço, 11 aderiram ao fundo, lançado ontem com a assinatura de um Acordo de Investimento em Reflorestamento. Cada uma delas terá que investir no fundo US$ 3 a cada tonelada exportada. As siderúrgicas do Pólo de Carajás respondem por mais de 60% da exportação brasileira de ferro gusa. Saem dali para fora do país 3,6 milhões de toneladas todos os anos, segundo Câncio.

“Quando ele [o proprietário de uma siderúrgica] comprovar o plantio estipulado, poderá sacar US$ 700 por tonelada exportada”, disse o presidente da Asica. Para resgatar o dinheiro aplicado no fundo, a empresa terá que apresentar o projeto de reflorestamento e provar que atendeu às especificações mínimas definidas no acordo. Cada indústria terá que plantar uma área mínima de 500 hectares, com pelo menos 833 mudas de espécies florestais por hectare.

Segundo Câncio, as siderúrgicas têm hoje uma área de 110 mil hectares de florestas plantadas de onde tiram a fonte do carvão vegetal usado nos fornos de produção do ferro gusa. Com o financiamento de projetos de reflorestamento, pretende-se chegar a uma área de 250 mil hectares dentro de sete anos. “Vai depender muito das exportações daqui prá frente”, observou. O empresário admite que a área pode não atender a todo o parque industrial, mas será um instrumento importante para diminuir a pressão sobre a floresta.

O presidente da associação das siderúrgicas disse que o fundo é um incentivo para buscar a sustentabilidade do negócio, já que cada vez as empresas vinham buscando carvão proveniente de áreas de expansão de fronteira agrícola. Câncio, no entanto, ressaltou que, a rigor, as empresas só podem adquirir carvão produzido a partir de madeira vinda ou de desmatamento legalmente aprovado, ou de resíduos de serrarias, ou de áreas plantadas especificamente para esse fim. “Quando se fala em desmatamento, nem todo desmatamento é ilegal. Agora, ocorreu nessa região uma tendência de expansão de fronteira. Por isso, criou-se essa possibilidade compulsória”, justificou.

O Fundo Florestal Carajás será fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) onde está registrado, por um gestor independente contratado pelas empresas e também por um comitê formado por cinco cotistas. Todo projeto de reflorestamento apresentado ao comitê e ao gestor independente terá que ter aprovação prévia dos órgãos estaduais de meio ambiente. Só depois de uma análise técnica, a empresa poderá resgatar o dinheiro investido no fundo.

Para o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, a iniciativa é oportuna. Ele ressaltou, no entanto, que as indústrias estão, na verdade, se movimentando porque são obrigadas a demonstrar que podem desenvolver uma atividade sustentável. “Eles estão pressionados há muito tempo a fazer isso. E já precisavam, desde a implementação do setor, ter planejado o plantio de florestas para o seu abastecimento. Isso agora está sendo cobrando por conta do Termo de Ajustamento de Conduta que terão de assinar para continuar a operar. A novidade, agora, é que estão criando um mecanismo de financiamento para investimento em florestas”, acrescentou.

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Grupo vai acompanhar destinação de óleos lubrificantes usados ou contaminados

Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Um grupo de monitoramento permanente vai acompanhar a destinação dada no país a óleo lubrificante usado ou contaminado. O grupo foi instituído por uma portaria do Ministério do Meio Ambiente, publicada hoje (26) no Diário Oficial da União.

O grupo será formado por representantes dos ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia, das Cidades, além de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Agência Nacional de Petróleo (ANP), de entidades ambientalistas da sociedade civil e sindicatos de empresas e indústrias ligadas a óleos lubrificantes. Segundo a portaria, o grupo se reunirá a cada três meses.

Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2005, estabeleceu que todo óleo lubrificante usado deve ser recolhido, coletado e ter destinação final que não afete negativamente o meio ambiente. Segundo o documento, o óleo deve ser destinado à reciclagem por rerrefino, um processo industrial de remoção de contaminantes, produtos de degradação e aditivos dos óleos lubrificantes.

A resolução destaca ainda que o óleo lubrificante usado é classificado como resíduo perigoso pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) por apresentar toxicidade. Além disso, se jogado no solo ou em cursos de água provoca graves danos ambientais. Ressalta também que a combustão de óleos lubrificantes usados gera gases residuais nocivos ao meio ambiente e à saúde pública.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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