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WWF-BRASIL ELOGIA ESTUDO DE CLIMA LANÇADO PELO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2007

O WWF-Brasil considerou positiva a divulgação, nesta terça-feira, 27 de fevereiro, das principais projeções do estudo "Mudanças Climáticas e seus Efeitos na Biodiversidade Brasileira" pelo Centro de Previsões de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE).
Segundo o documento, secas inesperadas, chuvas em excesso, terra onde antes era mar e mar onde antes era terra. O descontrole do clima já é evidente em vários locais do planeta. No Brasil, assim como em várias partes do mundo, ainda é difícil saber quais serão as áreas mais afetadas pelo aquecimento global.

"O lançamento deste documento pelo governo federal é um marco importante pois posiciona o Brasil entre as nações que desejam fazer a diferença quando se trata de melhorar a qualidade da vida no planeta", afirma Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. "Para um país que possui uma rica biodiversidade como o nosso, é fundamental saber onde os efeitos do aquecimento global serão sentidos para minimizar os impactos e organizar a sociedade para lidar melhor com essas questões", conclui Denise Hamú.

Segundo a pesquisa, a Amazônia deve enfrentar períodos de seca mais prolongados e a temperatura da região pode subir até 8º C. Com isso, a incidência de doenças típicas de ambientes mais quentes como malária, dengue e febre amarela tende a aumentar. No Pantanal, as projeções mostram o clima mais seco e o ecossistema corre o risco de ser descaracterizado e algumas espécies, que hoje são abundantes, podem se tornar raras.

Para que os efeitos das mudanças climáticas sejam minimizados, é preciso que a humanidade diminua a emissão de gases de efeito estufa, principalmente os resultantes da queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. O planeta se aquece porque a capacidade de absorção da Terra é menor que a quantidade de gases lançados no ar. Assim, eles ficam na atmosfera e formam uma espécie de cobertor cada dia mais espesso que torna o planeta cada vez mais quente e não permite a saída de radiação solar.

Passaporte Panda

O WWF-Brasil está fazendo uma ação de mobilização da sociedade brasileira pedindo que o Plano Nacional de Energia 2030 mantenha a matriz elétrica do Brasil limpa e aplique técnicas de eficiência energética para diminuir a demanda por eletricidade.

O maior vilão das mudanças climáticas no mundo é o setor de energia, responsável por 37% de todas as emissões de gás carbônico, o que significa 23 bilhões de toneladas de CO2 por ano, mais de 700 toneladas por segundo.

Por enquanto, a matriz energética brasileira é considerada uma das mais limpas do planeta. Apesar de o país estar em 4º lugar no ranking mundial dos emissores de gases do efeito estufa, 75% desta poluição vêm do desmatamento e não da produção energética. O Brasil ainda tem servido de exemplo para outros países no que diz respeito às emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis.

"Esta posição brasileira deve ser mantida para que a produção de energia, tão necessária ao desenvolvimento do país, não se torne também uma fonte poluidora com efeitos desastrosos no futuro", afirma a secretária-geral do WWF-Brasil. "Com vento em abundância, muita matéria-prima para produzir biomassa, sol à vontade e enorme potencial para reduzir desperdícios por meio da eficiência energética, o Brasil merece continuar servindo de modelo", completa.

Em setembro de 2006, o WWF-Brasil e parceiros lançaram o estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020. A pesquisa indica uma série de medidas que se forem implantadas pelo governo brasileiro devem gerar economia de R$ 33 bilhões em investimentos, geração de oito milhões de empregos, diminuição do desperdício de energia em até 38% da expectativa de demanda e estabilização das emissões dos gases causadores do efeito estufa e vai afastar o fantasma de novos apagões.

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Criação de parque nacional na Guiana Francesa reforça também a proteção da Amazônia brasileira

Após 15 anos do início de um processo, foi decretada hoje, 28, a criação do Parque Amazônico da Guiana, na Guiana Francesa. Com quase dois milhões de hectares de proteção estrita e uma zona envoltória de desenvolvimento sustentável de aproximadamente 1,3 milhões de hectares, a área se caracteriza como a maior unidade de conservação francesa e se integra ao complexo formado pelo Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, no Amapá, e por duas áreas protegidas estaduais no Pará, criadas em novembro do ano passado: a Reserva Biológica Maicuru e a Estação Ecológica de Grão-Pará. “No total, são pouco mais de 11 milhões de terras contínuas amazônicas estritamente protegidas, sendo a maior zona contínua de floresta tropical de proteção integral no mundo”, comemorou a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Essas três unidades de conservação brasileiras e o recém-criado parque nacional fazem parte também de um mosaico maior, constituído por outras 14 unidades de conservação de proteção integral e por 20 unidades de conservação de uso sustentável, além de 15 terras indígenas. Essa imensa área contínua tem aproximadamente 48,6 milhões de hectares, a maioria (quase 45 milhões) deles no Brasil, mas parte na Guiana Francesa (pouco mais de 3,5 milhões) e no Suriname (quase 100 mil hectares). Além do Amazonas e do Pará, ela se estende também pelo Amazonas e Roraima.

A Rede WWF tem acompanhado e apoiado o processo de criação de unidades de conservação na Guiana Francesa e se vê com boas perspectivas a próxima fase, de implantação das UCs, contando com a integração entre as áreas protegidas dos diferentes países envolvidos. Sergio Orru, secretário-geral do WWF França, afirmou que “a concretização do projeto do Parque Amazônico da Guiana é uma satisfação para todos os membros da Rede WWF”, a maior rede conservacionista do mundo.

Na região onde foi criado o parque nacional a prática do garimpo é preocupante. Essa atividade, geralmente ilegal, pode trazer consigo sérios impactos ambientais, como a destruição de rios, o comprometimento de mananciais de água para abastecimento e a poluição com mercúrio. O sonho do enriquecimento fácil, via de regra, transforma-se em pesadelo para as pessoas que são atraídas por ele, condenadas a condições sociais degradantes, como aumento da prostituição e da violência.

A relativa dificuldade de controlar o movimento de pessoas nas fronteiras amazônicas, inclusive de garimpeiros, é uma ameaça que as áreas protegidas podem ajudar a combater. Mas, para isso, elas precisam ser efetivamente implantadas e consolidadas. Caso contrário, o garimpo pode, por outro lado, transformar-se em um risco para essas unidades de conservação, tanto no Brasil quanto na Guiana Francesa.

Além de obstáculo ao avanço do garimpo ilegal, a proteção de uma grande área de floresta representa uma contribuição determinante à luta contra o desmatamento, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. Ela também é importante para a conservação de ecossistemas raros, a manutenção do equilíbrio ecológico e a sobrevivência de espécies ameaçadas que precisam de territórios extensos, como a onça Panthera onca e o gavião-real Harpia harpyia.

O WWF-Brasil é uma organização não governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com o objetivo de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

TV da Holanda mostra projetos do WWF-Brasil no Acre

A partir deste sábado (3 de março) o principal canal de TV holandês, RTL-4, vai exibir o programa “Surviving Nature: Cowboys & Angels”. Trata-se de uma série de 10 episódios, inteiramente gravados no Acre, que serão exibidos em toda a Holanda aos sábados com reprises aos domingos.

O programa combina os conceitos de reality show e documentário, levando celebridades holandesas e um representante do WWF-Brasil a projetos ambientais coordenados pela organização ambientalista e a destinos ecoturísticos no Acre.

Entre 7 e 16 de fevereiro, durante as filmagens, as celebridades holandesas e o representante do WWF-Brasil visitaram diversos projetos ambientais, conhecendo o trabalho de conservação e uso sustentável de recursos naturais.

Os participantes também assistiram a atividades como extração de borracha, produção de medicamentos com plantas da floresta, manejo pesqueiro, produção de artesanato e cosméticos com ingredientes da floresta e projetos comunitários de repovoamento de espécies animais, entre outras. Além disso, tiveram contato com importantes personalidades acreanas, como o governador Binho Marques e a filha do sindicalista Chico Mendes, assassinado em 1988.

Para ter acesso a muitas áreas onde aconteceram as filmagens, os participantes tiveram que utilizar barcos, veículos 4x4, aviões ou mesmo se deslocar a pé. O dia-a-dia das celebridades, que pela primeira vez estiveram na Amazônia, foi registrado pelas câmeras e será também mostrado no programa.

As gravações aconteceram na capital Rio Branco e nas localidades de Xapuri, Sena Madureira, Manuel Urbano, Brasiléia, Projeto de Assentamento Agroextrativista Cachoeira e Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema.

Cowboys & Angels é fruto de uma parceria entre a organização ambientalista WWF, a produtora de TV holandesa Tribune A e a agência de turismo Koning AAP.

O programa será uma oportunidade para atrair novos doadores europeus para os projetos do WWF-Brasil na Amazônia. A idéia é que Cowboys & Angels se torne um valioso instrumento para conscientizar o público holandês a respeito da importância da Amazônia.

Segundo a diretora do programa, Ruth Gerritse, o programa vai mostrar que existem caminhos para se manter o delicado equilíbrio entre homem e natureza na Amazônia. “Além de conhecerem as belezas da região, eles vão interagir com as comunidades locais e entrar em contato com os projetos de uso sustentável dos recursos naturais do WWF”, resume Ruth.

A exibição de Cowboys & Angels acontece em sintonia com a primeira fase de uma campanha que a rede WWF vai lançar na Europa e nos EUA com o tema Amazônia. A iniciativa busca aumentar o número de afiliados e a arrecadação de fundos para os projetos de conservação da ONG na região amazônica.

O programa tem os seguintes participantes:

Loretta Schrijver – âncora de telejornal
Marian Mudder – atriz
Fabienne de Vries – VJ e apresentadora
Piet Hein Eek – empresário e designer especialista em madeira e materiais recicláveis
Harm Edens – apresentador, roteirista e comediante
Maarten Spanjer – ator e escritor
Tim Immers – ator e apresentador
Estevão Braga – técnico do WWF-Brasil
Diretora: Ruth Gerritse

 
 

Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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