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BRASIL APRESENTA NA AUSTRÁLIA PROPOSTA DE INCENTIVOS DE REDUÇÃO DO DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

07/03/2007 - Regina Rabelo - A proposta brasileira para que países desenvolvidos aportem incentivos positivos aos países em desenvolvimento, com o objetivo de auxiliá-los em políticas de redução de emissões provenientes do desmatamento, está sendo apresentada oficialmente no Seminário Preparatório para o Órgão Subsidiário de Assessoramento Científico (SBSTA) da Convenção sobre Mudança do Clima. O evento que teve início nesta quarta-feira (07), em Cairns, na Austrália, reúne representantes de diversos países.

A proposta do Brasil será considerada, assim como as de outros países, em um workshop técnico que acontece até esta sexta-feira (09), quando encerra o evento. Uma versão preliminar da proposta foi submetida a um workshop técnico da Convenção, realizado em Roma, em agosto de 2006, com apresentação do secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco. Três meses depois, a mesma proposta foi apresentada pela ministra Marina Silva na Conferência das Partes da Convenção sobre Mudanças Climáticas (COP12), em Nairóbi, no Quênia.

De acordo com o diretor de Conservação da Biodiversidade do MMA, Paulo Kageyama, que está participando do seminário na Austrália, a proposta será discutida com todos os países, para tentar chegar a um consenso que contemple a maioria dos países em desenvolvimento com grande biodiversidade e que queiram avançar na redução do desmatamento. "Tem muito a ver com o Plano de Combate ao Desmatamento, executado pelo MMA com a participação de 13 ministérios, que reduziu em 52% a taxa de desmatamento entre 2004 e 2006," disse.

A proposta está baseada na provisão de incentivos positivos, não relacionados ao mercado de carbono. As reduções são calculadas de acordo com uma taxa média de desmatamento pré-definida, num período de tempo a ser determinado. O total de carbono a ser reduzido, e definido de acordo com cada bioma, será convertido em valor monetário. O total arrecadado será dividido entre os países em desenvolvimento participantes, na mesma razão das reduções de emissões alcançadas. Cabe registrar ainda que os incentivos podem ser transferidos também na forma de transferência de tecnologia e capacitação.

Kageyama explica que, de acordo com a proposta, o país que aderir e apresentar redução de desmatamento receberá uma compensação após justificar o desmatamento não realizado. "Não se trata de desmatamento evitado mas sim de uma redução do desmatamento a partir de uma Taxa de Referência de Emissão (TRE) para as emissões estipuladas", explica.

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MMA planeja lançar mais estudos com metodologia GEO

07/03/2007 - Aida Feitosa - O Ministério do Meio Ambiente planeja lançar em breve os estudos Geo Brasil Florestas, Zona Costeira e Marinha e de Qualidade Ambiental nos Asentamentos Humanos. Essa foi umas das ações definidas no Seminário de Planejamento do Departamento de Articulação Institucional (DAI) esta semana. Metodologia GEO é uma série de normas que orientam a realização de estudos de avaliação ambiental instituída pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

A elaboração dos estudos GEO Brasil faz parte da agenda de fortalecimento do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima). Nessa agenda está incluída ainda a produção e a sistematização de instrumentos de educação ambiental e de um conjunto de indicadores ambientais para medir a qualidade ambiental de uma ação, bem como a sustentabilidade das instituições responsáveis pela gestão ambiental.

O Programa Nacional de Capacitação (PNC) também terá continuidade. Para 2007, está prevista a inclusão de mais sete estados que vão se somar aos 12 em execução. Atualmente, o programa atua em 1,6 mil municípios brasileiros.

O PNC vai trabalhar articulado com o Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA) para reforçar a integração dos estados com os municípios nas questões do licenciamento ambiental. A idéia é prepará-los para executar suas competências, conforme prevê o artigo 23 da Constituição Federal, ainda em fase de regulamentação.

Marina Silva é homenageada em solenidade no Senado

08/03/2007 - Até há bem pouco tempo, a Humanidade vivia num espaço de previsibilidade em relação às transformações climáticas. Mas as gerações que atravessarão os próximos séculos não poderão mais contar com essa previsibilidade. Esse alerta foi feito pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou nesta quinta-feira (8) de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado sobre o tema Meio Ambiente, Vida e Direitos Humanos.

Segundo a ministra, as mudanças climáticas pelas quais passa o planeta criam uma oportunidade para o exercício da solidariedade entre os povos, um espaço que Marina Silva considera apropriado para resgatar o que foi deixado para trás. Na avaliação da ministra, ainda, o Brasil ocupa um lugar privilegiado no cenário mundial devido à existência da Floresta Amazônica e às características da biodiversidade nacional. Essas riquezas, de acordo com a ministra, podem ser exploradas sem destruição, num contexto de "junção de poderes, com o objetivo de sair dessa crise".

"Esta só será de fato uma oportunidade de negócio para o Brasil se gerar solidariedade capaz de ser compartilhada com todos os povos", afirmou Marina, ao se referir às possibilidades de produção de biocombustível.

Marina Silva destacou também, com base em pesquisas, que o desequilíbrio das mudanças climáticas, provocado pela ação do próprio homem, pode afetar o Produto Interno Bruto global em até 20%, além de ocasionar um esquentamento da Amazônia em até oito graus.

Ao citar as contribuições do Brasil no tratamento das questões relativas às mudanças climáticas, Marina Silva destacou a atuação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) no combate ao desmatamento da Floresta Amazônica. Essa atitude também significa, segundo observou a ministra, a preservação da fauna brasileira. Para a continuação desse trabalho, é preciso, disse Marina Silva, colocar a ética na frente da técnica.

"Se não fizermos isso, todos nós vamos pagar um preço muito alto", alertou.
Mulher
Na reunião desta quinta, a CDH também prestou uma homenagem a Marina Silva e a todas as mulheres brasileiras pela passagem do Dia Internacional da Mulher, realizando um debate com vários convidados. Na ocasião, e com a intenção de estabelecer uma relação entre a mulher e o meio ambiente, a ministra observou que a natureza é "grávida de oportunidades".

O Dia Internacional da Mulher também foi debatido pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Lélio Bentes; pelo presidente da Associação Latino-americana de Juizes do Trabalho, Grijalbo Coutinho; pela representante da Fundação Cultural Palmares, Bernadete Lopes; pela procuradora regional do Trabalho Eliane dos Santos; pela representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Rosita Milesi e pela representante da Associação das Mães dos Deficientes do Brasil, Vanilda Faviero.
(Agência Senado)

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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