5
de Março de 2007 - Érica
Santana - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - A ministra
do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva,
no lançamento do relatório
"GEO Brasil Recursos Hídricos",
da Agência Nacional de Águas
(ANA). Primeiro volume de uma série
de relatórios sobre o estado
e as perspectivas ambientais no país,
o documento sistematiza informações
sobre a situação das águas
brasileiras, além de traçar
recomendações para a sustentabilidade.
Brasília - A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, disse hoje (5)
que o Brasil está disposto a
convocar uma reunião de cúpula
de ministros do Meio Ambiente e Relações
Exteriores de pelo menos 15 países
para tratar da governança ambiental
global. De acordo com a ministra, a
cúpula não terá
caráter deliberativo e deverá
reunir informações ambientais
sobre os países participantes.
A idéia é fazer um evento
semelhante à ECO 92, encontro
da Organização das Nações
Unidas (ONU), realizado em 1992 no Rio
de Janeiro.
"Nós vamos
discutir as questões das mudanças
climáticas, buscando um novo
acúmulo para um segundo período
de compromissos onde nós pudéssemos
construir um processo que seja pactuado
entre as nações, a exemplo
do que nós tivemos em 92, no
Rio de Janeiro", afirmou.
Caso aconteça,
Marina Silva sugere que a cúpula
seja realizada no meio do ano, quando
se comemora os 15 anos da Rio 92 . Ela
ressalta que "a única coisa
que nós queremos é que
essa reunião já possa
refletir um processo interno. Um amadurecimento
nos países".
O Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)
sugere que seja realizada uma outra
reunião para discutir as questões
climáticas mundiais, mas segundo
a ministra, essa não contará
com a liderança do Brasil. "Na
reunião de Cúpula que
o Pnuma propõe, o Brasil vai
participar do esforço, mas aí
não é uma convocação
do Brasil. Nós participamos como
parte do processo".
De acordo com a ministra,
o presidente da República, Luiz
Inácio Lula da Silva disse hoje,
durante encontro com diretor-executivo
do Pnuma, Achim Steiner, que na reunião
do G8 + 5 "vai tratar com muita
ênfase a questão das mudanças
climáticas e as contribuições
que o Brasil já aporta e continuará
aportando para essa questão".
O G8 é um grupo que reúne
os sete países mais desenvolvidos
do mundo (Estados Unidos, Japão,
Alemanha, Reino Unido, França,
Itália e o Canadá), mais
a Rússia. Já os cinco
diz respeito aos países emergentes:
Brasil, China, Índia, México
e África do Sul.
Achim Steiner está
no Brasil para conhecer os projetos
brasileiros voltados para a governança
ambiental. Segundo ele, as realização
dessas cúpulas remetem à
discussão sobre uma dinâmica
ambiental. "A reunião planejada
de ministros de Meio Ambiente e de Relações
Exteriores sobre governança ambiental
é parte de um processo que está
em curso na Nações Unidas
sobre a reforma para a governança
ambiental", explicou.
Ele disse ainda que
o Brasil tem um papel importante na
criação de uma agenda
global. "Quando eu falo em pró-atividade,
eu falo no papel que o Brasil pode ter
ao convocar essas reuniões; de
trazer novas idéias, facilitar
novas discussões, fazer novas
alianças e traçar horizontes
para adiantar a agenda ambiental".
Agência Nacional
de Águas lança relatório
sobre reservas brasileiras
6 de Março
de 2007 - Isabela Vieira - Repórter
da Agência Brasil - Brasília
- O presidente da Agência Nacional
de Águas (ANA), José Machado,
no lançamento do relatório
"GEO Brasil Recursos Hídricos".
Primeiro volume de uma série
de relatórios sobre o estado
e as perspectivas ambientais no país,
o documento sistematiza informações
sobre a situação das águas
brasileiras, além de traçar
recomendações para a sustentabilidade
Brasília - A Agência Nacional
de Águas (ANA) lançou
nessa segunda-feira (5) em Brasília
o relatório Geo Brasil Recursos
Hídricos. O documento pretende
informar a sociedade sobre a atual situação
dos recursos hídricos do país,
auxiliar a gestão das águas
e avaliar as políticas realizadas
na área desde a criação
da Lei das Águas e do Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos (Singreh) em 1997.
O diretor executivo
do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma),
Achim Steiner, presente no lançamento,
ressaltou que um dos desafios do Brasil
é a regularização
do fornecimento de água potável
e a gestão adequada dos recursos
hídricos. De acordo com o relatório,
o Brasil precisa, por exemplo, implementar
órgãos gestores das águas
nos estados e municípios.
A poluição
dos rios e nascentes também foi
tratada na publicação.
Esse é um dos problemas centrais
na gestão dos recursos hídricos,
e pode, segundo o levantamento, afetar
a disponibilidade de água nos
grandes centros. Problemas socioculturais
e econômicos como a ocupação
irregular do solo, principalmente em
grandes cidades, a falta de esgotos
e a degradação ambiental
também foram confirmadas como
motivos para a escassez do bem no país.
“Para o Brasil lograr
êxito na gestão de recursos
hídricos, é necessário
uma conjugação de políticas
públicas”, disse o diretor da
Agência Nacional de Águas,
Bruno Pagnoccheschi. Ele afirmou que
avanços são necessários
no setor de saneamento, com o tratamento
de esgotos, no setor elétrico,
“que é fortemente indutor de
obras para a geração de
energia elétrica e que muitas
vezes precisa da mediação
do setor hídrico”, e no setor
agrícola, “que pode produzir
mais gastando eventualmente menos água”.
A ministra do Meio
Ambiente, Marina Silva, lembrou a importância
de estudos como esse para prever, entre
outros, a influência do aquecimento
global no Brasil e maneiras de contorná-lo.
“O relatório é um instrumento
que nos permitirá acertar mais
e errar menos”.
O GEO Brasil Recursos
Hídricos é a primeira
publicação de uma série
a ser produzida em parceria com o Pnuma
e o Ministério do Meio Ambiente
e que deve tratar das condições
e perspectivas para o meio ambiente
no Brasil.
Diretor do Pnuma elogia
ações brasileiras de meio
ambiente
5 de Março
de 2007 - Érica Santana - Repórter
da Agência Brasil - Brasília
- Achim Steiner, diretor-executivo do
Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), e Marina
Silva, ministra do Meio Ambiente, falam
à imprensa após audiência
com o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Brasília - O diretor-executivo
do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma),
Achim Steiner, disse hoje (5) após
audiência com presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, que um
dos principais objetivos de sua visita
ao Brasil é compreender como
o país lida com as questões
ambientais.
É a primeira
vez que Steiner vem ao Brasil desde
que assumiu a direção
do Pnuma, em junho de 2006. Hoje pela
manhã ele se reuniu com a ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, e participou
de reuniões no Ministério
das Relações Exteriores,
para “tentar entender mais efetivamente
como o Brasil tem abordado as questões
ambientais e para mostrar à comunidade
internacional as grandes realizações
brasileiras nesse aspecto”.
A liderança
do Brasil no combate ao desmatamento,
na redução de gases poluentes
e na produção de energia
limpa foram algumas das questões
tratadas durante as reuniões.
“O que nós temos discutido nas
diversas reuniões é o
papel de liderança do Brasil
e como melhor contribuir para criar
um clima diferente na área ambiental,
especialmente para lidar com esses problemas
drásticos, como por exemplo a
mudança do clima”, disse.
O diretor do Pnuma
destacou a relevância dos relatórios
divulgados na semana passada pelo Ministério
do Meio Ambiente, que indicam como o
aquecimento global provocará
impactos negativos nos biomas brasileiros.
“As mudanças climáticas
não são apenas problemas
dos países desenvolvidos, afeta
também a realidade da vida como
a conhecemos hoje em todas as regiões
do mundo”, afirmou Steiner.
De acordo com o diretor
da ONU, a única forma de tratar
essa questão é fazendo
com que os países assumam responsabilidades
comuns e enfrentem o problema juntos.
“Muitos países falam muito, mas
poucos tiveram o sucesso do Brasil na
redução do desmatamento
em 52%”, reconheceu.
A ministra Marina
Silva disse que a vinda do diretor do
Pnuma ao Brasil é um reconhecimento
dos esforços feitos pelo país.
“A presença dele no Brasil se
reverte de suma importância para
o nosso país para questão
ambiental e, de um modo geral, no contexto
de que tudo o que está acontecendo
hoje em relação às
mudanças climáticas e
todos os esforços que vêm
sendo feitos, tanto do ponto de vista
regional, sub-regional e global”.
Segundo Marina Silva,
durante o encontro com o presidente
Lula A conversa foi sobre o papel do
Brasil para a realização
de um desenvolvimento sustentável
do ponto de vista econômico, social
e ambiental. A ministra voltou a ressaltar
a importância de integrar esses
aspectos. “O desafio do nosso século
é exatamente esse: fazer com
que meio ambiente, conservação
ambiental e desenvolvimento econômico
façam parte da mesma equação.
Não se trata sequer de compatibilizar
as três coisas. Trata-se de fazer
com que aconteçam ao mesmo tempo”.
Achim Steiner disse
ainda que o conhecimento brasileiro
em relação aos biocombustíveis
é invejado por muitos países.
“O Brasil tem uma matriz energética
que permite que outros países
olhem para ele como uma fonte de tecnologia
e de conhecimento”.
Amanhã (6),
às 10 horas, o diretor-executivo
do Pnuma participa de palestra no Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) sobre
“Os Desafios do Desenvolvimento Sustentável
e as Respostas do Sistema Multilateral”.
Ele também irá a São
Paulo e Rio de Janeiro para discutir
questões ambientais com setores
públicos e privados. Achim Steiner
fica no Brasil até quarta-feira
(7).