06
Mar 2007 - Doze corporações
da Europa, da Ásia e da América
do Norte que fazem parte do programa
“Climate savers” da Rede WWF anunciaram
planos para eliminar emissões
de pelo menos dez milhões de
toneladas de CO2 até 2010. Segundo
a Rede WWF, se outras 1.300 grandes
corporações seguissem
esse exemplo, seria possível
atingir as metas do Protocolo de Quioto.
O dióxido de carbono (CO2) é
apontado como um dos principais causadores
das mudanças climáticas.
As 12 companhias -
Johnson & Johnson, IBM, Nike, Polaroid,
Collins, Xanterra (EUA), Sagawa, Sony
(Japão), Lafarge (França),
Catalyst (Canadá), Tetra Pak
(Suécia), e Novo Nordisk (Dinamarca),
comprometeram-se a reduzir consideravelmente
suas emissões absolutas. Para
a maioria, isso faz sentido em termos
de negócios.
“Combater as mudanças
climáticas pode gerar oportunidades
de negócios e estimular a inovação
e criar oportunidade de empregos em
todo o mundo. Essas empresas mostram
que o desenvolvimento sustentável
não é apenas um conceito
acadêmico, mas um desafio que
pode ser abordado com lucros – para
a natureza, a sociedade, mas também
para as empresas, diz Hans Verolme,
Diretor do programa Global Climate Change
da Rede WWF.
"A Lafarge se
comprometeu a reduzir as emissões
para os níveis de 2001,” disse
Bruno Lafont, CEO da Lafarge, líder
mundial da indústria de cimento.
“Desde então, temos trabalhado
duramente para estender a iniciativa
entre produtores de cimento, e ficamos
contentes de ver que outras grandes
empresas do meio também assumiram
compromissos similares.
"Acreditamos
ser crucial manter o aquecimento global
abaixo do limite de risco de 2ºC.
Esperamos provar que a ação
global conjunta pode de fato atingir
esse objetivo. A Sony comprometeu-se
não apenas a reduzir a emissão
de gases ligados ao efeito estufa de
suas fábricas no mundo, como
também a aumentar a eficiência
energética de seus produtos”,
disse Serge Foucher, Vice-presidente
executivo da Sony Europe GmbH.
Para conhecer o programa
Global Climate Savers da Rede WWF (em
inglês): http://www.panda.org/about_wwf/what_we_do/climate_change/solutions/business_industry/climate_savers/index.cfm
Setor aéreo
poderá lucrar com mercado de
carbono na Europa
06 Mar 2007 - O setor
de aviação poderá
obter lucro anual de até € 3,5
bilhões, como parte do mecanismo
de comércio de emissões
de carbono (European Emissions Trading
Scheme, ETS), segundo estimativa da
Rede WWF. Contrariamente à afirmação
de alguns órgãos do setor
segundo os quais o mecanismo teria impacto
sobre o lucro, as empresas poderão
ganhar dinheiro graças a um limite
generoso de emissões e as cotas
sejam distribuídas gratuitamente.
Segundo anúncio
da Comissão Européia feito
em dezembro, o mecanismo deverá
ter início em 2011 (válido
para vôos com origem na União
Européia). Os países precisam
ratificar a proposta. A partir de 2012,
vôos originários de outras
partes do mundo também estariam
sujeitos ao mecanismo. As cotas terão
como base os níveis de emissão
de 2004-2006, e a maioria será
de fato distribuída gratuitamente.
A Rede WWF estimate
que se as companhias aéreas repassarem
os custos para os consumidores, o resultado
será um aumento expressivo de
lucros. Mesmo nesse cenário,
o aumento de preços dos bilhetes
deverá ser mínimo e terá
impacto apenas pequeno na redução
das emissões de carbono pelo
setor, que crescem em ritmo acelerado.
"A possibilidade
de as companhias lucrarem com o mecanismo
de comércio de carbono mostra
que a União Européia pode
se permitir ser dura. Deve haver um
limite alto de emissões a deveria
haver leilões de cotas, ou o
sistema não terá credibilidade”,
diz Delia Villagrasa, especialista em
comércio de emissões da
Rede WWF.
Para maximizar os
cortes das emissões, o mercado
de carbono deveria abranger todos os
vôos com decolagem e pouso em
aeroportos europeus. A inclusão
apenas de vôos denro do continente
abarcará apenas 40% das emissões
dos vôos com partida da União
Européia.