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BRASIL: CAMPEÃO MUNDIAL EM DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2007

16-03-2007 – Manaus - País foi responsável por 42% das florestas perdidas no mundo entre 2000 e 2005; ritmo acelerado na Indonésia levou o país a ser terceiro maior emissor mundial de gases do efeito estufa.

Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) indica que o desmatamento ocorrido no Brasil entre 2000 e 2005 responde por 42% da perda de áreas florestais no mundo. Nesse período, segundo o relatório, o país perdeu uma média de 31 mil km2 de florestas a cada ano, incluindo todos os biomas. Em cinco anos, uma área do tamanho do estado do Acre teria sido desmatada no Brasil, pouco mais de 150 mil km2.

Apresentado esta semana em Roma, o relatório Situação das Florestas do Mundo 2007, traz um balanço detalhado da cobertura florestal ao redor do planeta em dois períodos: de 11000 a 2000 e de 2000 a 2005. No primeiro período estudado, o Brasil respondia por 30% do total desmatado. Entre o primeiro e o segundo períodos, a taxa média anual de desmatamento no mundo caiu 17%, enquanto no Brasil cresceu 15%.

"É importante ressaltar que a FAO considera em seus cálculos as florestas plantadas de pinus e eucalipto, o que distorce a realidade da situação alarmante das florestas naturais, que seguem desaparecendo em todo o planeta, contribuindo para o aquecimento global", esclarece Marcelo Marquesini, da campanha de Florestas do Greenpeace no Brasil. "É por isso que trabalhamos para o estabelecimento e pela urgente consolidação de uma rede mundial de áreas protegidas como forma de reduzir o risco de perda das florestas primárias", diz Marquesini.

Indonésia

Segunda colocada no ranking do desmatamento entre 2000 e 2005, a Indonésia perdeu 18,7 km2 de matas a cada ano. A marca consagra o país como o que está reduzindo mais rapidamente o tamanho de suas florestas primárias. A cada ano, 2% de seus remanescentes florestais desapareceram, enquanto no Brasil essa taxa alcançou 0,6% do total.

"Os incêndios em áreas de concessão florestal e em florestas plantadas já tornaram a Indonésia o terceiro maior emissor de gases do efeito estufa", esclarece Hapsoro, da campanha de Florestas do Greenpeace na Indonésia.

Esta semana, políticos e artistas participaram de um protesto que chamou a atenção do governo indonésio para a velocidade do desmatamento no país. Com roupas caracterizando madeireiros, os ativistas do Greenpeace serraram um muro gigante de madeira, simbolizando as florestas indonésias (foto acima).

Depois do Brasil e da Indonésia, o Sudão, na África, foi o país que mais desmatou entre 2000 e 2005, 5,8 mil km2 a cada ano.

Amazônia

A área total desmatada na Amazônia já equivale a mais de dez vezes a área cultivada com cana-de-açúcar no país, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, alcançava 50 mil km2 em 2005.

Nos últimos dois anos, entretanto, segundo os dados do governo brasileiro, o desmatamento caiu de 27 mil km2 (2003/2004) para aproximadamente 14 mil km2 (2005/2006). Isso se deveu a uma série de fatores estruturantes, como a criação de unidades de conservação e o o combate à corrupção nos órgãos públicos, às máfias de grilagem de terras e à produção de madeira ilegal. Como fatores conjunturais, a queda de preços da soja e da carne bovina no mercado internacional reduziu a pressão sobre a floresta.

“Se os governos federal e estaduais não investirem mais em fiscalização e em alternativas econômicas que não destróem a floresta, bastará o preço da soja e da carne bovina subirem no mercado internacional para aumentar a pressão sobre a floresta” complementa Marquesini.

Para tentar frear a velocidade do desmatamento na Amazônia brasileira, como resultado de intensa campanha do Greenpeace no ano passado, a indústria da soja no Brasil anunciou uma moratória de dois anos na aquisição de grãos plantados em novas áreas desmatadas. As maiores empresas do setor garantem que só irão comprar soja plantada nas áreas que já estavam desmatadas antes de agosto de 2006.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Foto: Greenpeace

 
 
 
 

 

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