Amazônia
- 22/03/2007 - Trabalho é resultado
de pesquisas realizadas pelo Projeto de Dinâmica
Biológica de Fragmentos Florestais
O artigo Rápido declínio
da composição da comunidade
de árvores em fragmentos florestais
da Amazônia foi premiado com o título
de "A Publicação Mais Notável
em Ecologia de Paisagem", concedido pela
Associação Internacional dos
Ecologistas de Paisagens – US Chapter of the
International Association of Landscape Ecologists.
O artigo é resultado
de pesquisas realizadas pelo Projeto de Dinâmica
Biológica de Fragmentos Florestais
(PDBFF), um convênio entre o Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT)
e o Instituto Smithsonian, de Washington (EUA).
O prêmio é dado anualmente em
reconhecimento às contribuições
mais notáveis à literatura no
campo da ecologia de paisagem.
O trabalho foi apresentado
pelos pesquisadores William Laurence, Henrique
E. M. Nascimento, Susan G. Laurance, Ana Andrade,
José E. L. S. Ribeiro, Juan Pablo Giraldo,
Thomas E. Lovejoy, Richard Condit, Jerome
Chave, Kyle E. Harms e Sammya D'Angelo e publicado
na revista da Academia Nacional de Ciências
dos Estados Unidos (PNAS, sigla em inglês)
– 103;19010-19014.2006.
A premiação
acontecerá na próxima reunião
da Associação, a acontecer no
dia 12 de abril em Tucson (Arizona – EUA)
e contará com a presença de
um dos pesquisadores responsáveis pelo
trabalho. A Associação Internacional
de Ecólogos de Paisagem é uma
reconhecida organização cientifica
que estuda como o homem altera a paisagem
natural.
O artigo
Descreve os impressionantes impactos da fragmentação
do habitat (redução da floresta
a pequenos fragmentos) no ecossistema amazônico,
que contém a maior diversidade biológica
de comunidades de árvores, com até
trezentas espécies ocorrendo numa área
do tamanho de apenas dois campos de futebol.
Estas florestas estão sendo rapidamente
derrubadas e reduzidas a pequenas ilhas por
madeireiras, fazendas de gado e cultivos industriais
de soja.
A equipe do projeto estudou
o destino de quase 32 mil árvores amazônicas
desde 1980. O resultado mais impressionante,
dizem os autores, é a velocidade com
que as comunidades de árvores estão
mudando nos fragmentos de floresta. "As
árvores da floresta tropical podem
viver por séculos, até milênios"
diz Laurance, "portanto, nenhum de nós
esperava ver mudanças tão rápidas".
Mas, em apenas duas décadas – um piscar
de olhos para árvores com mil anos
– o ecossistema tem sido seriamente degradado.
Os autores também
argumentam que os principais causadores dessas
alterações são as mudanças
ecológicas nas bordas das frações
de florestas. "Quando se fragmentam a
floresta, os ventos quentes nos arredores
das pastagens sopram dentro da floresta e
matam muitas árvores, as quais simplesmente
não conseguem suportar o estresse"
diz Nascimento.
"Estamos muito felizes
com a premiação, porque vai
atrair a atenção do mundo para
o nosso trabalho, diz Regina Luizão,
pesquisadora do Inpa e coordenadora do PDBFF,
onde o estudo foi conduzido. "A pesquisa
deixou claro que reduzir a floresta a pequenos
fragmentos é uma ameaça muito
maior para a biodiversidade amazônica
do que se pensava previamente".
Assessoria de Comunicação do
INPA
+ Mais
Especialistas debatem problemática
da água na região amazônica
Recursos Hídricos
- 22/03/2007 - O conhecimento científico
sobre os recursos hídricos da Amazônia,
gerado pelo Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa/MCT) e por outras
instituições da região
como, por exemplo, o Serviço Geológico
do Brasil (CPRM) e o Instituto de Proteção
Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam), será
debatido hoje (22) durante o 2º Simpósio
do Dia da Água. O evento prossegue
até o próximo dia 30.
Além de discutir
sobre a importância da preservação
da água para a humanidade, o objetivo
do simpósio é fornecer informações
à sociedade e ao poder estadual e municipal
para a formulação de políticas
públicas.
A abertura oficial acontecerá
às 14h, na Universidade Luterana do
Brasil (Ulbra), em Manaus (AM), com a presença
do vice-diretor do npa, Wanderli Tadei, dos
coordenadores de extensão, Carlos Bueno,
e de Pesquisas em Clima e Recursos Hídricos,
Sérgio Bringel, além do coordenador
do curso de Engenharia Ambiental da Ulbra,
José Adailton Alves.
Durante o encontro serão
realizadas 17 palestras, a saber: "Situação
da Bacia Hidrográfica do Tarumã",
"Sustentabilidade Socioambiental: Recursos
Hídricos na Amazônia", "Atuação
do Ministério Público em Relação
aos Recursos Hídricos na Cidade de
Manaus", "Diagnóstico das
Águas de Manaus", "Monitoramento
Hidrológico do Estado do Amazonas"
etc. Também acontecerão mesas-redondas,
visitas às bacias hidrográficas
do Tarumã e do Educandos, coleta de
material e análise em laboratório.
Carlos Bueno informa que
outro objetivo das atividades é propiciar
embasamento científico a professores
do ensino médio para que os mesmos
trabalhem como multiplicadores do conhecimento.
Para isso, os educadores terão acesso
aos laboratórios do Inpa, onde acompanharão
as práticas laboratoriais de análise
da água, além de terem a oportunidade
de conhecer equipamentos utilizados.
Assessoria de Comunicação do
INPA
Ministros lançam
Sistema de Autorização e Informação
em Biodiversidade
Material Biológico
- 21/03/2007 - Sergio Rezende e Marina Silva
ressaltaram o trabalho conjunto dos ministérios
que administram
Foi lançado oficialmente nesta terça-feira
(20), na sede do Ibama, em Brasília,
o Sistema de Autorização e Informação
em Biodiversidade (Sisbio), sistema automatizado,
interativo e simplificado de atendimento a
distância e de informação
sobre pesquisas com a biodiversidade.
O objetivo é a melhoria
no atendimento aos pesquisadores que necessitam
de autorizações para a coleta
de material biológico, e procedimentos
que antes levavam até dois anos, com
a nova forma passam no máximo a 45
dias úteis.
Durante o lançamento,
o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq),
Erney Camargo, recebeu uma licença
simbólica em nome de toda a comunidade
científica.
Os ministros da Ciência
e Tecnologia, Sergio Rezende, e do Meio Ambiente,
Marina Silva, presentes no lançamento,
ressaltaram a importância do trabalho
conjunto dos dois ministérios. Para
Rezende, o Brasil está formando pesquisadores
há menos de 50 anos. "Mas já
evoluímos muito na área".
Marina Silva disse ser fundamental
a junção de saberes da Academia
com os das comunidades tradicionais para a
construção de uma ciência
do diálogo e da parceria. "O Sisbio
vai tirar nossos pesquisadores sérios
da condição de biopiratas",
afirma.
O Ibama e o CNPq assinaram
também um termo de compromisso referente
ao acesso à extração
de dados da Plataforma Lattes, do CNPq, órgão
vinculado ao Ministério da Ciência
e Tecniologia (MCT). O Sisbio interage com
a Plataforma Lattes e disponibiliza, de forma
sistematizada, informações sobre
os projetos de pesquisa em execução
no País e propicia à sociedade
e aos órgãos ambientais um melhor
aproveitamento do conhecimento produzido pelas
pesquisas científicas com a biodiversidade
nacional.
Para obter a licença
permanente, o pesquisador deve ter título
de doutor ou equivalente e vínculo
empregatício efetivo com instituição
científica. Mesmo em caso de licença
permanente, o pesquisador necessita fazer
o registro a cada nova expedição,
e o Ibama só aceitará solicitações
por escrito até 30 de abril, quando
todos os procedimentos serão realizados
apenas pela internet.
Além do sistema informatizado
de solicitações de autorizações,
o Sisbio disponibilizará no segundo
semestre um módulo de georeferenciamento
para o mapeamento de polígonos das
áreas de estudo, a distribuição
das espécies a partir dos registros
das coletas, a modelagem da ocorrência
das espécies já mapeadas a fim
de se identificar novas áreas de ocorrência
dessas espécies, o mapeamento das áreas
excessivamente inventariadas ou que carecem
de inventários e a visualização
espacial dos registros de coleta e das áreas
de distribuição potencial.
Mais informações no endereço:
http://www.ibama.gov.br/sisbio/
Assessoria de Comunicação do
CNPq