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DECRETO PRESIDENCIAL REGULAMENTA LEI DE GESTÃO DE FLORESTAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

20/03/2007 - O Diário Oficial da União desta quarta-feira (21) publica decreto do presidente da República com a regulamentação da Lei de Gestão de Florestas Públicas, nº 11.824. O decreto normatiza os procedimentos para o funcionamento da nova lei, como a definição dos critérios para as licitações das áreas de concessão florestal e para a destinação das áreas para comunidades.

A Lei de Gestão de Florestas Públicas é novo marco regulatório para o uso sustentável de florestas públicas no Brasil. Foi aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado e criou o Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente; e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF).

Para a regulamentação, o Serviço Florestal Brasileiro consultou técnicos da área ambiental e representantes governamentais, além de realizar consultas públicas em sete estados e pela Internet. A Comissão de Gestão de Florestas Públicas (CGFLP) também teve participação importante nesse processo, apresentando um calendário de ações e indicando pontos da lei a serem regulamentados.

Com esses subsídios, uma minuta do decreto foi preparada e levada à Casa Civil, que, por sua vez, realizou várias consultas técnicas a outros órgãos para finalizar o texto do decreto. "Os procedimentos foram debatidos com vários setores, pois é a primeira vez que se estabelece normas para a concessão de uso sustentável de florestas públicas", afirma Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro. "Nossa preocupação era que a regulamentação da lei recebesse critérios transparentes e ágeis", afirma. Segundo ele, "o resultado de todo esse processo foi a construção participativa de um texto que vai, antes de mais nada, facilitar a execução da nova lei", finaliza.

Tópicos da regulamentação -- O texto do decreto está dividido em nove capítulos que abordam todos os procedimentos para a execução da lei.

Ele define regras para o Cadastro Nacional de Florestas Públicas, criado pela nova lei e que será gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro. Seu objetivo é disponibilizar informações detalhadas sobre as áreas de florestas públicas do Brasil.

O Cadastro traz dados sobre áreas de florestas em imóveis da União, estados e municípios. E poderá incluir áreas degradadas com prioridade para a recuperação florestal. Informações de outros bancos de dados também serão incluídas, como o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação e o Cadastro Nacional de Terras Indígenas.

A Lei de Gestão de Florestas Públicas prevê três modelos de gestão: criação de unidades de conservação, destinação não-onerosa para uso comunitário e contratos de concessão florestal por meio de licitação restrito a empresas brasileiras. Nesse último caso, o decreto regulamenta como serão as normas de utilização dessas áreas pelas populações tradicionais e como serão as formas de apoio e de assistência técnica para que desenvolvam atividades sustentáveis.

O Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF) é um instrumento incluído na lei para dar mais transparência à gestão. Ele indica, com um ano de antecedência, quais as áreas que poderão receber concessão florestal, permitindo que a sociedade conheça os processos licitatórios, bem como permite que o Serviço Florestal Brasileiro e o Ibama possam organizar os processos de monitoramento e fiscalização. O decreto regulamenta o funcionamento e conteúdo mínimo do PAOF.

Sobre as questões de licenciamento ambiental, o decreto dispõe sobre o Relatório Ambiental Preliminar (RAP), que será elaborado sob responsabilidade do órgão gestor e submetido ao órgão ambiental para licenciamento prévio dos lotes de concessão. O decreto estabelece, entre outros pontos, os conteúdos mínimos que devem ser descritos no RAP.

Nos procedimentos referentes às licitações, o decreto traz uma inovação. Os critérios de escolha das propostas não serão limitados apenas pelo preço, mas também por questões técnicas que incluirão menor impacto ambiental, benefícios sociais, desenvolvimento social. Também, no item que aborda a questão dos contratos de concessão florestal, foram explicitados prazos, obrigações e direitos dos concessionários e do órgão gestor.

Foi definido um capítulo específico para as questões de monitoramento e auditoria, incluindo, entre outros pontos, que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) consolidará o procedimento do sistema de acreditação de entidades públicas ou privadas para realização de auditorias florestais, critérios mínimos de auditoria, modelos de relatórios das auditorias florestais e prazos para a entrega de relatórios.
Fonte: SFB/MMA

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Governo construirá plano integrado para enfrentar o desmatamento

20/03/2007 - A depender da disposição do governo federal, os bons resultados no combate ao desmatamento ilegal na Amazônia serão aprofundados. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) reuniu em Brasília, na semana passada, os superintendentes do Ibama nos 27 estados da federação, os gerentes executivos e os chefes de divisão, controle e fiscalização do Instituto em todo o País. Em conjunto com representantes do MMA e do Ibama, eles construíram um plano integrado para enfrentar o desmatamento e outros crimes associados, como o de corrupção, em 2007.

As ações continuarão a ser desenvolvidas no âmbito do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), posto em curso pelo governo em 2004 e que, em dois anos de atuação, conseguiu reduzir a taxa do desmatamento em 52%. Ao planejar as atividades, o MMA e o Ibama procuram definir pontos prioritários para futuras intervenções, além de racionalizar a atuação a partir da combinação de potencialidades humanas, técnicas e materiais de cada estado em articulação com as sedes, em Brasília.

O evento, realizado nos dias 14 e 15 deste mês, em um hotel de Brasília, contou com as presenças de representantes do alto escalão do MMA e do Ibama. Estiveram lá para prestar apoio ao trabalho a secretária de Coordenação da Amazônia do MMA, Muriel Saragoussi; o presidente do Ibama, Marcus Barros; o diretor do Serviço Florestal Brasileiro José Natalino, entre outros. Além de palestra sobre estratégias futuras, as lideranças do MMA e do Ibama ouviram do diretor de Proteção Ambiental, Flávio Montiel, explicações sobre o trabalho de fiscalização desenvolvido nos dois anos anteriores.

O Plano - Ao se incorporar ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), o Ibama, que já monitorava e fiscalizava os crimes ambientais naquela e nas outras regiões do País, com a vigência do plano, intensificou esse trabalho.

Em parceria com a Polícia Federal, Exército, Polícias Militar e Rodoviária e outros setores da administração, o Ibama desencadeou nos últimos dois anos 17 grandes operações (mais de 400 nos quatro anos) para inibir o crime ambiental. Quadrilhas foram desbaratadas, mais de 450 pessoas foram detidas, muitas delas servidoras do Instituto, que, evitando o corporativismo, não teve medo de punir administrativamente os envolvidos.

Contribuiu para a consecução exitosa do trabalho, entre outras decisões, a adoção de um moderno sistema de vigilância por satélite. O Sistema Detecção em Tempo Real (Deter), operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), transformou-se numa espécie de big brother da floresta, indicando, por meio de imagens, os pontos onde o Instituto deveria intervir.

Nesse sentido, mostrou-se igualmente eficaz a integração de três sistemas de informação, reunidos agora num módulo único denominado Sistema de Cadastro, Arrecadação e Fiscalização. Por ele, o Poder Público passou a desfrutar de informações relacionadas precisas, rápidas e compartilhadas. Acertadas também foram as providências de instalar Bases Operativas Avançadas na floresta, de elevar o valor das multas contra os infratores. Fechando o cerco, foi decisiva a substituição das frágeis guias de papel intituladas Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPF) pelo sistema eletrônico Documento de Origem Florestal (DOF).

A introdução do DOF, que na prática funciona como um extrato bancário à disposição nos computadores do Ibama, onde ficam registrados todos os dados relacionados à carga transportada, pôs fim à farra de fraudes e corrupção verificada nas precárias guias de ATPF.

CD reúne painel sobre Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais

23/03/2007 - Rubens Júnior - Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido no âmbito do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, coordenado desde 1992 pela Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA/MMA), poderá encontrar todas as informações em CD a partir de abril próximo. O produto, contendo estudos, relatórios e edições didáticas publicadas por inúmeros projetos e subprogramas financiados em mais de uma década pelo Programa Piloto, será lançado no dia 02/04, em Brasília. Com a oferta do acervo, a SCA pretende incentivar novas pesquisas, projetos e políticas públicas com foco no desenvolvimento sustentável das florestas tropicais, como a Amazônia e a Mata Atlântica.

O lançamento do CD ocorrerá no edifício sede do Ibama, auditório I, durante debate sobre o Programa Piloto, e contará com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Produzido por meio do Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise (AMA), o CD foi editado de acordo com as linhas temáticas do Programa Piloto, sob o título "guarda-chuva" Construindo Conhecimentos. Debaixo dele, o pesquisador localizará o material completo, organizado em 182 títulos, reunindo conhecimentos prospectados até aqui.

No capítulo Experimentação e Demonstração, o pesquisador encontrará informações sobre os Projetos Demonstrativos, o Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável da Amazônia (ProManejo), o Projeto de Mobilização e Capacitação para a Prevenção de Incêndios Florestais na Amazônia (Proteger II), sobre o Projeto Negócios Sustentáveis, o Projeto Demonstrativo dos Povos Indígenas e o Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea (ProVárzea).

O capítulo Conservação de Áreas Protegidas contém dados sobre o Projeto Corredores Ecológicos, o Projeto Reservas Extrativistas (Resex II), o Projeto Integrado de Proteção a Terras e Populações Indígenas da Amazônia Legal e sobre o Subprograma Mata Atlântica.

Já o capítulo Fortalecimento Institucional oferece ao leitor estudos produzidos pelas redes de Organizações não-governamentais Grupo de Trabalho Amazônico e Rede Mata Atlântica e pelo Subprograma de Políticas de Recursos Naturais. Por fim, no capítulo Pesquisa Científica, Lições e Disseminação, o pesquisador verificará estudos produzidos pelo Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise e pelo Subprograma de Ciência e Tecnologia.

Origem - O Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil surgiu com a missão de propor soluções para enfrentar os índices de desmatamento da Amazônia, crescentes nas três décadas anteriores. O desafio se revelou amplo, pois, naquele ano, vivia-se momento em que a presença da população nessas áreas era igualmente crescente, cidades expandiam-se e atividades produtivas intensificavam-se.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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