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FRENTE DE DEFESA DA AMAZÔNIA COMEMORA FECHAMENTO DE TERMINAL DA CARGILL NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

24 de Março de 2007 - Agência Brasil - Brasília - Nota divulgada pela organização não-governamental Greenpeace informa que na manhã de hoje (24), por determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fechou o terminal graneleiro da multinacional norte-americana Cargill no porto de Santarém, no oeste do Pará. A ação foi acompanhada pela Polícia Federal.

"Nós, do movimento social de Santarém, sentimos a justiça se realizar, finalmente, em defesa da Amazônia, de seu povo e de seu ecossistema", comemorou, segundo a nota, Edilberto Sena, da Frente de Defesa da Amazônia. Ele disse esperar que o Estudo de Impacto Ambiental exigido pelo Ministério Público Federal do Pará "de fato expresse a verdade sobre os impactos que o porto trouxe".

A pedido do Ministério Público Federal, o desembargador Souza Prudente, do TRF da 1ª Região, havia determinado "fiscalização e paralisação imediata das atividades do porto, além de autuação da empresa por operação irregular". A fiscalização, antes prevista para começar no dia 12, teve seu prazo estendido até hoje, a pedido do Ibama.

A nota do Greenpeace informa que o terminal graneleiro desobedece às leis brasileiras que exigem a realização do Estudo de Impacto Ambiental. E cita a opinião do procurador da República em Santarém, Felipe Fritz Braga, para quem "a decisão é histórica e muda o paradigma de ausência de governança na região".

O pedido de realização do Estudo de Impacto Ambiental foi feito inicialmente em 2000, pelo Ministério Público Federal, "em defesa do uso racional dos recursos naturais", segundo Paulo Adario, coordenador da campanha pela proteção da Amazônia, do Greenpeace.

"A paralisação das atividades do porto da Cargill coroa a luta de muitos anos das comunidades locais de Santarém e daqueles que combatem a expansão da soja na Amazônia. A soja e outros produtos do agronegócio são vetores fundamentais do desmatamento, que ameaça a biodiversidade e provoca mudanças climáticas", disse Tatiana de Carvalho, também integrante da campanha. Ela acrescentou que confia no respeito da Cargill à decisão judicial, "fazendo um amplo estudo que resulte em medidas concretas para minimizar os danos ambientais – essa será uma forma de demonstrar o compromisso da empresa com a moratória no desmatamento anunciado pelo setor da soja no ano passado".

Justiça vai definir se porto no Pará precisa de estudo de impacto ambiental

21 de Março de 2007 - Ana Luiza Zenker - Da Agência Brasil - Brasília - Um dos terminais do porto da Companhia Docas do Pará, em Santarém (PA) pode ser impedido de operar, caso o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF), em Brasília, aceite um pedido feito pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região.

Tramita em caráter de urgência no TRF uma petição feita pela Procuradoria no último dia 14, solicitando que o Tribunal determine a execução de um estudo de impacto ambiental (EIA/Rima) num terminal graneleiro do porto paraense. Caso a petição seja aceita pelo TRF, o terminal em questão pode ser impedido de operar, até que o estudo seja concluído e aprovado.

Em 2000, a Justiça Federal do Pará condenou a empresa Cargill Agropecuária e a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio-Ambiente do Pará (Sectam) a concluírem o estudo. A decisão foi confirmada em sentença em 2003, mas não chegou a ser cumprida, pois a Cargill e a Sectam entraram com um recurso no TRF e alegam que ele suspende a decisão da Justiça Federal, até que seja julgado.

Com isso, a Cargill concluiu as obras no terminal sem o estudo de impacto ambiental e teve a licença de operação do porto renovada automaticamente. Como a decisão já tinha sido confirmada em sentença, o procurador regional da República Renato Brill de Góes, autor da petição, defende que o recurso não pode ter efeito suspensivo.

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Região da BR-163 é a próxima em força-tarefa de regularização de terras, diz diretor do Incra

26 de Março de 2007 - Elaine Borges - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - O próximo alvo da força-tarefa de regularização fundiária no Pará é na região da Rodovia Cuiabá-Santarém (BR -163). A informação é do diretor de Ordenamentoda Estrutura Fundiária do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Marcos Kowarick.

"Nós vamos entrar forte na BR-163 agora”, disse, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia. “Lá na região de Novo Progresso e Castelo dos Sonhos, no Mato Grosso, nós já entramos. Tivemos vários enfrentamentos com grileiros armados. Em em Castelo dos Sonhos tinha área de 100 mil hectares grilada, que nós retomamos."

O Incra e o Exército Brasileiro iniciaram em agosto o trabalho conjunto de regularização fundiária dos imóveis rurais localizados nas terras públicas da União que existem no estado. Desde o ano passado, cerca de 3 milhões de hectares de terras paraenses estão sendo georreferenciadas pelas duas instituições federais. A tarefa consiste em ir a campo e identificar o tamanho da área, quem a está ocupando e de que forma, para ver que posseiros podem permanecer e quais serão retirados. Os dados são cruzados com a localização exata, mapeada por satélite.

Segundo o diretor do Incra, foram levantados 9.786 lotes para regularização fundiária no estado, e existem cerca de 15 mil processos de titulação em andamento.

No Pará, a expectativa é de que o trabalho de regularização fundiária termine ainda no primeiro semestre deste ano. A intenção, de acordo com o presidente do Incra, Rolf Hackbart, é ampliar o trabalho para todo o país. De acordo com Hackbart, há muito trabalho a fazer no sertão nordestino.

Amazônia precisa ser cultivada como "jóia rara", defende coordenadora da Pastoral da Criança

25 de Março de 2007 - Gláucia Gomes - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A coordenadora nacional da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, Zilda Arns, defende que a Amazônia seja cultivada como "uma jóia rara que nós temos de preservar para o benefício de todos".

Em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia, ela afirmou que para a auto-sustentabilidade da região é preciso conservar o meio ambiente, alcançar o maior número de comunidades ribeirinhas na redução da mortalidade infantil e da desnutrição, e promover a paz e a educação da mulher, "que é a grande transformadora social".

Zilda Arns destacou que a Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como lema Amazônia e Fraternidade – Vida e Missão neste Chão, é um trabalho que se faz todos os dias, "é um chamado, discutindo a biodiversidade, a inclusão social de tantos pobres, promovendo a conscientização de todos”.

Depois de lembrar que esteve há pouco em Guiné Bissau, onde a preservação da Amazônia também foi discutida, a coordenadora afirmou que "será um caos se continuarem a derrubar as matas, não só na Amazônia, mas no Brasil inteiro". E alertou para "uma conscientização sobre o meio ambiente, porque é uma questão de sobrevivência – a ganância de poucos não pode acabar com a saúde e com o bem-estar do Brasil e do mundo”.

Na opinião de Zilda Arns o governo precisa cuidar da Amazônia com mais seriedade, com mais fiscalização, com leis mais adequadas, para que haja a auto-sustentação das comunidades locais. "Esses povos sofrem muito. O assunto é urgente e o Brasil não pode ficar dormindo em cima desse problema, um dos mais graves do país e do mundo – a destruição de uma natureza tão fantástica”.

A coordenadora destacou ainda que a Pastoral da Criança e do Idoso sempre trabalhou na conscientização das famílias: "Apesar de ser da Igreja Católica, a Pastoral sempre atuou de maneira ecumênica e nós convocamos todas as religiões para se abraçarem e tornarem a Amazônia uma peça rara, porque precisamos nos unir para preservar".

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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