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IBAMA CONCEDE PRIMEIRA LICENÇA PELO SISBIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

Brasília (19/03/2007) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Ibama, Marcus Barros, concedem amanhã, às 15 horas, a primeira licença permanente para coleta de material biológico para fins de pesquisa emitida pelo Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (Sisbio). A licença será entregue ao presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Erney Camargo, durante a cerimônia de lançamento do novo sistema no auditório da sede do Ibama em Brasília.

O Sisbio permite aos pesquisadores solicitarem, via Internet, autorizações e licenças para a coleta de material biológico, execução de pesquisa em unidades de conservação e em cavernas, exportação e importação de material biológico com fins científicos e didáticos no âmbito do ensino superior. Por operar de forma descentralizada, o novo sistema dará celeridade à tramitação das solicitações de autorizações, que serão concedidas no prazo máximo de 45 dias úteis, à exceção de alguns casos. Pela Internet, os pesquisadores também apresentarão seus relatórios de atividades.

Além do sistema informatizado de solicitações de autorizações via Internet, o Sisbio apresenta um módulo de georeferenciamento com importantes aplicações, dentre elas o mapeamento de polígonos das áreas de estudo, da distribuição das espécies a partir dos registros das coletas, a modelagem da ocorrência das espécies já mapeadas a fim de identificar novas áreas de prováveis ocorrências dessas espécies, o mapeamento das áreas excessivamente inventariadas ou que carecem de inventários e a visualização espacial dos registros de coleta e das áreas de distribuição potencial.

Segundo o diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Rômulo Mello, essas aplicações estarão disponíveis aos pesquisadores a partir do segundo semestre de 2007. Outra importante inovação do Sisbio é a interação com a Plataforma Lattes do CNPq. Ao se cadastrar, o sistema vai gerar um espelho do currículo do pesquisador, o que também dá celeridade ao processo de autorização.

Pontos polêmicos – Também na terça-feira, técnicos da diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama irão explicar as modificações feitas no Sisbio desde outubro, quando o sistema teve o seu lançamento adiado por conta de alguns pontos polêmicos. A criação desse novo sistema tem sido amplamente discutida com a comunidade científica desde janeiro de 2006, quando foi instituído o Comitê de assessoramento técnico do Sisbio.

Os técnicos do Ibama e os representantes da comunidade científica chegaram a um consenso quanto aos dois pontos que ainda estavam em discussão: 1) a licença permanente pode também contemplar a equipe do titular; 2) embora o Ibama estimule os cientistas a identificarem, em publicações científicas, o número das autorizações para coleta de material biológico, ela não é obrigatória.
Gustavo Rick

Lançamento do Sisbio é comemorado pelo Ibama e pela academia

Brasília (20/03/2007) - Em uma cerimônia no auditório do Ibama, lançou-se oficialmente hoje à tarde o Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (Sisbio) que permitirá ao pesquisador obter, via internet, licença para coleta de material biológico com fins científicos. Estavam presentes ao evento os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, o da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, o presidente do Ibama, Marcus Barros, o presidente do CNPq, Erney Camargo, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langoni, e o pesquisador Leandro Salles, da SBPC, representante da academia científica.

O Sisbio amplia o vínculo de cooperação e entendimento entre a academia e a área ambiental. “É antiga a tentativa de aproximação”, afirmou Barros, que, sob orientação da ministra, assumiu o cargo com o objetivo “de não prejudicar o andar da ciência”. Justifica: “não se consegue avançar na política ambiental sem conhecimentos novos em biodiversidade”.

Opinião comungada também pela ministra do Meio Ambiente. “Todo o trabalho de proteção ambiental deve ser fulcrado no conhecimento técnico e científico.” Ela cita o exemplo das pesquisas que embasaram o recente relatório sobre mudanças climáticas.

Segundo ela, o Sisbio demonstrou que pode haver diálogo entre a área ambiental e a academia. “Boa parte das soluções veio dos dois lados em 150 horas de calorosos debates”, enfatiza. A ministra comentou que a falta de regras claras e exigências desproporcionais, entre outros, levaram alguns pesquisadores a serem confundidos com biopiratas. O Sisbio, avaliou a ministra, é o primeiro passo na mudança do relacionamento com os pesquisadores. “Não podemos nos conformar e já devemos aperfeiçoar o sistema”, afirma.

Para Leandro Sales, da SBPC, ainda há muito a ser feito, "não só da perspectiva técnica do próprio sistema, mas, também, em relação à conclusão da instrução normativa sobre coleções". Por outro lado, Leandro reconhece os avanços obtidos no relacionamento academia/meio ambiente. “O sucesso da gestão ambiental brasileira depende dos processos de geração de conhecimento e de gestão desse conhecimento”, observa.

Numa demonstração de prestígio à comunidade científica, a ministra entregou simbolicamente a primeira licença permanente ao presidente do CNPq, Erney Camargo. Essa modalidade de licença é concedida a doutores com vínculo empregatício com instituições científicas. “A licença nos tira [os pesquisadores] da clandestinidade de coletadores ocultos de material biológico”, observou Erney.

Pouco antes, Marcus Barros entregou também licença de coleta ao pesquisador Luiz Fabio Silveira, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Ele foi o primeiro a obter licença pelo Sisbio: o documento foi emitido cinco dias após a solicitação. Silveira contou que outros pesquisadores da USP já testaram o Sisbio com sucesso.

Ciência e ambiente

O ministro Sergio Rezende considera que o Sisbio atende à necessidade da comunidade científica relativas a pesquisas em biodiversidade, com respeito ao meio ambiente e preocupação com gerações futuras. E disse que as dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores quanto à demora da concessão de licenças têm a ver com a falta de tradição da ciência e da juventude dos órgãos de controle ambiental nos âmbitos federal, estadual e municipal. “Somente há 40 anos os primeiros pesquisadores foram formados”, afirma.
O diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros, Rômulo Mello, coordenador da construção do Sisbio, explicou que o novo sistema trata o pesquisador como um importante parceiro pois produzem conhecimento. “Só se protege aquilo que se conhece.” O novo sistema descentraliza a análise dos pedidos, dá celeridade e transparência às autorizações, além de abandonar sistema cartorial para passar a fazer gestão de informação em biodiversidade. As licenças vêm com um código de barras que permite a verificação da autenticidade da licença.

Para ressaltar a importância da ciência no relacionamento com o meio ambiente, Rômulo lembra, ainda, que a academia esteve presente desde o início na construção da instrução normativa que instituiu o sistema por meio do Comitê de Assessoramento Técnico do Sisbio (CAT Sisbio). "A instituição do CAT Sisbio quebrou o gelo para iniciarmos uma relação com a comunidade científica e foi fundamental para demonstrar que podemos efetivamente tratar meio ambiente e ciência de forma integral".

O sistema informatizado reduz para no máximo 45 dias a emissão de licença para coleta de material biológico, o que antes levava até dois anos. O sistema, totalmente criado pelos servidores do Ibama, é orgulho para o presidente do instituto. O trabalho dos servidores também foi ressaltado pela ministra.
Luis Lopes e Gustavo Rick

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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