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MINISTRA DO MEIO AMBIENTE DEFENDE EXPANSÃO DA COBRANÇA VOLUNTÁRIA PELO USO DA ÁGUA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

22 de Março de 2007 - Lúcia Nórcio - Enviada especial - Foz do Iguaçu (PR) - O Brasil precisa ampliar a cobrança voluntária sobre o uso da água, defendeu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, hoje (22). Ela participou do lançamento da campanha SOS H2O, em encontro promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Dia Mundial da Água.

“A água deve ser de livre acesso para a população de baixa renda”, defendeu Marina. “Agora, para os usuários que fazem dela um insumo [para alguma atividade econômica], tem que haver a cobrança voluntária pelo uso.”

A ministra disse que a cobrança é um processo educativo e contribui para a preservação ambiental. “Arrecadamos mais de R$ 30 milhões no ano passado. Quando isso for viável em todas as bacias, teremos recursos para recuperá-las e implementar políticas que fortaleçam os comitês gestores.” Ela chegou acompanhada do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e recebeu dos participantes a “Carta dos Princípios Cooperativos pela Água”.

Marina Silva afirmou que a sociedade está participando da gestão das águas pelos comitês e agências de bacias, e que alguns deles estão muito organizados.

Ela apontou, entre os desafios na área, a recuperação da Bacia do São Francisco, lembrando que há no Congresso uma proposta de emenda à Constituição que trata da revitalização da bacia. “Se for aprovada, ela pode garantir R$ 300 milhões a R$ 400 milhões por ano”, comentou.

Marina disse que o Brasil é abençoado com 11% da água doce do planeta, mas ainda assim vulnerável. Exemplificou com a situação do Semi-Árido, “onde cerca de 13 milhões de brasileiros têm problemas em relação ao abastecimento”.

No discurso foram lembradas a Lei das Águas e o Plano Nacional de Recursos Hídricos: “Estamos dizendo para a sociedade que precisamos nos esforçar para preservar e recuperar nossos recursos hídricos”.

A ministra do Meio Ambiente abriu sua fala com uma citação bíblica, que diz que no início (dos tempos) o espírito de Deus pairava sobre as águas.

Bacia do Rio Xingu será monitorada por tribos indígenas no Mato Grosso e Pará

26 de Março de 2007 - Sabrina Craide e Lana Cristina - Repórteres da Agência Brasil - Brasília - O Instituto Socioambiental (ISA) e a Agência Nacional de Águas (ANA) firmaram um convênio de capacitação de tribos indígenas para reforçar o monitoramento da bacia hidrográfica do Rio Xingu, localizado no Mato Grosso e no Pará. Os índios farão o levantamento de dados para elaboração de planos de gestão para a conservação da bacia.

O acordo prevê a instalação de estações de observação e coleta, estudos sobre a qualidade e a quantidade da água, entre outras ações. O superintendente de administração da rede hidrometeorológica da ANA, Valdemar Guimarães, diz que o acordo será importante para que a agência possa utilizar os dados obtidos sobre a bacia hidrográfica, considerada uma das mais importantes do país.

“O ISA já está junto à comunidade e pode nos auxiliar na avaliação dos impactos que estão ocorrendo no local”, explica Guimarães.

O acordo foi motivado pela realização da campanha 'Y Ikatu Xingu, que tem o objetivo de proteger e recuperar as nascentes e matas ciliares do Xingu no Mato Grosso. Para o coordenador da campanha pelo ISA, Márcio Santilli, o termo de cooperação é uma oportunidade para facilitar o acesso da ANA ao cenário local.

“A idéia é montar uma rede consistente que possa fazer o monitoramento da bacia como um todo e de produzir informações regulares ao longo do tempo sobre a situação da água”, afirma Santilli.

De acordo com o Instituto Socioambiental, a Bacia do Xingu tem 51 milhões de hectares, sendo que 17 milhões estão situados no Mato Grosso, percorrendo 35 municípios do estado. A campanha ‘Y Ikatu Xingu trabalha atualmente com 18 projetos de recuperação de mata ciliar em diversos municípios no entorno do Parque Indígena do Xingu.

Programa de dessalinização inaugura unidade no Rio Grande do Norte

20 de Março de 2007 - Marcos Agostinho - Da Agência Brasil - Brasília - A Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente inaugura no próximo dia 30 a primeira unidade demonstrativa do programa Água Doce no assentamento Caatinga Grande, no município de São José do Seridó no estado do Rio Grande do Norte.

Criado em 2003 e lançado no ano seguinte o programa já atende cerca de 80 municípios e tem como objetivo aproveitar a água salobra ou salina da região semi-árida brasileira, através da recuperação de dessalinizadores (aparelhos que retiram o sal da água) que são responsáveis pela produção de água potável para as populações desses lugares.

O programa orienta que cada pessoa consuma cinco litros de água por dia. “Essa água não é para todos os usos, pois tem qualidade e por isso é somente para beber, cozinhar e fazer a higiene básica”, disse Renato Ferreira, coordenador Nacional do Programa Água Doce.

Ele explicou que como a evaporação da região é muito alta e o solo composto de muita rocha salina, os açudes do lugar estão em processo de salinização. Os poços são construídos em rochas com alta concentração de sais, que acabam sendo absorvidos pela água armazenada. Se a rocha for rica em cálcio, ferro ou magnésio a água também será rica nesses minerais.

Para o coordenador, o programa não pode ser confundido com um mero tratador de água, pois seu conceito é de sustentabilidade e convivência com a região. O programa também se apresenta como alternativa a característica cultural da região de formação de pequenas comunidades espalhadas. Com essa característica na região, não é possível adotar meios convencionais como as adutoras, que funcionam bem em médios e grandes centros.

“Não é aquele conceito de combate à seca, pois isso (a seca) faz parte desse ambiente. O desafio é saber como conviver, sabendo que todos os anos terá a seca e, em alguns conjuntos de ano, a seca é mais intensa e para isso temos que fazer estudos e usar as tecnologias disponíveis”, disse Renato Ferreira.

Até pouco tempo um dos problemas do uso dos dessalinizadores eram os rejeitos produzidos por esses aparelhos que eram jogados no ambiente sem tratamento causando impactos ambientais. O coordenador explicou que hoje é feito um estudo com esse material e, dependendo do nível de salinidade, é dado um fim distinto a esse material.

“Há o estudo da salinidade do rejeito e das outras fontes hídricas da região e percebemos que em alguns casos o rejeito apresenta uma salinidade menor do que os açudes e barreiros do lugar”, disse Renato Ferreira.

Quando se constata menor salinidade, o material pode ser usado para lavar roupas, já que não causa impacto ambiental. Quando o nível de salinidade é maior do que as outras fontes do lugar, o rejeito é concentrado em tanques que servem para a criação de tilápias ou utilizado para a irrigação de um tipo de planta forrageira proveniente da Austrália, a Artiplex ou erva-sal, muito resistente ao rejeito. Posteriormente, essa planta é utilizada para alimentação de animais na época de seca.

A meta do programa é criar 22 unidades demonstrativas, duas em cada estado do Semi-Árido brasileiro, equipadas com dessalinizadores, tanques de criação de peixe e hortas de erva-sal.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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