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NOVO PRESIDENTE TOMA POSSE NA FUNAI

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

21 de março - O pesquisador Márcio Augusto Freitas de Meira toma posse nesta quinta-feira (22) na presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai), substituindo o antropólogo Mércio Pereira Gomes.

O Ministro da Justiça, Tarso Genro, comparecerá à cerimônia de posse e transmissão do cargo, no auditório do edifício-sede da Funai. A solenidade terá início às 14h.

Paraense, Márcio Meira atuou principalmente no Museu Emílio Goeldi, em Belém. O novo presidente da Funai também é formado em Língua e Literatura Francesa pela Universidade de Nancy e possui licenciatura plena em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA), além de mestrado em Antropologia Social pela Unicamp.

Entre 1995 e 1998, Meira foi diretor do Arquivo Público do Pará. Em seguida, ocupou a presidência da Fundação Cultural de Belém e em 2002, participou da equipe de transição do governo Lula. Entre 2003 e 2007, foi secretário de Patrimônio, Museus e Artes Plásticas e também de Articulação Institucional do Ministério da Cultura. O pesquisador ainda foi representante da pasta no comissariado do Ano do Brasil na França, de 2004 a 2006.

Mércio Gomes, professor dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense - UFF (Niterói /RJ), permaneceu na presidência da Funai desde setembro de 2003.

Articular ações do Estado é desafio, diz presidente

22 de março - “O grande desafio dessa nova gestão da Funai será o de tentar articular as ações do Estado em relação à causa indígena. A Funai, mesmo em condições ideais, não pode atender sozinha os direitos indígenas. Por isso, precisamos articular as ações do Estado para melhor atender os povos indígenas do Brasil”, afirmou o novo presidente da Funai, Márcio Meira, em sua posse nesta quinta-feira (22).

Para atingir essa meta, Meira enfatizou, em seu discurso, quatro pontos que devem reger o trabalho da Funai em sua gestão: a participação efetiva nas aldeias para aprimorar a capacidade de diálogo entre comunidades indígenas e governo; proteção das terras indígenas; articulação da política indigenista; valorização da Funai. “É crucial que este órgão seja fortalecido. Para isso, precisamos de melhores condições orçamentárias, políticas de valorização dos recursos humanos, como concurso público e o plano de cargos e carreira. Temos pela frente um enorme desafio, mas com a ajuda de todos será possível realizar um bom trabalho”, disse.

Segundo o presidente, uma de suas prioritárias ações à frente do órgão indigenista será a instalação da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI). Prevista para ter início no ano passado, a CNPI é um espaço formal instituído para a discussão e elaboração dos rumos que devem tomar a política indigenista brasileira.

“Essa é minha meta: instalar a comissão para aprimorar a capacidade de diálogo”. Com a CNPI, índios e governo terão, cada um, direito a dez votos, e as organizações assumirão o papel de observador – podendo ser consultadas, mas sem direito a voto. Em caso de empate, segundo o decreto, a decisão ficará a critério da Funai.

A transmissão do cargo da presidência ocorreu em clima de cordialidade e harmonia. Após três anos e seis meses na presidência do órgão, o antropólogo Mércio Gomes disse estar orgulhoso do trabalho realizado. “Estamos comemorando uma passagem, que mostra uma fase mais madura do órgão. Muito me orgulha ter sido presidente desta Casa, que este ano faz 40 anos de existência. Rondon já falava na autonomia dos povos originários do Brasil e esse é um sonho da Funai: que os índios sejam reconhecidos como nação autônoma. Esse é um sonho difícil de se realizar e que tem que ser perseguido”, disse Mércio.

O ex-presidente lembrou que existe uma expectativa muito grande com a nova gestão e que o apoio do Ministério da Justiça – órgão ao qual a Funai é subordinada – é crucial para o bom trabalho da Fundação. “Essa Casa espera muito de você (presidente Márcio Meira). É preciso continuar a luta por um plano de carreira que vem sendo discutido ao longo desses anos, concurso público.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, parabenizou o trabalho realizado por Mércio Gomes nesses anos e disse que não será fácil substituí-lo. Lembrou que Márcio Meira tem um longo e árduo caminho pela frente. “O que foi constituído a partir de Rondon sempre exige mais de nós. Na gestão anterior já se avançou nas questões indígenas. É hora de avançar mais”, disse o ministro ao felicitar o novo presidente da Funai.

Também estavam presentes à cerimônia, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, o secretário de Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, o secretário-adjunto da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili, o assessor especial da Presidência da República, César Alvarez, o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Abramovay, além de deputados e diversas lideranças indígenas, como os caciques Aritana Yawalapiti e Raoni Mentuktire.

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Fazendeiros são notificados para deixar a área

23 de março - O governo federal notificou os cinco grandes produtores de arroz que ocupam a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, para deixarem a área até o dia 30 de abril próximo. Entre quinta (22) e sexta (23), uma equipe composta por Funai, Polícia Federal e Advocacia Geral da União (AGU) notificou pessoalmente os arrozeiros Paulo César Justo Quartiero, Luiz Afonso Faccio, Nelson Massami Itikawa, Ivo Barili e Ivalcir Centenaro, para que recebam o valor das indenizações calculadas pelas benfeitorias consideradas de boa-fé e desocupem a área, retirando seus bens móveis e semoventes no prazo estipulado. Se não deixarem a terra indígena após a data estabelecida, além de incidirem no crime do artigo 20 da Lei 4.947/66, os ocupantes notificados estarão sujeitos a retirada coercitiva com auxílio de força policial.

De acordo com cálculos feitos por uma comissão integrada por servidores da Funai e representantes do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e da Sociedade de Defesa dos Indígenas Unidos do Norte de Roraima (Sodiur) -as duas maiores organizações indígenas na região-, ainda existem cerca de 60 ocupantes não-índios que devem deixar a Raposa Serra do Sol. Entretanto, a maior resistência à desocupação é exercida pelos cinco grandes plantadores de arroz, que possuem oito fazendas na terra indígena. O cálculo total para pagar as benfeitorias consideradas de boa-fé para as desocupações deve ultrapassar R$ 11 milhões, faltando ainda pouco mais de R$ 5 milhões para serem pagos.

Após a conclusão dos levantamentos fundiários, os arrozeiros decidiram não protocolar contestações aos valores. Todos eles residem na cidade de Boa Vista, embora de Quartiero seja ex-prefeito da cidade de Pacaraima.

A Funai avaliou as benfeitorias dos ocupantes e deu ao ato por meio da Resolução nº 198, publicada no Diário Oficial da União em 31 de janeiro deste ano. A convocação dos ocupantes para os pagamentos das indenizações consideradas de boa-fé foi divulgada em publicação de edital de convocação no jornal Folha de Boa Vista nos dias 12 e 13 de março de 2007, além de ter sido anunciada por meio de transmissoras de rádio e televisão.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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